segunda-feira, 21 de julho de 2008

Fábrica da Bunge em PE vai a leilão

Valor Online - Carolina Mandl - 21/07/2008

O leilão dos ativos da Bunge Alimentos no porto de Suape, em Pernambuco, foi remarcado para o dia 5 de agosto. Inicialmente, a venda pública estava agendada para amanhã, mas, devido a um erro no edital, teve de ser alterada.

Por determinação judicial, os bens da empresa serão leiloados para quitar um débito fiscal de cerca de R$ 43 milhões com o Estado, discussão que se arrasta na Justiça desde 2002. Caso opte por pagar a dívida, a Bunge terá um desconto de 10% sobre a multa, o que equivale a R$ 10 milhões, e ainda poderá parcelar o valor em 60 vezes.

Nessa unidade, uma das duas da companhia em Pernambuco, são fabricados óleos, margarinas, gorduras e maioneses. Ao lado dela está sendo erguido um moinho de trigo com capacidade de até 825 mil toneladas de farinha por ano. José Carlos Auto de Alencar, gerente de débitos fiscais da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, disse que a Bunge ainda não informou se pagará o débito. "Em todo o processo, ela nunca buscou um acordo", diz.

Os advogados da Bunge afirmaram que não poderiam se pronunciar pela empresa, que também não respondeu ao pedido de entrevista.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Varejo de alimentos faz 'hedge' contra altas

14/07/2008 - Beth Koike, Carolina Mandl, Danilo Jorge e Sérgio Bueno

Marisa Cauduro/Valor

Com 330 lojas espalhadas em todo o país, a rede de fast-food Habib's fechou, em agosto do ano passado, um contrato com a Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo, a compra de 1 milhão de quilos de gordura vegetal para fritura. Devido ao grande volume, o Habib's impôs como condição uma cláusula estabelecendo um preço fixo durante 12 meses. A Cargill, por sua vez, replicou a operação junto aos seus fornecedores de soja e algodão para fornecer ao Habib's. O contrato, muito usado por multinacionais como a Cargill, foi o primeiro do gênero feito pela brasileira Habib's e gerou a esta uma economia de R$ 2 milhões.

"Entre agosto de 2007 até hoje a diferença de preço já atinge 45%. Já nos primeiros três meses de contrato, economizamos 13%", diz Roberto Muniz, gerente de compras do Habib's, que está negociando com a Cargill a renovação do contrato. "Essa foi a nossa primeira parceria e provavelmente será difícil outro acordo de um ano. Estamos pleiteando seis meses, mas eles querem três", diz Muniz.

Além da Cargill, o Habib's está conversando com Sadia, Perdigão e outros fornecedores de carnes para fechar contratos de cerca de três meses. Atualmente, a compra de carne do Habib's é feita semanalmente, quando são compradas 150 toneladas. "Queremos mudar essa periodicidade porque é uma batalha toda semana", diz o executivo da rede que vende 7,5 milhões de esfihas por semana.

Para os hortifrutis, uma das soluções encontradas foi ir direto à plantação. A rede firmou uma parceria com dois grandes agricultores de tomate e cebola, do interior de São Paulo. O Habib's ajuda o agricultor com fertilizantes ou outros insumos e em contrapartida compra semanalmente 200 toneladas de tomate e cebola com 15% de desconto.

"Para o agricultor essa parceria também é vantajosa porque o ganho dele ao vender para nós é o dobro em relação ao valor que ele consegue vendendo a um intermediário", afirma Muniz. Outra operação do Habib's para escapar da alta das commodities foi uma compra de farinha da Argentina, há quatro meses, com custo entre 15% e 18% inferior ao do mercado interno.

Mesmo com essas operações de "blindagem" contra a disparada de preços dos alimentos, o Habib's deixou o seu cardápio de 5% a 7% mais caro. "Estamos absorvendo a maior parte do impacto da alta dos alimentos. Não dá para repassar tudo porque corremos o risco de perder clientes. Na primeira semana de reajuste, chegamos a ter uma retração de 2% a 3% nas vendas, mas já recuperamos", disse Mauro Saraiva, diretor de produção e logística do Habib's, cujo faturamento este ano deve chegar a cerca de R$ 650 milhões.

A rede Giraffas, especializada em pratos executivos e lanches e com 270 unidades no país, exige de seus novos fornecedores um preço fixo durante seis meses.

Na área de varejo alimentar, o McDonald's é uma das redes que trabalham há algum tempo com contratos de "hedge" junto a fornecedores como a FSB Foods, que produz pão para hambúrguer. Mas o McDonald's não detalhou como funciona a sua operação.

Conhecida pelos pratos recheados com muita carne, a rede americana de restaurantes Outback está negociando contratos de prazos mais estendidos, de três e seis meses. "Com compras trimestrais e semestrais, estabilizamos os preços e ajudamos, por outro lado, a estruturar a cadeia fornecedoras com contratos garantidos", diz Salim Maroun, vice-presidente da rede.

Em 2007, o Outback serviu 170 toneladas de carne bovina nos seus 19 restaurantes no Brasil. Em outra frente, a rede está fazendo uma espécie de "engenharia de cardápio", dando destaque a outros tipos de carnes mais baratas. "Não são todas as proteínas que aumentam e, dessa forma, podemos ampliar a participação das carnes suínas e de frango e dos pescados para contrabalançar a elevação dos preços da carne bovina", afirma Maroun.

Em Porto Alegre, a Churrascaria Barranco, uma das mais tradicionais da cidade, mantém acordo com o frigorífico Mercosul não para "travar" preços, mas para garantir o fornecimento de carne bovina mesmo no período de entressafra do setor, durante o inverno. Segundo o sócio-proprietário Élson Furini, o consumo mensal de carne no restaurante é de oito toneladas.

A alta dos alimentos não está batendo só na porta dos restaurantes. Ao ver a disparada dos preços, a rede de supermercados maranhense Mateus está estocando mercadoria para driblar a alta.

"Já voltei a trabalhar com o pensamento dos tempos de inflação alta. Estou fazendo estoques", diz Ilson Mateus, dono do grupo com 12 lojas no Maranhão. Ele está comprando mensalmente mercadorias em dobro, para estocar. Os principais produtos armazenados são açúcar, óleo, arroz e feijão. Segundo ele, os fornecedores não têm sido receptivos às contrapropostas de preços dos varejistas.

"O duro dessa história é que preciso usar todo meu dinheiro para fazer estoque, enquanto podia usar para expansão das lojas", reclama Mateus. Ele diz que, em alguns casos, tem sido vantajoso até mesmo tomar dinheiro emprestado para antecipar as compras. "Os juros que vou pagar são menores do que os aumentos de preços de alguns alimentos." Além disso, segundo ele, a estratégia tem sido necessária para manter a clientela. "Se os preços sobem muito, as pessoas vão comprar menos porque não vão ter dinheiro para tudo."

InBev compra a Anheuser-Busch e cria a maior cervejaria do mundo

14/07/2008
David Kesmodel, Dennis K. Berman e Dana Cimilluca, The Wall Street Journal

Anheuser-Busch concordou ontem à noite em ser comprada pela InBev por US$ 49,91 bilhões, criando a maior cervejaria do mundo e colocando um ícone americano nas mãos de uma gigante belgo-brasileira. As empresas planejam chamar a nova companhia de Anheuser-Busch InBev. Anheuser deverá ter dois assentos no conselho de administração, segundo pessoas próximas ao assunto.

O acordo, que está sujeito a aprovação dos acionistas, cria uma nova companhia com vendas líquidas de US$ 36 bilhões. A SAB Miller, agora, fica em segundo lugar no mercado mundial.
A operação é evidência de que mesmo com uma desaceleração no mercado de fusões e aquisições, como resultado da redução no crédito, o apetite de muitas corporações por compras ainda é forte. Também mostra que os bancos, apesar das perdas que têm sofrido, ainda estão dispostos a abrir seus cofres para ajudar a financiar uniões de grandes companhias.

A compra da Anheuser traz riscos à InBev. Muito do lucro da gigante de St Louis vem do mercado americano, que cresce devagar. Embora a Anheuser, cuja marca mais conhecida é a Budweiser, tenha quase 50% do mercado americano de cerveja, o maior do mundo em lucros, a empresa tem lutado nos últimos anos com fracas vendas. Cervejarias de grande volume enfrentam uma concorrência cada vez mais intensa de microcervejarias, bem como de vinhos e bebidas destiladas.

O acordo marca um fim abrupto para o que muitos esperavam ser uma novela prolongada. Durante semanas, a Anheuser, de Saint Louis, no Missouri, mostrou forte resistência a um acordo. Mas na semana passada a InBev, sediada em Leuven (Bélgica), conseguiu engajar sua rival em negociações amigáveis ao aumentar sua oferta em US$ 5 por ação, para US$ 70.

O pacto cria um colosso no mercado cervejeiro. As duas gigantes comercializam cerca de 300 marcas nos cinco continentes. Juntas, elas formam a maior cervejaria nas Américas e a número 2 na Europa e na Ásia, segundo a InBev. Hoje, InBev e Anheuser são as números 2 e 3 do mundo, respectivamente, em volume de vendas, atrás da britânica SABMiller.

O negócio é a segunda maior compra de uma empresa americana de bens de consumo depois da aquisição, em 2005, da Gillette pela Procter & Gamble por US$ 57,2 bilhões, segundo a Thomson Reuters. E é a terceira maior compra de uma empresa americana por uma de outro país.

A InBev, dona das marcas Brahma, Antarctica, Quilmes, Stella Artois e Beck's, informou que venderia ativos não essenciais de suas operações ou das da Anheuser para ajudar a financiar a compra. Alguns analistas dizem que a empresa pode vender a divisão de parques temáticos da Anheuser.

A InBev, que foi criada pela fusão em 2004 da belga Interbrew com a brasileira AmBev, não tem muitas sobreposições com a Anheuser ao redor do mundo. Assim, pode ser mais difícil cortar custos com a união de equipes e operações industriais do que em outras transações do setor.

A aquisição pela InBev encerraria quase 150 anos de independência da Anheuser. O diretor-presidente da empresa, August Busch IV, tataraneto do fundador Adolphus Busch, disse a distribuidores em abril, antes que uma oferta formal fosse feita, que a empresa nãoseria vendida enquanto ele estivesse à frente dela. Mas a família Busch tem uma parcela pequena do capital da Anheuser e os membros do conselho estavam voltados à tarefa de fazer o que é melhor para os acionistas minoritários.

A Anheuser tinha poucas opções para evitar a InBev. Outras cervejarias mundiais estavam ocupadas com grandes transações recentes, o que limita a capacidade deles de fazer outro grande negócio. Outras transações também poderiam provocar preocupações de autoridades antitruste nos EUA, enquanto uma fusão com a InBev deve passar sem dificuldades devido à pequena fatia que esta detém do mercado americano.

Em 25 de junho, o conselho da Anheuser rejeitou formalmente a proposta original de US$ 65 por ação, em dinheiro. Mas deu a entender que estaria aberto a uma oferta mais alta. Antes da proposta formal, Busch IV havia alertado a InBev de que sua empresa não estava à venda e que ele e seu conselho estavam comprometidos em continuarem independentes, segundo a InBev.

