20/06/2008 - Alberto Serrentino, sócio-sênior e diretor da GS&MD
Recentemente foi divulgado um levantamento realizado para a Meio & Mensagem, estimando investimentos em mídia realizados pelos 300 maiores anunciantes no Brasil. Há duas informações interessantes no topo da lista.
A Casas Bahia, que já era o maior anunciante do País, atingiu a marca de R$ 1 bilhão em investimentos em 2007, consolidando sua liderança e atingindo número vultoso e 62% superior ao segundo colocado, a Unilever. A Insinuante, que é considerada a Casas Bahia do Nordeste, aparece em nono lugar, integrando a lista dos maiores anunciantes.
Isso reflete o aumento da força e da escala do varejo nas cadeias de consumo. Varejistas tradicionalmente foram anunciantes voltados para comunicação promocional, de curto prazo e orientada a estimular vendas. A realidade, porém, torna-se mais complexa.
Descobre-se o poder de marcas de lojas bem posicionadas, com atributos diferenciados e grau de confiança e relacionamento com clientes. A possibilidade de expandir marcas próprias, avançar em serviços, diversificar canais e formatos de venda e aumentar o nível de preferência e freqüência torna-se maior à medida que a marca ganha valor.
O reconhecimento da marca como ativo estratégico leva a gestão da marca para o centro do negócio do varejo e o branding torna-se um processo holístico que envolve todos os pontos de contato com os clientes.
Diversos varejistas vêm desenvolvendo linhas de comunicação mais emocional, voltada para a construção de marca e a apropriação de atributos intangíveis. É o caso de Target, H&M, Top Shop, Zaffari e C&A.
De outro lado, descobre-se o ponto de venda como instrumento de comunicação e construção de marca, como revelam as experiências de empresas como Zara, Abercrombie & Fitch, Starbucks, Track&Field, Osklen, Chilli Beans, Le Lis Blanc e, mais recentemente, Riachuelo.
O ponto de venda torna-se veículo de mídia, com a incorporação de equipamentos flexíveis dentro das lojas, como vêm fazendo Wal-Mart e Carrefour no Brasil.
Empresas como Apple, Best Buy e Pão de Açúcar tentam construir linhas de comunicação híbridas, que permitam posicionar marca, valorizar atributos e estimular vendas. A arte de equilibrar esses elementos é tarefa estratégica e deve ser tratada como tal nas organizações de varejo.
sábado, 21 de junho de 2008
Varejo investe em televisão própria
Redes de TV dos grandes varejistas estimulam o consumo nas lojas
Marili Ribeiro - Gouvêa de Souza & MD
Ninguém vai ao supermercado para assistir televisão. Pelo menos em princípio. Mas quando se vê consumidores parados por longos períodos diante de aparelhos em funcionamento na seção de eletroeletrônicos, dá para perceber a motivação que levou as redes varejistas a explorar canais próprios de mídia. O público que circula nas lojas é audiência para mensagens publicitárias e receita extra para as empresas. Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart abraçaram a oportunidade e puseram, nos últimos meses, suas redes internas de TV no ar.
No caso do Carrefour, todas as telas à vista, em qualquer um dos seus 112 hipermercados, já sintonizam a programação da TV Carrefour. Há 1,9 mil telas, fora todos os televisores à venda na seção de eletroeletrônicos. Como ostenta 27 milhões de clientes impactados pelas mensagens veiculadas, segundo os cálculos do diretor de Marketing da empresa, Rodrigo Lacerda, a TV Carrefour em breve terá condições de entrar na disputa pelo segundo lugar de audiência no mercado televisivo, na opinião dele. Por essa lógica, a rede varejista entraria na disputa pela posição com a Rede Record e o SBT.