Na semana passada, a InBev deu sinais de faria uma oferta hostil ao anunciar um grupo de conselheiros para substituir o conselho atual da Anheuser. Esta, por sua vez, processou a InBev num tribunal federal americano, acusando-a de fazer declarações falsas sobre sua oferta inicial, entre as quais sobre o financiamento dela. A InBev preferia fazer uma negociação amigável com a Anheuser, em parte porque queria manter importantes executivos da americana.

O preço de venda representa um ágio importante sobre o valor das ações da Anheuser. As ações ficaram em torno de US$ 50 por cinco anos. Até que os rumores voltassem ao mercado, há alguns meses, o recorde histórico tinha sido US$ 54,97, em outubro de 2002.

sábado, 12 de julho de 2008

InBev e A-B discutem compra no final de semana

Meio & Mensagem - 11/07/2008

Diante de uma proposta de US$ 50 bilhões, a cervejaria norte-americana discute um possível acordo com a belga neste final de semana. A decisão, seja positiva ou negativa, pode ser anunciada já na segunda-feira. As empresas não comentam.

A InBev e a Anheuser-Busch voltaram à mesa de negociações para acertar a compra da cervejaria norte-americana pela belga, após algumas semanas de hostilidades de parte a parte, o que incluiu ameaça de dissolução de diretoria de um lado, e acusação de desonestidade de outro.Segundo o The New York Times, a proposta pela empresa conhecida nos Estados Unidos como 'Rei das Cervejas' teria sido aumentada de US$ 65 para US$ 70 por ação, o que resulta num valor total de US$ 50 bilhões.

O acordo seria discutido no final de semana e é possível que o seu sucesso ou o fracasso venha a ser anunciado já nesta segunda-feira.Caso seja confirmada a união, estaria formada uma empresa incontestavelmente líder mundial, dona de marcas como Budweiser, Bud Light, Stela Artois, Beck´s e Brahma, e com forte presença na Europa e América Latina, onde reside a força da InBev, e Estados Unidos, lar da Anheuser.

Contatada, a diretora global de comunicação da InBev Gwendoline Ornigg disse que a companhia não comentará o assunto. Já a assessoria da Anheuser-Busch não respondeu até o fechamento desta nota.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sucos baixam preço para atingir consumidor C e D

Valor Econômico - 11/07/08

Graças à pressão de preço feitas pelas marcas "low price" (com valor no mínimo 10% menor que a média da categoria), as marcas "premium" de sucos de frutas concentrados estão ficando mais baratas para conquistar consumidores de menor poder aquisitivo. E tem dado certo, segundo estudo feito pela Nielsen nos cinco primeiros meses deste ano.

"As marcas mais caras de suco do mercado baixaram preço e aumentaram em 20% sua penetração em lares de consumidores das faixas D e E", diz Ana Carolina Franceschi, coordenadora da área de análises especiais da empresa de pesquisas de mercado. As marcas mais baratas, segundo ela, têm 20% das vendas de sucos no país. As mais caras, que tinham 57% no final de 2007, agora estão com um ponto percentual a mais. Isso é significante, já que o mercado movimenta R$ 340 milhões ao ano. O consumo, entre os quatro primeiros meses de 2007 e o mesmo período de 2008 cresceu 11% em volume, segundo a Nielsen, que no entanto não apurou de quanto foi a baixa nos preços.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Livrarias aumentam as vendas até junho

Valor Online - Beth Koike - 10/07/2008

Negar um brinquedo para uma criança é tarefa difícil para boa parte dos adultos, mas considerada necessária por questões econômicas ou pedagógicas. Mas se o pedido do pimpolho for um livro, muitos acabam cedendo para incentivar o hábito de leitura. E as livrarias, que vêm investindo no público infantil, colhem bons resultados. No primeiro semestre as principais redes do país registram crescimento de 10% a quase 60% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado - o segmento infanto-juvenil ajudou a ampliar essa receita.

O interessante é que este desempenho positivo ocorre já entre janeiro e junho, período que costuma ser fraco em número de lançamentos nas livrarias. A maioria das editoras apresenta as novidades para o público mirim no segundo semestre, quando são comemorados o Dia das Crianças e o Natal. E, neste ano, há também a Bienal do Livro.

Na Livraria Cultura houve um aumento na receita de 29% nos primeiros seis meses do ano, quando comparado a igual semestre do ano passado. A venda de livros para crianças foi ainda mais expressiva, crescendo 32%. As publicações de ficção e não-ficção tiveram altas de 23% e 18% nas vendas, respectivamente, no período. "Em todas as nossas unidades temos áreas específicas para as crianças. O desempenho das vendas no semestre não foi motivado por um 'Harry Potter'", disse Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, cujo faturamento no ano deverá fechar em cerca de R$ 240 milhões, aproximadamente R$ 50 milhões a mais do que o resultado colhido em 2007.

A Saraiva, que adquiriu a Siciliano em março deste ano, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido (antes da equivalência patrimonial) de R$ 9,7 milhões, o que representa um acréscimo de quase 60% em relação aos R$ 6,1 milhões dos três primeiros meses do ano anterior. Já especificamente entre os livros infantis, a alta foi de 50% no período.

Com 185 franquias e uma loja própria, a Nobel também está toda animada com a demanda da molecada. Enquanto o crescimento médio da receita das lojas foi de 10%, as vendas de títulos infantis saltou 20% no semestre. "Os livros infantis entre R$ 15 e R$ 25 são os que mais vendem. Uma das razões é o incentivo das escolas", afirmou Sergio Milano Benclowicz, presidente da Nobel Franquias. A meta da rede é chegar ao final do ano com faturamento de R$ 140 milhões, 200 unidades no país e cerca de 25 no exterior.

Conhecida pela variedade de livros de arte que possui em suas estantes, a Livraria da Vila também aposta na criançada. Todas as suas sete unidades têm espaços voltados para o público infantil. "O livro infanto-juvenil é um dos nossos carros-chefe. No período das férias realizamos diariamente ações com contadores de histórias e oficinas para as crianças desenvolverem o hábito de ler", disse Samuel Seibel, proprietário da Livraria da Vila.

De fato, uma parte das famílias brasileiras já encara a visita às livrarias como um programa de lazer, em especial nas lojas que reservam um espaço para crianças.

Com 5 mil títulos infantis, a receita da francesa Fnac no primeiro semestre aumentou 20%. "Hoje, as livrarias viraram um programa de lazer principalmente para as crianças", contou Benjamin Dubost, diretor comercial da Fnac no Brasil. Outro motivo para Dubost comemorar é o aumento previsto nas vendas de agosto, de aproximadamente 15%, devido à Bienal do Livro, que acontece no próximo mês.

A atenção dos livreiros em torno do público infantil também é embasada em pesquisas. Segundo estudo realizado pelo Instituto Pró-Livro com 5 mil entrevistados, as crianças com idade entre cinco e 10 anos lêem 6,9 livros por ano, enquanto o adulto de 30 a 39 anos lê 4,2 livros.

A pesquisa, divulgada há dois meses, mostra ainda que os gêneros mais lidos são as literaturas infantil e juvenil, que juntas representam 46% da preferência dos entrevistados. Em seguida, vem a Bíblia, com 45%. Considerando-se toda a oferta de livros religiosos, essa fatia aumenta para 72%.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Circuito de Automação Comercial será aberto hoje

Fonte: Ascom/Fecomércio - 09/07/08

SÃO LUÍS - Pela primeira vez o Maranhão cria a oportunidade para que executivos, consultores organizacionais, empresários, gerentes e técnicos possam conhecer os avanços da área da tecnologia da informação. A abertura oficial do evento será feita nesta terça-feira, às 19h, no Multicenter Sebrae, pelo presidente da Federação do Comércio do Maranhão, José Arteiro da Silva. Paralelo aos mini-cursos e palestras, acontece uma feira de negócios. No total, 53 estandes estarão à disposição dos visitantes. O público estimado é de 1.500 por dia.

A automação comercial é um dos setores mais promissores para o mercado de tecnologia. Hoje há produtos e serviços para todas as áreas gerenciais. Os produtos e serviços oferecem soluções para recursos humanos, vendas, controle de estoque, marketing, contabilidade, relacionamento, entre tantas outras.

Paralelo ao Circuito vai acontecer o I Seminário Maranhense sobre Tendências de Varejo. O evento acontece no dia 11 de julho, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana. O objetivo é debater sobre os desafios do varejo e a competitividade do mercado.

Minicursos

Durante quatro dias, o 1º Circuito de Automação Comercial vai oferecer mini-cursos e palestras. Ao todo serão oferecidos oito mini-cursos. Entre os temas, estão tecnologia em nota fiscal, negócios eletrônicos nas empresas, redes wireless, segurança em automação comercial, novas tecnologias em web sites. Três cases de sucesso também serão apresentados. O Mercadinho Carone, as Lojas Gabryella e o Comercial Cardoso vão mostrar como conseguiram buscar a solução para determinadas áreas com a tecnologia da informação. As inscrições para os mini-cursos estão abertas e as vagas são limitadas.

O 1º Circuito de Automação Comercial é uma realização da Fecomercio, com o apoio o Serviço Social do Comércio (Sesc), Senac, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Federação das Indústrias do Estado do Maranhão. Tem o patrocínio do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica, Governo do Maranhão, Prefeitura de São Luís e UniCeuma.

Jovens acampam para comprar iPhone 3G em Nova York

9/7/2008 - Diário Catarinense

Um grupo de jovens está acampado há quatro dias diante da loja da Apple na Quinta Avenida em Nova York para comprar o novo telefone celular iPhone 3G, que começará a ser vendido na manhã da próxima sexta-feira.

Eles também pretendem estabelecer um novo recorde mundial e entrar para o livro Guiness dos Recordes como os que passaram mais tempo em uma fila para comprar.

Todos eles fazem parte de uma iniciativa chamada The White House Organic Farm Project, através da qual pretendem iniciar uma fazenda orgânica nas imediações da Casa Branca.

Queremos ser os primeiros a comprar o novo iPhone, mas também aproveitamos que estamos aqui esperando para fazer campanha, porque necessitamos de fundos para que o projeto siga adiante — explicou Daniel Bowman Simon.

Os telefones, que operarão com tecnologia 3G, estarão equipados com GPS e estarão associados a um contrato de monopólio com a AT&T, serão vendidos por ordem de chegada até esgotar as reservas de cada loja, que, em princípio, serão repostas diariamente.

Vendas no varejo crescem 10,2% em maio

9/7/2008 - JB Online

SÃO PAULO, 9 de julho de 2008 - As vendas no varejo da Coréia do Sul aumentaram 10,2% em maio, para 21,6 trilhões de won (US$ 21,3 bilhões), em relação ao mesmo período do ano anterior, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas. Em abril, as vendas no varejo apresentaram crescimento de 10,6%.

O resultado foi influenciado pelo avanço de 27% nos gastos com combustíveis no período e pelo crescimento de 7,4% nas vendas domésticas de carros. Já as vendas em lojas de departamento na Coréia do Sul cresceram 7,7%, em comparação a maio do ano anterior.

No final de junho, o Instituto Samsung Economic Research reajustou sua projeção de crescimento da economia sul-coreana neste ano, rebaixando de 5% para 4,7%, enquanto o LG Economic Research Institute reduziu sua projeção para 4,9%. A Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD, sigla em inglês), por sua vez, reajustou sua previsão inicial de 5,2% para 4,3%.