O fenômeno da chamada “mídia indoor”, que no Brasil começa a decolar com o avanço da tecnologia digital e o uso das telas LCD, já apresenta números robustos no exterior. A TV Wal-Mart existe há dez anos nos EUA e atinge mensalmente quase 80 milhões de compradores em suas lojas, o que faz com que seja considerada a quarta maior audiência entre os americanos, perdendo apenas para as grandes redes comerciais como NBC ou CBS. Em termos de receita, a consultoria PQMedia estima que, no mercado americano, o segmento de televisão dentro de supermercados movimentou US$ 330 milhões no ano passado, o que representa 43% a mais que no ano anterior.
O Brasil ainda engatinha, mas tem potencial, como reconhece até quem pode ser afetado pela concorrência na disputa pelas verbas publicitárias dos anunciantes, já que a mídia no ponto-de-venda passa a ser mais uma plataforma. O diretor-geral da TV Globo, Octávio Florisbal, reconhece que a mídia indoor vem crescendo em importância no mundo e também nas organizações Globo. “Esse filão deve ser explorado pela Globosat, que cuida dos interesses de comercialização dos canais pagos”, explica ele.
A Globosat já fornece conteúdo para a parceira Cereja PRN, que, por sua vez, é a provedora dos serviços de transmissão e também de venda de anúncios não só para a televisão do Carrefour, mas também para a do Grupo Pão de Açúcar. A TV Wal-Mart no Brasil, embora trabalhe nos Estados Unidos com a PRN, escolheu outro fornecedor e fechou contrato com a SubWay Link e a Band News, que vão operar os cinco mil aparelhos de televisão nas 119 lojas da rede. “Eles exigiram exclusividade e nós tínhamos outros acertos”, explica Flávia Sampaio, diretora de Operação da Cereja PRN no País.
O emaranhado de fornecedores que surgiu nesse negócio dá a dimensão que esse espaço de caça à atenção do consumidor está assumindo. O diretor do Carrefour conta que, desde que começou a testar a idéia, recebeu 22 propostas de diferentes empresas nacionais e estrangeiras. A própria Cereja PRN no Brasil é produto da sociedade entre o grupo americano de tecnologia digital Thomson e um grupo de investidores nacionais, entre os quais estão os publicitários Nizan Guanaes e Celso Loducca e o consultor de varejo Marcos Gouvêa de Souza.
Analistas que acompanham a evolução desse mercado acreditam que, no futuro, haverá consolidação dos negócios em torno das grandes redes de televisão. No México, por exemplo, onde a rede Wal-Mart detém mais de 50% do mercado supermercadista, a Televisa, que é a líder em televisão aberta no país, responde por todo o conteúdo disponibilizado para o Wal-Mart.
“O sonho dourado de todo anunciante é poder verificar o retorno sobre o investimento feito em publicidade”, diz Lacerda, do Carrefour. “A televisão no ponto-de-venda oferece essa possibilidade.” Anunciantes como Johnson & Johnson, Unilever, Nestlé e até o Banco do Brasil já aderiram.
“A fonte de receita das verbas publicitárias pode ser significativa no futuro, se esse negócio crescer como esperamos”, admite José Eduardo Cabral, vice-presidente comercial do Wal-Mart no Brasil. “O anúncio na rede interna de televisão também pode ser até mais eficiente do que o espaço ocupado na gôndola, na hora do estímulo à compra”, explica Arnold Correia, diretor da SubWay Link.
Novos formatos, com comerciais mais curtos, com sete ou quinze segundos, em contraposição aos filmes de 30 segundos que dominam a televisão no Brasil, são outro facilitador em termos de custos para o anunciante. Para o consumidor, a vantagem será o acesso a entretenimento, dicas e serviços durante as compras. Ou, como disse um deles, haverá distração extra na fila do caixa em dia de supermercado lotado.
Marili Ribeiro - Gouvêa de Souza & MD
Ninguém vai ao supermercado para assistir televisão. Pelo menos em princípio. Mas quando se vê consumidores parados por longos períodos diante de aparelhos em funcionamento na seção de eletroeletrônicos, dá para perceber a motivação que levou as redes varejistas a explorar canais próprios de mídia. O público que circula nas lojas é audiência para mensagens publicitárias e receita extra para as empresas. Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart abraçaram a oportunidade e puseram, nos últimos meses, suas redes internas de TV no ar.