Preços de alimentos nos supermercados devem cair ainda neste semestre

9/7/2008 - Diário Catarinense

Ainda neste semestre, os consumidores devem contar com preços mais baixos dos alimentos, principalmente do feijão, nas prateleiras dos supermercados, apesar da crise mundial. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Brasileiro, ao apresentar nesta terça-feira o décimo levantamento da safra de grãos 2007/2008, elaborado pela Companha Nacional de Abastecimento (Conab).

Quando tem maior oferta, conseqüentemente tem preços menores. E é o que vamos ver agora. Estamos sentido que, em função, do aumento da produtividade, da oferta, vamos ter preços menores para os nossos consumidores ainda neste semestre — disse o secretário-executivo.

O diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab, Silvio Porto, explicou que a alta de preço dos grãos no Brasil é resultado da contaminação das cotações no mercado internacional. Ele lembrou que alimentos e bebidas correspondem a 25% da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas 80% dos alimentos que compõem o índice não estão tendo elevação de preços.

Feijão
O secretário-executivo afirmou que no caso do feijão a produção (3,5 milhões de toneladas) é maior do que o consumo (3 milhões), portanto suficientes para atender à população. Ele lembrou também que o governo lançou o contrato de opção de venda para o feijão, com o objetivo de estimular a produção.

Segundo a Conab, o governo vai pagar R$ 40,5 mil para cada contrato de 27 toneladas, o que corresponde a R$ 90 por saca de 60 quilos.

De acordo com o secretário, o valor a ser pago aos produtores é maior do que o preço mínimo (R$ 80) para o produto, sendo que o custo de produção é de R$ 60.

Com certeza a gente está fazendo a correção e vamos ter a oferta de feijão sem nenhum dificuldade para abastecimento do mercado. As três colheitas de feijão que se faz anualmente vai refletir de maneira positiva para que o preço venha cair — disse.

Entretanto, o presidente da Conab, Wagner Rossi, afirmou que a estratégia do contrato de opção ainda não surtiu o efeito desejado porque a produção de feijão concorre com outras culturas, como trigo, milho e soja. O feijão é uma cultura de ciclo rápido e compete com outras culturas que no momento estão muito remuneradoras — explicou.

O presidente da Conab orientou a população a evitar a formação de estoques, uma vez que há produção suficiente de feijão no país para atender a demanda:

— Nós não devemos, como consumidores, ajudar o especulador. Não faça estoque porque isso ajuda o manipulador a aumentar o preço contra a população. Segundo Rossi, a Conab estuda voltar a ter estoques estratégicos de produtos para atuar em momentos de especulação:

— No caso do feijão, é um produto cuja armazenagem é muito problemática, porque tem tendência à deterioração muito rápida. Estamos querendo estabelecer um programa de estoque público com uma renovação rápida, periódica. Nunca (de) mais de um ano, no caso do feijão, e nuca (de) mais de dois anos no caso dos outros produtos.

Safra

De acordo com o levantamento da Conab, a estimativa para a safra de grãos 2007/2008 é de 142,42 milhões de toneladas, um recorde histórico.

Esse número é 8,1% superior ao da colheita passada e 0,6% menor em relação ao levantamento de junho deste ano por conta das geadas que atingiram lavouras de milho safrinha, no Paraná. No caso do arroz, a estimativa de produção passou de 11,32 milhões para 12,28 milhões de toneladas. Para o feijão, a projeção passou de 3,5 milhões para 3,4 milhões de toneladas.

A estimativa para o milho também sofreu redução, de 58,43 milhões para 57,48 milhões de toneladas, assim como para a soja (de 59,85 milhões para 59,84 milhões).

A Conab também estima que a produção de trigo será de 5,28 milhões de toneladas, contra os 5,16 milhões de toneladas previstos anteriormente.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou nesta terça-feira, no Rio, nova estimativa para a safra 2007/2008, de 142,6 milhões de toneladas. A Conab e o IBGE têm trabalhado para diminuir as diferenças entre as projeções para a safra.

terça-feira, 8 de julho de 2008

InBev busca troca do conselho da Anheuser-Busch

8/7/2008 - O Globo Online

BRUXELAS (Reuters) - A cervejaria belgo-brasileira InBev quer substituir o conselho de administração da Anheuser-Busch para assegurar a aquisição da rival por 46,3 bilhões de dólares, informou a InBev nesta segunda-feira.

A companhia vai encaminhar documento ao órgão regulador do mercado acionário dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission) nesta terça-feira, para remover todos os membros do conselho de diretores da Anheuser-Busch, informou a InBev em comunicado ao mercado.

Segunda maior cervejaria do mundo em volume, a InBev informou que quer dar aos acionistas uma oportunidade de terem participação direta na proposta de aquisição da fabricante da Budweiser.

A InBev informou que encaminhou processo no mês passado em um tribulnal de Delaware para confirmar que os acionistas podem remover todos os 13 membros do conselho da Anheuser-Busch.

A empresa também anunciou sua própria proposta de conselho, que incluiria Adolphus Busch IV, um tio do atual presidente-executivo da cervejaria norte-americana e simpatizante da oferta da InBev.

Uma porta-voz informou que a InBev busca membros do conselho que poderiam ter julgamento independente para agirem no melhor interesse dos acionistas da Anheuser-Busch.

Em 11 de junho, a InBev lançou oferta de compra da cervejaria norte-americana por 65 dólares por ação. A proposta representa um ágio de 18 por cento sobre o valor recorde dos papéis da Anheuser-Busch, atingido em outubro de 2002.

A Anheuser-Busch rejeitou a proposta no mês passado e ao mesmo tempo lançou um plano de corte de custos de 1 bilhão de dólares e melhora de lucro em um esforço para persuadir investidores de que a oferta da InBev é muito baixa.

O presidente-executivo da InBev, o brasileiro Carlos Brito, respondeu a ambos os pontos no comunicado desta segunda-feira. "Acreditamos que a oferta de nossa empresa de 65 dólares por ação reflete o valor completo e justo da Anheuser-Busch e é uma proposta atraente aos investidores", afirmou Brito.

O executivo afirmou que o plano da Anheuser-Busch "envolve riscos de execução significativos e faz pouco para atender a desafios competitivos fundamentais que a companhia enfrenta em uma indústria cada vez mais global".

A InBev informou que não poderia estimar quanto tempo levaria a troca do conselho da rival.

Varejo não satisfaz classe média alta

Consumidor Moderno - Julho de 2008

Embora represente apenas 4% do total da população brasileira, a classe média alta, que detém uma parcela significativa da renda total do País (23%), ainda não dispõe de uma opção de varejo que a satisfaça. Espremida entre o poder de compra crescente da classe média (B/C) e a classe AA, esse consumidor busca um modelo de varejo “inteligente”, que equilibre diferenciação e atendimento personalizado, pagando um preço justo por isso. A conclusão é do estudo “Em busca de um modelo de varejo para a classe média alta”, da TNS InterScience, realizado em maio, na cidade de São Paulo.

A classe média alta apresenta menor índice de inadimplência (19%) em comparação às classes mais baixas (42%) e tem hábitos regulares de compra, o que significa, para o comércio, a garantia de vendas mais freqüentes.

Perfil e renda
De acordo com o levantamento, o consumidor de classe média alta pertence às classes A2 (76%) e A1 (24%), tem aproximadamente 36 anos e renda média familiar de R$ 8,3 mil. A amostra é igualmente representada por casados e solteiros economicamente ativos que trabalham fora (72%) em período integral. Quase a totalidade (88%) viaja a cada seis meses para o Brasil (90%) e para exterior (15%). A distribuição é diferente das populares, que concentram os gastos em moradia (32%) e alimentação (27%).

Para se diferenciar, esse consumidor busca a exclusividade de produtos e serviços da AA e acesso aos mesmos locais de gastronomia, lazer e cultura, mesmo que para isso tenha que fazer uma certa “ginástica”. Circula em todo o tipo de varejo (do popular ao premium) em busca das mesmas oportunidades de “custo-benefício” das classes B/C: compra produtos básicos de marcas próprias, eletroeletrônicos, DVDs e CDs no varejo popular, e freqüenta as ruas como José Paulino e 25 de Março. Vai do Mc Donald’s para o Fasano e das lojas de departamento para as grifes de luxo.

A maior parcela (72%) desses consumidores prefere shoppings a lojas de rua e classifica o varejo que freqüenta em três tipos: popular (que oferece preço e qualidade); alternativo (sensação de inovação e pertencimento a um grupo seleto) e glamuroso (a freqüência é esporádica, mas aproveita liquidações). Embora considerem (88%) que o parcelamento incentiva a compra, (45%) raras vezes recorrem a prestações e 39% pagam à vista.

STF pede a Lula explicações sobre a lei seca

Mendes não dá liminar pedida por bares, mas acelera julgamento
Felipe Recondo e Rodrigo Pereira

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, pediu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em até dez dias, encaminhe justificativas para a manutenção da Lei 11.705/08.

Depois disso, a Advocacia-Geral da União e o Ministério Público terão de se pronunciar sobre a constitucionalidade da chamada lei seca, questionada pela Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento (Abrasel). Na ação, ajuizada na sexta-feira, a associação pediu que o Supremo concedesse uma liminar para suspender imediatamente os efeitos da nova lei.

Com o rito adotado ontem, de pedir informações prévias, esse pedido de liminar não será analisado. Quando a ação for levada ao plenário do tribunal, será julgada em definitivo, o que também acelera o processo. Gilmar Mendes, que permanece de plantão no STF no recesso judiciário, elogiou em duas entrevistas a tolerância zero aos motoristas que dirigem embriagados. "Tenho a impressão de que a medida caminha no sentido correto.

Quem bebe não deve dirigir e precisa dar fim a esses abusos."Entretanto, na semana passada, o presidente do STF admitiu que os ministros terão de se pronunciar sobre o rigor da lei. Após o recesso, ele deve encaminhar a ação para outro ministro, que relatará o caso. Somente aí a ação poderá ser levada ao plenário do STF.

BALANÇO
No segundo fim de semana de fiscalização em São Paulo, a PM registrou queda no número de prisões por embriaguez no volante e aumento das autuações administrativas. Ao todo, 56 motoristas foram flagrados neste fim de semana no bafômetro por consumo de álcool, dos quais 21 foram encaminhados para distritos por embriaguez.

Na semana anterior, houve 34 autuações e 26 pessoas acabaram em delegacias. Nas estradas federais do Estado, a Polícia Rodoviária Federal prendeu 11 pessoas por embriaguez - mesmo número da semana anterior.No sábado, a PM intensificou o efetivo nas ruas e promoveu uma megaoperação com blitze nas regiões com maior concentração de bares.

O resultado foram 570 testes dos 723 realizados em todo o fim de semana - ante 416 testes no fim de semana anterior. Para o comandante do policiamento de trânsito da capital, major Ricardo Fernandes de Barros, a queda dos flagrantes mostra que a ação policial vem surtindo efeitos.