No caso do Carrefour, todas as telas à vista, em qualquer um dos seus 112 hipermercados, já sintonizam a programação da TV Carrefour. Há 1,9 mil telas, fora todos os televisores à venda na seção de eletroeletrônicos. Como ostenta 27 milhões de clientes impactados pelas mensagens veiculadas, segundo os cálculos do diretor de Marketing da empresa, Rodrigo Lacerda, a TV Carrefour em breve terá condições de entrar na disputa pelo segundo lugar de audiência no mercado televisivo, na opinião dele. Por essa lógica, a rede varejista entraria na disputa pela posição com a Rede Record e o SBT.
O fenômeno da chamada “mídia indoor”, que no Brasil começa a decolar com o avanço da tecnologia digital e o uso das telas LCD, já apresenta números robustos no exterior. A TV Wal-Mart existe há dez anos nos EUA e atinge mensalmente quase 80 milhões de compradores em suas lojas, o que faz com que seja considerada a quarta maior audiência entre os americanos, perdendo apenas para as grandes redes comerciais como NBC ou CBS. Em termos de receita, a consultoria PQMedia estima que, no mercado americano, o segmento de televisão dentro de supermercados movimentou US$ 330 milhões no ano passado, o que representa 43% a mais que no ano anterior.
O Brasil ainda engatinha, mas tem potencial, como reconhece até quem pode ser afetado pela concorrência na disputa pelas verbas publicitárias dos anunciantes, já que a mídia no ponto-de-venda passa a ser mais uma plataforma. O diretor-geral da TV Globo, Octávio Florisbal, reconhece que a mídia indoor vem crescendo em importância no mundo e também nas organizações Globo. “Esse filão deve ser explorado pela Globosat, que cuida dos interesses de comercialização dos canais pagos”, explica ele.
A Globosat já fornece conteúdo para a parceira Cereja PRN, que, por sua vez, é a provedora dos serviços de transmissão e também de venda de anúncios não só para a televisão do Carrefour, mas também para a do Grupo Pão de Açúcar. A TV Wal-Mart no Brasil, embora trabalhe nos Estados Unidos com a PRN, escolheu outro fornecedor e fechou contrato com a SubWay Link e a Band News, que vão operar os cinco mil aparelhos de televisão nas 119 lojas da rede. “Eles exigiram exclusividade e nós tínhamos outros acertos”, explica Flávia Sampaio, diretora de Operação da Cereja PRN no País.
O emaranhado de fornecedores que surgiu nesse negócio dá a dimensão que esse espaço de caça à atenção do consumidor está assumindo. O diretor do Carrefour conta que, desde que começou a testar a idéia, recebeu 22 propostas de diferentes empresas nacionais e estrangeiras. A própria Cereja PRN no Brasil é produto da sociedade entre o grupo americano de tecnologia digital Thomson e um grupo de investidores nacionais, entre os quais estão os publicitários Nizan Guanaes e Celso Loducca e o consultor de varejo Marcos Gouvêa de Souza.
Analistas que acompanham a evolução desse mercado acreditam que, no futuro, haverá consolidação dos negócios em torno das grandes redes de televisão. No México, por exemplo, onde a rede Wal-Mart detém mais de 50% do mercado supermercadista, a Televisa, que é a líder em televisão aberta no país, responde por todo o conteúdo disponibilizado para o Wal-Mart.
“O sonho dourado de todo anunciante é poder verificar o retorno sobre o investimento feito em publicidade”, diz Lacerda, do Carrefour. “A televisão no ponto-de-venda oferece essa possibilidade.” Anunciantes como Johnson & Johnson, Unilever, Nestlé e até o Banco do Brasil já aderiram.