"O objetivo não é pegar as pessoas alcoolizadas, mas fazer motoristas não beberem. E o resultado é que as pessoas têm se organizado diante da lei", observou o major. A PM manterá blitze diárias com bafômetros e deverá repetir mensalmente as megaoperações na capital.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Empresários participam de curso de automação

04/07/2008 - Diário do Amapá

Para reduzir a mortalidade prematura das empresas que atuam no setor do varejo, a Confederação Nacional do Comércio e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (CNC/Sebrae Nacional) estão estimulando os empreendedores do setor a promover a informatização de suas empresas. Para implantar o projeto, firmaram ampla parceria com todas as Federações do Comércio visando o oferecimento de capacitação e consultoria para os empresários brasileiros.No Amapá, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo iniciou em setembro passado os cursos Automação Comercial e Conectar destinados aos investidores locais interessados na informatização de suas empresas.

Cerca de 150 pessoas se inscreveram e devem integrar a última turma. A série de aulas está prevista para iniciar no dia 7 de junho, e serão ministradas na sede do Sebrae Amapá, loca-lizada no bairro do Laguinho.Automação comercial - O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amapá (Fecomercio/AP), Ladislao Pedroso Monte, revelou que a situação dos pequenos e médios empresários, em especial do setor de varejo, vinha se agravando sobremaneira em virtude dos antiquados mecanismos administrativos e gerenciais empregados por eles.

De acordo com o empresário, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) realizou recente levantamento e concluiu que 36% do comércio varejista não conseguem passar do primeiro ano de existência. Outro dado surpreendente, segundo ele, é que apenas 4% utilizam tecnologia de informação, especialmente no que concerne ao controle interno (que vai do sistema de estocagem à exposição da mercadoria no salão da loja)."

O empresário que não procurar se aperfeiçoar, buscar conhecimentos de como utilizar, de forma eficiente, essas ferramentas de tecnologia para desenvolvimento de seu negócio, corre sério risco de ser engolido pela concorrência,ou até mesmo desaparecer", adverte ele.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sadia fecha compra da Excelsior Alimentos por R$ 6,6 milhões

Valor Econômico - 26/06/08

SÃO PAULO - A Sadia anunciou hoje a conclusão do compromisso de compra firmado em 18 de janeiro com os sócios cotistas da Baumhardt Comércio e Participações, controladora da Excelsior Alimentos.Pelo controle da companhia gaúcha, com sede em Santa Cruz do Sul, a Sadia pagou R$ 6,6 milhões, e levou um parque industrial abrangendo uma fábrica de produtos alimentícios, com frigorífico próprio.Segundo comunicado da Sadia, a Excelsior tem capacidade anual de produção de 16,2 mil toneladas de produtos industrializados, 320 empregados diretos e o seu faturamento bruto de 2008 deverá atingir cerca de R$ 61 milhões.

Pelos termos do acordo, por R$ 5,425 milhões a Sadia levou 73,9% do capital da Baumhardt Comércio e Participações, empresa que detém 80,0% das ações ordinárias e de 43,67% do capital social da Excelsior Alimentos S.A.. Do total pago, R$ 969 mil ficaram retidos em uma conta depósito para garantia de futuras contingências.A Sadia também pagou outros R$ 1,218 milhão por 271.945 ações ordinárias de emissão da Excelsior, representativas de 9,1% do capital total e 16,6% do capital votante da companhia, de acionistas relacionados.

O preço pago por cada uma dessas ações foi de R$ 4,84, o que representa 80% do preço por ação pago aos sócios da Baumhardt.A Sadia também informou que submeterá à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registro para oferta pública obrigatória para aquisição de ações ordinárias da Excelsior que estão em circulação. O preço será de R$ 4,48 por ação, valor equivalente a 80% do preço de R$ 5,60, por ação, pago aos sócios da Baumhardt.

Nova tributação do setor de bebidas vale a partir de 2009


Valor Online - Arnaldo Galvão - 30/06/2008

Na sexta-feira, apenas dois dias depois de sancionar a Lei 11.727 (uma conversão da MP 413), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou outra Medida Provisória, a 436, mudando a tributação do setor de bebidas que constavam da lei e adiando sua entrada em vigor para 2009. Nos dias 25 e 26 de maio, a base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das contribuições PIS e Cofins de cervejas e refrigerantes passou a considerar a quantidade fabricada e também os preços no varejo. Com a MP 436, a cobrança terá a influência de, no máximo, quatro faixas de preços.

O impacto da MP 436, segundo segmentos afetados pelos novos dispositivos, pode ser entendido por meio do exemplo das cervejas vendidas em garrafas retornáveis de 600 ml (67,6% do mercado em 2007, segundo a Nielsen).

Os preços vão de R$ 1,76 a R$ 2,40, o que dá uma média de R$ 2,08. Segundo essas normas, a empresa que consegue oferecer preço mais baixo que a média pagará tributos federais como se cobrasse R$ 2,08 pela garrafa. Quem tem preços mais altos que os R$ 2,08 tem vantagem, porque a margem de lucro das bebidas é muito pequena. Nesse exemplo, a cervejaria que pode trabalhar com preço de R$ 1,76 teria uma carga 18,18% maior. Do outro lado, os que têm preço de R$ 2,40 ficariam com carga 15,38% menor. De acordo com a Lei 11.727, não havia a limitação de apenas quatro faixas de preços, o que trazia proporcionalidade entre preço e tributo. Quanto menor o preço, menor a carga de impostos.

O secretário-adjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirma que a decisão de publicar a MP 436 foi "eminentemente política". No aspecto técnico, ele contesta a crítica dos que estão contrariados. Na sua avaliação, a regulamentação poderá ter até quatro faixas de preços, mas elas vão obedecer ao critério do tipo de vasilhame. Nessa interpretação, o segmento das garrafas retornáveis de 600 ml terá até quatro faixas de preços. Barreto procurou ressaltar que as mudanças entram em vigor em janeiro de 2009, o que preserva o planejamento das empresas para este ano. Ele admitiu que a MP 436 pode significar, em alguns casos, aumento da carga tributária para os fabricantes de bebidas.

Para Barreto, outro ponto que deve ser ressaltado na MP é a norma que obriga as indústrias a instalarem medidores de produção. Mais sofisticados que os atuais medidores de vazão, eles vão identificar quantidade, tipo de produto, marca e embalagem. O objetivo é fechar o cerco aos sonegadores. O setor de bebidas pagou R$ 3,1 bilhões nos recolhimentos de IPI, PIS e Cofins no ano passado.

Nesse cenário de conflitos, a briga dos "lobbies" do mercado de cervejas e refrigerantes pode trazer dificuldades para o governo nas votações da Câmara. Na semana que vem, deve ser votado o último destaque da CSS, o novo imposto do cheque que resgata a extinta CPMF. Os outros três destaques foram aprovados por diferenças muito pequenas de votos. Na Câmara, foi fácil a aprovação das emendas à MP 413 que mudaram a tributação das bebidas: 277 votos contra 73. Portanto, a MP 436 significa a desgastante volta de um assunto que já tinha sido apreciado pelos deputados.

São muitos os personagens dessa disputa e alguns parlamentares têm interesse direto no assunto porque também são empresários do setor. Um dos vice-líderes do PMDB, Tadeu Filipelli (DF), é dono da pequena Refrigerantes Cerradinho. Seu colega de bancada do DF, Osório Adriano (DEM) é fabricante de Coca-Cola. Nelson Marquezelli (PTB-SP) é distribuidor de produtos AmBev no interior paulista. No Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) é dono da Norsa, fabricante da Coca-Cola para quatro Estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. César Borges (DEM-BA) é distribuidor Coca-Cola. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Coca-Cola e AmBev são tradicionais financiadoras de campanhas no Congresso. Em 2006, a Fratelli Vita, controlada pela AmBev, doou R$ 5,5 milhões. A Recofarma (Coca-Cola) gastou R$ 1,8 milhão. O PMDB de Roraima recebeu doação de R$ 150 mil da Fratelli Vita. A Schincariol também desembolsou R$ 1,7 milhão naquele ano.

Nos bastidores da reviravolta representada pela publicação da MP 436, na sexta-feira, os personagens que mais atuaram foram o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e Tasso Jereissati. Falta saber por quê. O governo não explicou as razões pelas quais Lula sancionou a Lei 11.727 numa terça-feira e dois dias depois assinou a MP 436.

Jucá e outros senadores teriam dito, em 28 de maio, que o plenário aprovaria a conversão da MP 413 sem alterações para evitar que a matéria voltasse à Câmara. Afinal o governo tinha todo o interesse na rapidez da confirmação, pelo Congresso, do aumento de 9% para 15% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras. Essa elevação já constava do texto original da MP 413, em 3 de janeiro. De acordo com essa versão que muitos atribuem a Jucá, a aprovação do projeto naquela noite estava condicionada ao posterior veto da mudança na tributação das bebidas.

Mas a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), desconhece esse acordo. Os fatos acabaram mostrando que algum ruído ocorreu, porque o presidente Lula sancionou a Lei 11.727. "Foi uma grande queda de braço. Acompanhei a pressão dos senadores Jucá, Tasso e César Borges, mas seria muito desgastante para o governo vetar uma emenda que tinha sido apoiada pela Receita", revela.

De acordo com a versão dos que criticam a mudança na tributação das bebidas - emenda no projeto de conversão da MP 413 - a matéria é muito complexa e merecia ser amplamente debatida no Congresso e na sociedade. Afinal, estão em jogo normas que afetam emprego, atividade e inflação. Além disso, toda a discussão sobre tributos indiretos tem de levar em conta que eles são pagos pelo consumidor.

A assessoria da AmBev limitou-se a informar que a empresa "sempre cumpriu e sempre cumprirá a legislação tributária". O Valor procurou ouvir os senadores Romero Jucá e Tasso Jereissati, mas não obteve comentário. O mesmo ocorreu com os representantes da Coca-Cola.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

ANHEUSER REJEITA PROPOSTA E INBEV PREPARA OFERTA HOSTIL

Valor Online - 27/06/08

A cervejaria americana Anheuser-Busch (AB) rejeitou formalmente na noite de hoje a proposta de compra não solicitada no valor de US$ 46,3 bilhões feita pela InBev. Em carta enviada para a direção da empresa belgo-brasileira e divulgada ao mercado, o executivo-chefe da AB, August A. Busch IV, diz que o conselho de diretores considerou a proposta "inadequada" e afirma que ela "não atende aos melhores interesses dos acionistas". Prevendo a rejeição, a InBev já se prepara para direcionar a proposta diretamente aos acionistas, tornando a oferta hostil.

"O conselho da Anheuser-Busch acredita que o preço que foi proposto subestima substancialmente a empresa, seus ativos-chave e suas perspectivas", diz a carta de Busch IV, ressaltando a liderança das marcas Bud Light e Budweiser, respectivamente a primeira e a segunda marca de cerveja mais vendida no mundo.

A empresa dos EUA diz ainda que contou com a consultoria de analistas financeiros e legais independentes para tomar sua decisão. No dia 11 de junho, a InBev se propôs a pagar US$ 65 por ação da Anheuser-Busch em dinheiro e já obteve garantia de financiamento de ao menos US$ 40 bilhões com um grupo de bancos para custear a aquisição.

A cervejaria belgo-brasileira argumenta que o valor representa um prêmio de 35% sobre o preço da ação da empresa americana antes do início dos boatos sobre a proposta de compra e que supera em 18% o pico histórico atingido pela ação.

Em carta endereçada a Carlos Brito, executivo-chefe da InBev, Busch IV diz que entende o ponto de vista da cervejaria belgo-brasileira, que estaria se aproveitando de um momento de dólar fraco e do mercado acionário dos EUA em baixa para fazer a proposta de compra. Mas diz que, do ponto de vista do acionista da Anheuser-Busch, a transação com a InBev significaria perder o "ganho maior que ele pode obter com o plano estratégico de crescimento da companhia".

Mesmo rejeitando a oferta, o executivo-chefe da AB deixa claro que o conselho está aberto para discutir "qualquer alternativa estratégica que seja do interesse dos acionistas da empresa", dando a entender que avaliaria uma proposta mais alta.

Na despedida da carta, Busch IV faz uma provocação em tom de brincadeira a Brito. "Como você disse, você sonha grande. Nós (diretores da Anheuser) respeitamos seu desejo de expandir sua companhia. Mas o seu crescimento não deve ser feito às custas dos nossos acionistas".

Já se antecipando a uma recusa da Anheuser, a InBev informou hoje que recorreu à justiça do estado americano de Delaware em busca de declarações que permitam "rotas alternativas" no processo que assegurem que os acionistas da Anheuser-Busch preservem seu poder de decisão sobre a oferta. Ela quer uma declaração legal de que os acionistas da AB podem remover sem justa causa todos os 13 diretores da empresa, mediante um pedido por escrito.

Segundo a InBev, o estatuto da companhia americana e a lei do estado já deixam claro que os oito diretores eleitos após 2006 podem ser destituídos. A intenção do processo é confirmar a avaliação da InBev de que os cinco diretores escolhidos antes de 2006 também podem ser afastados sem justa causa se os acionistas assim decidirem e manifestarem por escrito.

O QUE OS FUNDOS VIRAM NESSE MOÇO?



REVISTA ISTO É DINHEIRO - 27/06/08

NOS ÚLTIMOS MESES, ALEXANDRE TADEU Costa, dono da Cacau Show, tem recebido constantes ligações de investidores, nacionais e estrangeiros. Não se trata de uma novidade. "Já conversei com dezenas deles. De cada cinco, ouço um. Eles insistem, mas eu digo que não me interessa fazer negócio", afirma ele. Logo na primeira conversa telefônica, Costa apresenta a empresa ao interessado. "Temos 416 lojas, faturamento de R$ 100 milhões e cada centavo investido vem do nosso bolso. Nem dinheiro do BNDES nós temos. E não precisamos de qualquer sócio por aqui." É um balde de água fria nos planos dos fundos de investimento.

Em geral, esses fundos funcionam como uma espécie de pronto-socorro de companhias em crise. Injetam dinheiro nelas, põem a gestão de cabeça para baixo e, quando a operação deslancha, recuperam o investimento com IPOs milionários.

A questão é que também há gente pronta para investir em negócios sadios e uma sociedade com a Cacau Show cairia como uma luva. "Estamos pensando se um IPO pode ser interessante. É possível que, antes disso, o negócio tome outro rumo", diz. É o que se comenta no mercado. A maior rede brasileira de chocolates finos pode se expandir por meio de uma aquisição ou fusão.

A aposta do momento é a Casa Suíça, fabricante de bolos coligada à Wickbold, e vizinha de fábrica da Cacau Show, em Itapevi (SP). A Casa Suíça fabricou os 500 mil panetones vendidos pela Cacau Show no último Natal. "Já disse a eles que, quando chegarmos a um milhão, vou fazer o meu panetone", diz Costa. "A ampliação do portfólio de produtos deve acontecer. Tenho espaço para mais uma fábrica", diz ele, ao apontar para o amplo terreno vazio, ao lado da unidade de Itapevi.

O plano de expansão seria mais ambicioso do que ele ousa dizer. Quem o conhece garante que ele tem um desejo quase inconfessável. O empresário de 37 anos sonha em adquirir um dia a Kopenhagen. É isso mesmo: a marca de chocolates finos, com 231 lojas, crescimento acima de 230% em seis anos e comandada pela jovem Renata Vichi (que não pensa em se desfazer do negócio). "Quero fazer o meu jogo e, nele, estão previstas mil lojas e faturamento de R$ 300 milhões em 2010", desconversa Costa. Com a Kopenhagen, conseguiria atingir o consumidor de classe alta.

Com Renata à frente, a Kopenhagen chegou a ser a maior rede de franquias de chocolates finos do País. Em 2005, a empresa tinha 207 unidades e a Cacau Show (que abriu o primeiro ponto em 2001) somava 181 lojas. A virada aconteceu no ano seguinte e hoje a diferença é de 185 pontos de venda. "Eles não me incomodam. Basta ver o índice de mortalidade deles e a qualidade do chocolate. A minha concorrência é Godiva, Offner", diz Renata. Costa sai em defesa do negócio. "Temos os mesmos fornecedores. Dou o telefone para você confirmar", diz, sem se exaltar.

A tranqüilidade é a mesma com que ele fala de assuntos espinhosos, como os primeiros anos em que começou a tocar a empresa, criada numa sala de três metros por quatro, no escritório da família, na zona norte de São Paulo. De lá para cá, foram 20 anos (ele começou aos 16) e alguns quilinhos a mais. "Como chocolate o dia inteiro, mas não ando fazendo ginástica, sabe?", confidencia.

RESISTÊNCIA À AMBEV

27/6/2008 - Revista IstoÉ Dinheiro

EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, A 440 quilômetros da capital paulista, não é exagero dizer que quase todos da cidade já experimentaram o guaraná Cotuba, fabricado pela Arco-Íris. Nem mesmo a força crescente de gigantes como AmBev e Coca-Cola foi capaz de derrubar essa tradição. Com atuação no noroeste do Estado de São Paulo, no Triângulo Mineiro, em Mato Grosso do Sul e Goiás, a empresa se mantém no mercado há 50 anos e acaba de expandir suas atividades para Campinas e Ribeirão Preto. "Por enquanto, nosso foco é o interior, porque na capital a concorrência é muito acirrada. Mas estamos ensaiando algumas ações por lá também", revela o diretor- geral, Ademar Watanabe.

Em 2007, a ArcoÍris gerou uma receita bruta de R$ 36 milhões com produção de 35 milhões de litros. Neste ano, Watanabe quer faturar R$ 38 milhões. E conta com algumas estratégias, tendo, principalmente, o Cotuba na linha de frente, que corresponde a 60% da receita, além de outros produtos como vinagre, destilados, groselha e até água. Uma delas é o aumento da exportação. Há dez anos, a Arco-Íris exporta o Cotuba para o Japão e o guaraná concentrado para a Costa Rica. No ano passado, recebeu o convite para atender os Emirados Árabes.

A fórmula para obter sucesso na exportação, ele credita ao "gosto de saudade que o guaraná causa a quem o experimenta". "Nossa exportação começou a pedido dos migrantes japoneses do interior que sentiam falta do sabor do Cotuba no Japão. Hoje, atendemos 300 mil brasileiros residentes naquele país. E é com este mote que vamos expandir nosso mercado."

Curso de Marketing de Relacionamento Interno


Aplicação do marketing de relacionamento junto ao público interno - funcionários, colaboradores e parceiros

Marketing de Relacionamento consiste na gestão do relacionamento da organização com seus diversos públicos. E um dos públicos fundamentais para qualquer negócio é o público interno, formado por funcionários, colaboradores e parceiros terceirizados. Fundamental porque nenhuma estratégia de marketing de relacionamento externo, para clientes corporativos e consumidores finais, se sustenta sem uma boa base de relacionamento interno.

O Curso de Marketing de Relacionamento Interno apresenta conceitos, ferramentas e métodos para a melhor gestão de pessoas sob essa ótica – a valorização das relações internas. Pessoas formam a base das organizações e detêm a capacidade para inovar em novos processos, aumentar a produtividade e gerar resultados tangíveis pela força do trabalho em grupo e colaborativo. Apesar de as relações de poder formal existirem, representadas pelo organograma, seus cargos e responsabilidades individuais, o público interno sempre desenvolve, com ou sem influência da gestão, o poder informal por meio de grupos também informais. Pessoas não são indivíduos isolados numa empresa, elas interagem e criam relações de troca de conhecimento, experiência e processos de trabalho. Cabe à organização preocupada com a performance de suas pessoas direcionar esforços também para a gestão do relacionamento interno – influindo, assim, nas relações de poder e troca, e na capacidade inovadora do grupo.

Coordenado pelo prof. Marcelo Miyashita, o curso aborda os principais temas que precisam ser desenvolvidos por aqueles que atuam ou buscam desenvolver carreira nas áreas de Recursos Humanos, Comunicação Interna e Endomarketing®.

Mais informações: http://www.miyashita.com.br/?id=8&m=57

quarta-feira, 25 de junho de 2008

FOCO NO VAREJO - Gouvea de Souza

A informalidade asfixia o varejo legal

Marcos Gouvêa de Souza
http://www.gsmd.com.br/

Dependendo da fonte consultada, a informalidade no Brasil será estimada entre 19 e 40%, porém existe consenso que o varejo está entre os setores onde esse percentual e o dano são maiores.

O crescimento da carga tributária, reconhecida pelo governo como de 37,7 % do PIB, aliado à redução do emprego formal, não reconhecida pelo Ministro do Trabalho, e mais a conivência disfarçada com a ilegalidade, são elementos do mesmo cenário, que asfixiam o crescimento das empresas legais, em especial no varejo.

O IFC - International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, em amplo estudo sobre a correlação entre renda per capita e grau de informalidade estima, que no Brasil, esse percentual é de 39,8% do PIB.

O IBGE, com metodologia significativamente diferente, avalia que a informalidade no país esteja próxima dos 19%. O McKinsey Global Institute também estima que a informalidade no Brasil seja de 40% e, adicionalmente, em recente estudo divulgado, aponta que esse problema é um dos responsáveis pelo crescente distanciamento do país em relação a outras economias.

Por esse estudo, comparando a evolução do PIB per capita, em bases PPP (Purchasing Power Parity), no período de 1995 a 2004, se percebe como o país regrediu em relação a outras economias. Nessas bases, em 95, o PIB per capita brasileiro representava 23% do norte-americano. Em 2004 caiu para 21%.

Em relação a Portugal, de forma mais dramática, no mesmo período, caiu de 48 para 39%. E comparado com nosso vizinho sul-americano, o Chile, que enfrentou de forma mais decisiva esse problema, em 95 o PIB per capita brasileiro era de 84% do chileno e essa relação caiu para 76% em 2004.

A visão simplista, quase simplória, de que o país tem crescido, devido aos poucos anos de expansão econômica, como os que temos vivido, não ilude quem compara o cenário internacional e percebe que se aprofunda a distância entre outros países e o Brasil.

E a ilegalidade, travestida de informalidade, em especial no varejo, é uma das responsáveis por essa situação. Na raiz do problema está o crescimento do gasto público, que impõe crescimento tributário, não dividido de forma equânime e que sobrecarrega as empresas formais. A informalidade se torna então o caminho fácil para os que abrem mão da eficiência e do controle, para buscar a opção do crescimento pela sonegação.

Não se trata da sobrevivência, mas do crescimento, pois na sua maioria, essas empresas têm crescido mais do que a média setorial, aproveitando a conivência dos que teriam por obrigação combater essa prática.

O que se percebe é que mais fácil tentar aumentar tributos do que enfrentar a ilegalidade.
Ao menos era. Aparentemente a sociedade deu um basta a essas tentativas e não será mais viável o aumento da carga tributária.

Ficam então dois caminhos.

Aumentar a base tributária, o que significaria ter que enfrentar a informalidade, ou reduzir os gastos públicos.

A redução e modernização do Estado, redesenhado com uma visão empresarial que permitisse a redução da carga tributária e, naturalmente viabilizasse a conversão de informais em formais, é o sonho de quem consegue enxergar além da cortina de fumaça que se criou com o discurso governamental. Alguns caminhos já foram tentados e mostram sua viabilidade.

Em São Paulo e Minas Gerais foram feitos acordos setoriais, com redução da carga tributária, que aumentou o número de contribuintes e a arrecadação, reduzindo a informalidade.
Em São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, foram criadas alternativas para apoio ao desenvolvimento de centrais de negócios, que também é um caminho natural para a conversão de informais em formais no varejo.

Mas tudo isso é pouco e exceção.

O enfrentamento da ilegalidade no varejo, que inibe a expansão, o crescimento, o aumento do emprego formal e a geração de novos empregos, deveria ser um ato de coragem de quem governa porque, infelizmente nesse tema, pouco pode ser feito pela sociedade organizada.
O varejo brasileiro tem dado mostras relevantes de sua competência estratégica, técnica, operacional e conceitual, competindo no cenário global e recebido prêmios e reconhecimento por isso e, só não faz muito mais nesses aspectos, por que enfrenta e tem sido asfixiado pela concorrência desigual dos informais.

Para pensar além do momento.

Cartões de lojas movimentam R$ 44 bilhões

Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC - 22/06/08

"Você tem o cartão da loja?" Essa é a pergunta que o motorista José Geraldo dos Santos, 40 anos, ouve toda vez que vai pagar pela compra de um produto. Considerados ferramenta de fidelização de clientes, os cartões próprios estão presentes em quase todos os setores de venda varejista, como hipermercados, lojas de departamento, material para construção e farmácias. "Todo mundo tem na carteira um, dois ou três cartões de loja. É facilidade para a gente", avalia o motorista.

Comum entre os brasileiros, em 2007, os cartões próprios das lojas - também chamados de private labels - movimentaram R$ 44 bilhões em todo o País. Foram 800 milhões de transações realizadas por 144 milhões de plásticos, quase um por habitante. O último levantamento da Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mostra que entre janeiro e abril deste ano, foram emitidos 8 milhões de unidades, totalizando 152 milhões de cartões com a marca de lojas.

O sucesso do cartão está nas facilidades oferecidas no momento da compra, como a pré-aprovação de crédito e a possibilidade de ter até 40 dias para o pagamento à vista e sem juros. A possibilidade de parcelar em maior número de vezes do que com o cartão de crédito ou cheque também estimula o consumo. "Sempre que compro um eletroeletrônico uso o cartão da loja, porque posso pagar em mais vezes sem juros", comenta a aposentada Vilma Ribeiro, de 58 anos.

De olho neste nicho de mercado, a Coop lançou o cartão próprio em julho de 2006. Hoje, a empresa acumula 250 mil cartões em sua base de clientes. A gestora de cartões da Coop, Maria de Lourdes Basso Moreno, afirma que a medida também reduziu o número de operações com cheques, que, até então, representavam 40% dos pagamentos.
Em dois anos, os cartões já respondem por 14% de participação nas vendas e a utilização do cheque caiu para 25%. "Nossa meta é que as compras com nosso private label representem 20% das transações até o fim do ano".

Na avaliação da gestora, a preferência por este meio de pagamento é resultado da conveniência do parcelamento. O hipermercado Carrefour dispõe de cartões próprios desde 1989 e já acumula 8,5 milhões de cartões emitidos. A meta é atingir a marca de 10 milhões em 2009.

Para administrar esse segmento, o grupo, um dos pioneiros na oferta do serviço, criou uma operadora própria. A missão da administradora é definir condições, prazos e demais serviços que serão oferecidos com os cartões.

Segundo o Carrefour, o mercado de private label tem como diferencial a possibilidade de atingir todas as classes sociais. A perspectiva de fidelização também atraiu outros ramos do comércio varejistas. Entre eles, as lojas de material de construção como a Dicico. A empresa já emitiu mais de 150 mil cartões com a sua marca desde o lançamento do serviço há dois anos. Uma das vantagens oferecidas aos clientes é o parcelamento das compras em até 11 vezes sem juros.

Juros elevados - As muitas facilidades dos cartões, no entanto, muitas vezes escondem juros acima da média de mercado (veja o quadro com os juros cobrados pelas lojas).

Pesquisa mensal de juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) apurou que a taxa média de juros para pessoas físicas, em maio, ficou em 7,73% ao mês no cheque especial, 10,39% ao mês no cartão de crédito dos bancos e em 11,20% ao mês nos parcelamentos por financeiras.

Google oferecerá medidor de audiência

24/06/2008 - Meio & Mensagem

A empresa deve lançar uma ferramenta gratuita que medirá a utilização da internet e os websites visitados, para concorrer com as ferramentas comScore e Nielsen Online

O Google deve lançar nesta terça-feira, 24, um novo serviço que mede o uso da internet, com o objetivo de ajudar os publicitários a encontrar os melhores lugares para comprar anúncios online ao dizer-lhes quais websites seu público-alvo visita.A abordagem do Google pode representar uma grande ameaça aos modelos atuais de monitoramento do uso da internet, dizem executivos da área de publicidade.

As duas firmas de medição de rede que dominam o mercado (comScore e Nielsen Online) baseiam seus dados principalmente em painéis e sondagens, que os críticos dizem ser inconsistentes e incompletos.

O novo serviço se baseará principalmente em dados de servidores da web e será oferecido gratuitamente aos profissionais de marketing.

Com informações do The Wall Street Journal.

Fispal Food Service 2008 começou na segunda com área de exposição 40% maior


24/06/2008, Mais Comunicação

A feira foi aberta nesta segunda-feira, dia 23 e prossegue até o dia 26, mostrando os mais recentes lançamentos para o setor de alimentação fora do lar e competições como a II Copa Brasileira de Pizzarias, Gourmet Show e Copa Barista.

Com crescimento de 40% na área de exposição, em relação ao ano passado, a Fispal Food Service 2008 – patrocinada pela Ultragaz – foi aberta nesta segunda-feira, dia 23, no Expo Center Norte, em São Paulo. Maior feira da América Latina no setor de alimentação fora do lar, o evento prossegue até a próxima quinta-feira, dia 26, e deve receber cerca de 65 mil visitantes, interessados em conhecer produtos, equipamentos e serviços para bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, hotéis e todos os demais estabelecimentos focados na comercialização de alimentos prontos para consumo.

Durante a entrevista coletiva que marcou a abertura do evento, o secretário de Negócios Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Alfredo Cotait, destacou a importância das feiras de negócios para a economia da cidade e comentou que é intenção do prefeito Gilberto Kassab construir no bairro de Pirituba um grande centro de exposições, que pode vir a ser o maior do mundo, com cinco milhões de metros quadrados. Segundo Cotait, a proposta é inserir a capital paulista no circuito das grandes feiras internacionais, atraindo executivos e empresários de todo o mundo.

Flávio A. Corrêa, presidente da empresa promotora da Fispal Food Service – a Brazil Trade Shows (BTS) –, saudou a proposta e enfatizou a importância que o setor de feiras vem assumindo na economia brasileira. “Um exemplo é o surgimento da própria BTS, formada em 2007 com a aquisição – pelo fundo de investimento DLJ South América Partners – da Fispal e da Dipemar, duas grandes promotoras de feiras no setor de alimentos e bebidas. A chegada de investidores nesse mercado evidencia seu potencial de negócios e cria a oportunidade de modernizar um setor antes dominado por empresas familiares”, afirmou.

Para o diretor de Feiras da BTS, Marco Antonio Mastrandonakis, além do crescimento da área de exposição em relação ao ano passado, a Fispal Food Service deste ano apresenta também um número recorde de eventos paralelos, desenvolvidos com o objetivo de mostrar as novas tendências desse mercado e contribuir para a qualificação cada vez maior do operador do food service. “São mais de 50 atrações, entre seminários, palestras, apresentações e competições como o Gourmet Show, a II Copa Brasileira de Pizzarias e a Copa Baristas, no Espaço Café Brasil’, contou Mastrandonakis.

NOVA MÍDIA

O presidente da BTS, Flávio Corrêa, anunciou também o lançamento da revista Gourmet & Food Service, voltada para o debate das novas tendências da alimentação fora do lar e para a divulgação de informações úteis ao desenvolvimento dessa atividade. Segundo ele, com essa e as outras revistas que já edita (Leite & Derivados, Revista Nacional da Carne e Aqüicultura e Pesca), a BTS está trazendo para o mercado brasileiro de exposições o conceito de mainstream media. “As feiras são mídias presenciais, ambientes essenciais para os negócios, mas não devem se resumir aos quatro dias de exposição. Por isso, estamos desenvolvendo uma plataforma de conteúdo para divulgar os negócios do setor durante todo o ano”, explicou.

ESPAÇO CAFÉ BRASIL

Caio Alonso Fontes, diretor de Planejamento da Café Editora, parceira da BTS na promoção do Espaço Café Brasil, comentou durante a entrevista coletiva, que reuniu cerca de 35 jornalistas de diversos veículos de comunicação, que o Brasil deve se tornar o maior consumidor de café do mundo em 2010, saindo do terceiro lugar que ocupa hoje.

Segundo ele, a proposta do Espaço Café Brasil é estimular o desenvolvimento do mercado de café gourmet, de alta qualidade, que já vem crescendo em média 10% ao ano, enquanto o consumo de café comum cresce apenas de 2% a 4% ao ano. “O próprio Espaço Café Brasil, dentro da Fispal Food Service, é uma evidência desse crescimento. Em relação ao ano passado, tivemos um aumento de 100% na área de exposição, atingindo 3 mil metros quadrados e mais de 50 expositores”, contou ele.

ESPAÇO INOVAÇÃO

Uma das atrações deste ano é o Espaço Inovação (rua G/H – estande 169/170), que reúne os produtos mais inovadores apresentados pelos expositores na feira. Patrocinado pela Nestlé FoodServices, o estande expõe equipamentos de tecnologia avançada e produtos desenvolvidos para reduzir custos e tornar mais eficiente a operação de estabelecimentos voltados para a alimentação fora do lar.

Uma das novidades da Nestlé é o Ganache, uma mistura de chocolate com creme de leite que forma um creme ideal para recheios, coberturas e diversos tipos de sobremesa. A Maggi, por sua vez, tem como destaque dois novos temperos, além de uma nova embalagem para os outros produtos da linha.

De acordo com a assessoria de imprensa da Nestlé FoodServices, a participação em iniciativas como o Espaço Inovação é, para as áreas da indústria de alimentos voltadas para a alimentação fora do lar, o melhor meio de comunicação, pois é possível encontrar num mesmo local tanto novos como antigos clientes.

GOURMET SHOW

O restaurante Leopolldo, de São Paulo, foi o vencedor do primeiro dia de competição do Gourmet Show, evento patrocinado pela Nova Schin e pela Comgás, que dedicou a segunda-feira às receitas a base de carne, com patrocínio da Marfrig. Sob a supervisão do chef Laurent Suaudeau, estudantes de quatro faculdades de gastronomia e profissionais de restaurantes elaboraram receitas que depois foram submetidas à avaliação de um júri formado por especialistas como Betina Orrico (revista Cláudia Cozinha), Renato Carioni (restaurante Cantaloup), Eric Berland (Parigi) e José Barattino (Emiliano). Os restaurantes participantes da etapa de ontem, além do Leopolldo, foram o Estación Sur, Café Journal, Hotel Sofitel, Buffet Red Gastronomia (de São Paulo), Duo Bistrot (Criciúma – SC), Confraria do Sabor (Campos do Jordão – SP) e La Capannina (Recife – PE). Além deles participaram também equipes de alunos das faculdades Unip, Hotec, Anhembi-Morumbi e Senac-SP.

O chef Laurent Suaudeau, que foi um dos criadores do evento e voltou a coordená-lo este ano, depois de três anos afastado, participou também da entrevista coletiva de abertura da feira e destacou a importância da competição para o desenvolvimento do mercado de food service. Segundo ele, o Brasil tem muito a mostrar e os profissionais da área precisam ter mais apoio para divulgar a gastronomia brasileira no exterior.

PADARIA ALEMÃ
Alunos da Faculdade de Tecnologia em Hotelaria, Gastronomia e Turismo (Hotec) estão encarregados de demonstrar, durante os quatro dias da Fispal Food Service, as características e a riqueza da confeitaria nórdica, no estande da Padaria Alemã (rua I/J, 169/170), patrocinada pela Farinha São Jorge. Ali, sob a supervisão de professores, os alunos se revezam para produzir de hora em hora pães com farinhas especiais e doces como cucas, apfelstrudel ou sacher torte – torta com creme, frutas e geléia – para degustação.

Segundo Rubens de Carvalho Pinto, diretor da escola, a faculdade gravita em torno do turismo e da hospitalidade e nesse setor a gastronomia é básica. “A panificação alemã é a mais rica do mundo. Por isso fizemos questão de trazê-la para o Brasil com toda a sua riqueza adaptada aos nossos hábitos de consumo”, assinalou. Segundo ele, os cinco anos de participação na Fispal Food Service demonstram que as experiências merecem ser repetidas. “A feira é do nosso segmento e por isso queremos demonstrar aqui que a qualificação é o caminho e isso não tem retorno”, sustentou.

COPA DE PIZZARIAS

As pizzarias Micheluccio, de Piracicaba (SP); Di Mônaco, de Leme (SP); e Meime, de São Paulo (SP) foram as vencedoras da primeira semifinal da II Copa Brasileira de Pizzarias, realizada nesta segunda-feira na Fispal Food Service. As pizzas classificadas para a final foram a Filé Mignon com Shitake ao Balsâmico, da Micheluccio; a Sabores do Interior, da Di Mônaco (que inclui em sua receita ingredientes como abobrinha e cambuquira); e a Ibérica, da Meime (que usa, entre outros ingredientes, jamón pata negra, figos frescos e rúcula).

Doze pizzarias participaram da semifinal da II Copa Brasileira de Pizzarias, que escolherá na quinta-feira a Melhor Pizzaria do Brasil. O evento tem patrocínio nacional da Danúbio (marca do Grupo Vigor), do Grupo Ocrim (fabricante das farinhas Trigolar e Mirella), da Nacional Gás (armazenamento, envase e distribuição de GLP), da cerveja Nova Schin e da Tramontina, além do apoio da Granomaq (fabricante de fornos).

Estão participando da etapa final da competição 34 pizzarias, classificadas nas 10 etapas eliminatórias realizadas em todas as regiões do País, das quais participaram cerca de 200 estabelecimentos. O pizzaiolo representante do estabelecimento vencedor da competição ganhará uma viagem à Itália, com acompanhante.

SERVIÇO:

Food Service 2008
24ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar
Data: 23 a 26 de junho
Horário: das 13h às 21h
Local: Expo Center Norte – São Paulo

Deca amplia em 100% produção de louças sanitárias focando a classe C


Valor Online - Yan Boechat - 25/06/2008

Líder no mercado brasileiro de metais sanitários, a Deca, divisão de negócios da Duratex, agora se prepara para disputar o primeiro lugar com a espanhola Roca no segmento de louças sanitárias. Após adquirir a Ideal Standard e a pernambucana Cerâmica Monte Carlo por R$ 60 milhões cada uma, a companhia se diz pronta para ampliar a produção anual de louças sanitárias de 3,6 milhões de peças para 7,2 milhões de peças. "Continuaremos a dar foco ao mercado de luxo, mas nossa expansão passa obrigatoriamente pela classe C", afirma Raul Penteado, diretor geral da Deca.

Dona de 19% do mercado de louças sanitárias, a Deca decidiu apostar em uma expansão rápida neste setor no início do ano passado, quando ficou claro que o acesso ao crédito imobiliário para a classe C se tornaria mais amplo e as taxas de juros reais ficariam em apenas um dígito. A companhia cogitou a idéia de construir novas unidades produtivas, mas pelo fato de estar atuando perto de sua capacidade optou pelas aquisições. "Com as unidades que estão sendo agregadas à companhia nossa participação de mercado será de mais de 30% quando todas as novas fábricas estiverem completamente operacionais", diz o executivo. A Roca, dona da Incepa e da Celite, tem algo próximo a 40%.

Com as aquisições, a Deca incorporou três novas fábricas. Uma em Jundiaí (SP), uma em Queimados (RJ) e uma terceira que pertencia a Monte Carlo em Cabo de Santo Agostinho (PE). Juntas, as três unidades fabris têm uma capacidade de produção da ordem de 3,2 milhões de peças ao ano. Neste momento a antiga fábrica da Ideal Standard em Queimados não está operando. "Começaremos lá no ano que vem e vamos expandindo a produção de acordo com o aquecimento da demanda."

Assim como tem acontecido nas outras unidades da Deca nos últimos três anos, boa parte do que sair dos fornos dessas novas fábricas terão como destino os consumidores da classe C, responsáveis, segundo Raul Penteado, pela melhora na rentabilidade da Deca nos últimos anos. Desde que percebeu que haveria uma explosão no consumo no segmento econômico, a Deca iniciou um processo amplo de renovação de seu mix de produtos. A companhia investe cerca de R$ 25 milhões anuais em desenvolvimento e nos últimos três anos mais de 50% desse valor têm sido destinado ao segmento econômico. Dos mais de 200 novos produtos que colocou no mercado desde 2006, mais de 70% deles foram destinados à classe C. "É impossível crescer sem olhar para esse segmento, as margens são menores, mas é dele que vem a escala", diz.

Um dos primeiros negócios do engenheiro Olavo Setubal, criada em 1947, a Deca hoje é uma forte divisão da Duratex, subsidiária da holding Itausa que atua também no segmento de madeira, pisos laminados e chapas de fibra. Em 2007, a Deca respondeu por 34% das vendas da Duratex, que geraram receita líquida de R$ 1,67 bilhão. A expectativa entre vários executivos da companhia, que fazem questão de não o fazerem publicamente, é de que a Deca cresça 15% este ano, sobre um crescimento de outros 15% no ano passado.

Apesar de não admitir as estimativas otimistas de um ciclo de expansão forte por mais dois ou três anos, os agressivos investimentos na expansão da capacidade de produção mostram que a companhia acredita que o mercado vai passar a atuar em um novo patamar em pouco tempo. "O fato é de que estamos certos de que o boom da construção civil para as camadas mais populares ainda não aconteceu", diz um otimista Raul Penteado. "O grande crescimento nesse mercado ainda está por vir".

Além dos R$ 120 milhões que investiu na aquisição de duas concorrentes do segmento de louças, a Deca está aplicando outros R$ 120 milhões na ampliação de sua capacidade de produção em metais sanitários. Neste caso a companhia optou por não ir às compras e está construindo uma nova unidade em seu complexo de Jundiaí. "Não estamos apenas comprando mais maquinário, estamos dobrando a área física da fábrica, o que nos permitirá ampliar nossa capacidade de produção em 35% até o fim do ano que vem", diz o executivo.

Assim como no segmento de louças, a Deca também pretende ampliar ainda mais o leque de produtos de metais sanitários voltados para a classe C. "Continuaremos tendo uma torneira de R$ 2 mil, mas também queremos ter torneiras de R$ 40 nas prateleiras das lojas de construção", afirma Raul Penteado. A companhia não pretende criar uma marca específica para atuar no mercado popular ou no mercado de luxo. Independente do preço final, diz Penteado, todos os produtos serão identificados apenas pela marca da companhia.

Varejo busca opções para bancar expansão

Valor Online - Claudia Facchini - 25/06/2008

A alta da inflação tornou mais nebuloso o cenário para as varejistas que pretendem vender ações na bolsa e acelerar o seu processo de expansão. Entre as redes que planejam bater às portas do mercado de capitais estão o Magazine Luiza, de Franca (SP), e a cadeia de supermercados Sonda, que possui uma forte presença na capital paulista. Segundo fontes do setor, o Magazine Luiza analisa retomar os planos de abertura de capital em 2009.

O diretor executivo do Sonda, Roberto Moreno, afirma que a empresa também tem como meta lançar ações no ano que vem. No entanto, as ações das varejistas estão sendo duramente castigadas pela alta da inflação e pela leve desaceleração do consumo, um efeito que contaminou não só o Brasil, mas como outras partes do mundo, em especial nos EUA.

Os analistas de commodities não vislumbram uma reversão na tendência de alta nos preços das matérias-primas, pelo menos nos próximos meses, o que deve manter os índices de inflação sob pressão. Mas a reação dos investidores é considerada exagerada. Recentemente, o presidente da Renner, José Galló, afirmou que, muitas vezes, os investidores simplesmente "transportam" para o Brasil o que acontece nos EUA, colocando os fundamentos locais em segundo plano.

Ontem, muitas empresas de consumo figuraram na lista das maiores baixas no Ibovespa - as ações da Renner caíram 3,95%. Em 12 meses, os papéis da varejista acumulam queda de 6,9%, enquanto o Ibovespa subiu 18,2%.

O mau humor do mercado pode levar as varejistas que não estão listadas na bolsa a considerar outras alternativas. E o caminho mais curto é a venda do controle acionário para um grande grupo do setor. Segundo fontes do mercado de fusões e aquisições, algumas cadeias de supermercado de porte intermediário voltaram a conversar com potenciais compradores - Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart e Cencosud.

Moreno, do Sonda, nega que os controladores do Sonda tenham interesse em vender a empresa neste momento. Segundo apurou o Valor, os sócios da varejista teriam pedido um valor bastante elevado, considerado inviável. "Redes de porte intermediário, como o Sonda, o Bretas ou o Zaffari, são avaliadas por um preço superior ao das demais cadeias pelo seu alto valor estratégico para os grandes grupos", disse Moreno.

Há cerca de 10 anos, a rede passou por uma reestruturação societária. Hoje, seu capital está distribuído, meio a meio, entre dois irmãos, Idi Sonda, de 65 anos, e Deocir Sonda, de 60 anos. Segundo Moreno, o Sonda passa por um acelerado processo de expansão. Neste ano, serão abertas sete lojas, um recorde para a varejista, que possui 15 supermercados. Moreno projeta romper a barreira de R$ 1 bilhão em vendas em 2008. "Podemos chegar a R$ 1,2 bilhão". Em 2007, o Sonda faturou R$ 832 milhões.

"Estamos fazendo o dever de casa para lançar ações", diz Moreno. A empresa possui hoje uma holding, a Sonda Participações, que controla a rede de supermercados. Enquanto isso não acontece, a empresa buscou opções de financiamentos para bancar a expansão, como as operações indexadas ao dólar, que hoje têm um baixo custo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

SUBSTITUIÇÃO DO USO DE SACOLAS E SACOS PLÁSTICOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS
LEI Nº 7627 de 12 de maio de 2008.

DISPÕE SOBRE A SUBSTITUIÇÃO DO USO DE SACOLAS E SACOS PLÁSTICOS NAS INSTITUIÇÕES QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

O Prefeito Municipal de Florianópolis faz saber que a Câmara de Vereadores aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

Art. 1º As empresas de direito público e privado, com atuação no município de Florianópolis, que utilizam sacolas e sacos plásticos para o acondicionamento e transporte de produtos e mercadorias em geral, incluindo-se lixo, deverão substituí-los por sacolas e sacos ecológicos, conforme o disposto nesta Lei.

Parágrafo Único - Entende-se por sacolas e sacos plásticos qualquer invólucro manufaturado com resina petroquímica, excetuando-se as embalagens originais das mercadorias.

Art. 2º As sacolas e sacos ecológicos são aqueles ambientalmente corretos, confeccionados prioritariamente com papel, tecido ou material oxi-biodegradável.

Parágrafo Único - O plástico, quando contido na composição das sacolas e sacos ecológicos, não deve impactar negativamente na quantidade do composto, bem como no meio ambiente.

Art. 3º As sacolas e os sacos plásticos devem atender aos seguintes requisitos:

I - degradar ou desintegrar, por oxidação em fragmentos em um período de tempo não superior a dezoitos meses; e
II - biodegradar, tendo como resultado CO2, água e biomassa.

Parágrafo Único - Os produtos resultantes da biodegradação não poderão ser tóxicos ou danosos ao meio ambiente.

Art. 4º A substituição a que se refere o art. 1º desta Lei deverá ocorrer, em todas as empresas, das seguintes formas:

I - quarenta por cento em quatro meses;
II - oitenta por cento em oito meses; e
III - cem por cento em um ano.

Art. 5º Os estabelecimentos de que trata esta Lei, dentro do prazo de substituição a que se refere o art. 4º, deverão manter disponíveis aos seus clientes bolsas, sacolas, sacos ou cestas confeccionadas com material resistente e biodegradável para o uso continuado na acomodação e transporte dos produtos adquiridos.

Art. 6º VETADO

Art. 7º Fica autorizado o Poder Público, através da administração direta e indireta, a promover campanhas de conscientização acerca dos danos causados pelas sacolas e sacos plásticos, bem como os ganhos ambientais da utilização do plástico oxi-biodegradável ou biodegradável, por meio de convênios e parcerias com organizações não-governamentais e congêneres sem fins econômicos.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Florianópolis, aos 12 de maio de 2008.

DÁRIO ELIAS BERGERPREFEITO MUNICIPAL

Seminário Marketing 360°


O seminário é um evento realizado pelo site Mundo do Marketing anualmente com o objetivo de promover informação e conhecimento aos profissionais deste mercado. Nesta terceira edição, o Marketing 360º é um grande fórum de discussões que mostra as melhores práticas do mercado e tendências para o setor no Brasil, reunindo os principais profissionais de marketing do mercado.

O site realizou o II Seminário Marketing 360º no Rio de Janeiro, em maio de 2007, com o case da Unimed-Rio, casos de sucessos de diversas grandes empresas nas palestras sobre Construção e Gestão de Marca, Comportamento do novo consumidor, Trade Marketing e Decisão no Ponto de venda e Aquisição, Retenção e Fidelidade de Clientes. O II Marketing 360º teve patrocínio da MarketData, co-patrocínio da PromoOffice e o apoio da Casa da Criação, da ABMN, Abap, da ADVB e da Ampro.

Os palestrantes foram Marcelo Giannubilo, Superintendente de Marketing da Unimed-Rio, Jaime Troiano, Sócio-Diretor da Troiano Consultoria de Marca, Karina Milaré, Diretora da TNS InterScience, Christopher Montenegro, Sócio da POP Marketing e Prof. da FGV e Christiano Ranoya, Diretor de Novos Negócios da MarketData para a América Latina.

O primeiro Marketing 360°, patrocinado pela Rio360 Comunicação e pela Selulloid Ag, realizado em parceria com a UniverCidade e com o apoio da ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, levou para o Rio de Janeiro a oportunidade de profissionais e estudantes da área conhecerem ações e casos de sucesso.

O seminário obteve 98% de aprovação entre os participantes e contou com a participação de Riane Pontarelli, então Incentive House, Cláudio Henrique, então Sellulloid AG, Risoletta Miranda, da Addcomm, Eliana Santa Rita, então Rio360, e Alberto Cerqueira Lima, da Copernicus.

Comportamento do consumidor dita mudanças no varejo

Por Thiago Terra
Mundo do Marketing - 28/5/2008

O comportamento do consumidor é motivo de inúmeras pesquisas, palestras e seminários hoje em dia. O resultado destes estudos mostra a dificuldade que as empresas têm em entender o consumidor quando ele está diante de uma gôndola. Além da mídia tradicional, a moda e a tecnologia são consideradas as novas influências de compra, mas nem sempre serão decisivas para o consumidor.

No mercado varejista os produtos são oferecidos de forma cada vez mais direcionada e eficaz no ponto-de-venda. Neste cenário, é importante que a empresa deste setor ofereça experiência de compra através da interatividade com comprometimento nos serviços e ter no conceito de marca a identidade da empresa.

Muitas vezes, o consumidor que entra na loja já estabeleceu o que ele quer comprar, as marcas que mais gosta e os produtos que cabe ou não em seu bolso. Em palestra sobre a Antropologia do Consumo e o Comportamento do Consumidor, realizada pelo Centro de Desenvolvimento Empresarial do Senac Rio, Simone Terra (foto), consultora especialista em Marketing Estratégico e Varejo do SENAC Rio e Diretora da Simone Terra Soluções de Mercado, apresentou as características, cultura e o comportamento do consumidor no varejo.

Assim como cada região do Brasil e do mundo tem a sua cultura e costumes característicos, no varejo não é diferente. Rio de Janeiro e São Paulo, os principais mercados do país, apresentam diferenças que vão além do PDV. Para entender estes públicos é preciso primeiro saber o que eles gostam e estudar o hábito de compra de cada um.

Decisão de compra

Comprar um produto não é tão simples quanto parece. A decisão é feita com base em motivos pessoais, emoções ou apenas preço. Outra variante que pode determinar a escolha na gôndola é a relação do consumidor com a marca, comportamento cada vez mais comum no varejo do Brasil e do mundo.

De acordo com Simone, o consumidor pode ir ao ponto-de-venda pensando em comprar uma marca de cerveja, mas ao ver o preço mais baixo da concorrente ele poderá comprá-la tranqüilamente, principalmente se o consumidor final seja alguém de fora da família, como convidados para uma festa, por exemplo.

Após um estudo feito pela consultora associada do Senac Rio, ficou claro que alguns clientes que se diziam consumidores de Coca-Cola compravam um produto similar, mais barato, porém respondiam pesquisas como consumidores assíduos do produto. “O comportamento de compra é influenciado por diversos fatores existentes no ponto-de-venda”, explica Simone Terra.

Onde está a globalização?

O comportamento do consumidor surpreende os estudiosos a cada minuto. Um efeito colateral da globalização fez os mercados varejistas se depararem com a procura pela customização e por produtos cada vez mais personalizados. Apesar dos mercados diferentes em cada região do país, a globalização chegou ao consumidor de cabeça para baixo. É comum ver pessoas procurando cada vez mais individualidade nas compras e em produtos segmentados e customizados de acordo com seu perfil.

De uma forma geral, o consumidor passou a valorizar o produto que é seu, de seu estado, de sua cultura e da sua região. Segundo Simone Terra, o consumidor de São Paulo passou a valorizar mais a eficácia e a organização enquanto o carioca valorizou ainda mais a informalidade e a gentileza. “O curioso é que a cultura e a identidade dos povos de cada região do Brasil e do mundo se fortaleceram após surgir um movimento de padronização”, conta a especialista em entrevista ao Mundo do Marketing.

A não-globalização que ocorreu no varejo do mundo inteiro se reflete em um hábito incomum, até então, dos consumidores brasileiros que é buscar o varejo nas ruas e não nos shoppings. Prova disso é o aumento na procura pelos comércios de rua em São Paulo e no Rio de Janeiro por consumidores que pretendem construir o seu vestuário de acordo com o seu gosto.

Mudando o conceito para atrair o públicoUm segmento que apresenta notável mudança de conceito para atender o maior número de necessidades do consumidor é o de farmácia. Diversas redes de drogarias adotaram um mix diversificado de produtos dentro das lojas e hoje vendem até alimentos. No Brasil, segundo Simone Terra, existem dois movimentos muito fortes e um deles é o modelo de drugstore americana.

“Hoje a maioria das bandeiras do segmento farma popular vendem diversos produtos como chinelo, bateria, pilha, entre outros e este é o modelo americano”, afirma Simone Terra. O outro movimento que ganha força no país é o Beauty, ligado à beleza e à valorização da saúde.

Porém, no Brasil já há uma tendência de fusão dos dois movimentos onde farmácias ampliam o mix de produtos e, ao mesmo tempo, desenvolvem a área beauty. “A rede de Drogarias Onofre ampliou o mix de produtos de beleza. Lá eles vendem secador de cabelos, alisador, maquiagem e cosméticos. Redes como Drogasil tem uma parte de beleza e um mix de conveniência”, explica.

Varejo mostra outras faces

Além das farmácias, o mercado de eletroeletrônicos também passou por uma reorganização no conceito que, para Simone Terra, é bem-vinda e tardia. “Com a entrada da Fast Shop neste mercado, vimos o setor oferecer experiência de compra em pontos-de-venda interativos”, diz. Outro setor que percebeu a necessidade de inovar foi o de hipermercados. Após uma mudança na logística, as empresas que têm boa imagem de preço criaram pequenos estabelecimentos projetados para atender uma quantidade reduzida de consumidores com o objetivo de estar mais perto deles.

Além das adaptações no conceito e na estrutura de supermercados para atender de forma mais completa e eficiente, outra novidade do varejo nacional baseada no modelo estrangeiro são os mercados que oferecem marca própria ou produtos que encabeçam a lista dos mais vendidos. “Este formato já existe em São Paulo, que é o Dia%. Finalmente começamos a ter este tipo de loja que permite ao público de baixa renda comprar um iogurte, por exemplo”, completa Simone Terra.