“A fonte de receita das verbas publicitárias pode ser significativa no futuro, se esse negócio crescer como esperamos”, admite José Eduardo Cabral, vice-presidente comercial do Wal-Mart no Brasil. “O anúncio na rede interna de televisão também pode ser até mais eficiente do que o espaço ocupado na gôndola, na hora do estímulo à compra”, explica Arnold Correia, diretor da SubWay Link.
Novos formatos, com comerciais mais curtos, com sete ou quinze segundos, em contraposição aos filmes de 30 segundos que dominam a televisão no Brasil, são outro facilitador em termos de custos para o anunciante. Para o consumidor, a vantagem será o acesso a entretenimento, dicas e serviços durante as compras. Ou, como disse um deles, haverá distração extra na fila do caixa em dia de supermercado lotado.
Casas Bahia registra participação ativa de consumidores
Campanha para o Dia dos Namorados gerou mais de 500 mil visitas ao site da rede em duas semanas
19/06/2008 - Meio & Mensagem
Depois de apostar na campanha para o Dia das Mães com vídeos gerados pelas próprias consumidoras, a Casas Bahia continuou apostando na internet como estratégia de divulgação e desenvolveu uma ação para o Dia dos Namorados.
A campanha, que incentivava os internautas a deixarem suas declarações de amor aos parceiros no site da rede de varejo, contabilizou em duas semanas cerca de 500 mil visitantes e mais de 77 mil mensagens.
Desse total, 25.111 declarações foram postadas no mural de declarações, 26.374 foram enviadas por mensagens de texto através dos celulares (SMS), 19.265 mensagens de voz foram gravadas e mais de 6 mil cartões animados enviados.
Já no portal MSN - que foi parceiro da empresa na ação - foram contabilizados quase cinco milhões de acessos em tempo real. No dia 12 de junho, o vídeo elaborado para a campanha foi visto por 5,1 milhões de usuários.
19/06/2008 - Meio & Mensagem
Depois de apostar na campanha para o Dia das Mães com vídeos gerados pelas próprias consumidoras, a Casas Bahia continuou apostando na internet como estratégia de divulgação e desenvolveu uma ação para o Dia dos Namorados.
A campanha, que incentivava os internautas a deixarem suas declarações de amor aos parceiros no site da rede de varejo, contabilizou em duas semanas cerca de 500 mil visitantes e mais de 77 mil mensagens.
Desse total, 25.111 declarações foram postadas no mural de declarações, 26.374 foram enviadas por mensagens de texto através dos celulares (SMS), 19.265 mensagens de voz foram gravadas e mais de 6 mil cartões animados enviados.
Já no portal MSN - que foi parceiro da empresa na ação - foram contabilizados quase cinco milhões de acessos em tempo real. No dia 12 de junho, o vídeo elaborado para a campanha foi visto por 5,1 milhões de usuários.
Presidente da InBev acalma mercado americano
20/06/2008 - Meio & Mensagem
Em video divulgado hoje, Carlos Brito falou sobre o compromisso com as marcas e funcionários da Budweiser. Declarações da família Busch e fim de negociações com a Modelo demonstram que o acordo está cada vez mais próximo
O CEO da InBev Carlos Brito gravou um vídeo que foi divulgado hoje, 20, para empregados, revendedores, imprensa e demais interessados, como a comunidade de Saint Louis, casa da Budweiser, que está apreensiva com a possibilidade de cortes de empregos.Basicamente, ele centrou seu discurso em questões culturais, apresentando a empresa e sua gente, e mostrando como são as políticas de relacionamento com atacadistas e o compromisso com a cidade de Saint Louis.
Dentre as declarações, ele diz que a marca Budweiser continuará apoiando eventos como o SuperBowl, Nascar, a liga de futebol norte-americano (NFL) e a liga de hóquei (NHL), porque 'ninguém pode em sã consciência mudar isso'.
Ele também respondeu positivamente às reclamações dos atacadistas de que a InBev - conhecida por seu budget exigente, não se sentiria confortável com a política de liberdade de gastos da Anheuser-Busch para apoiar as suas marcas num mercado norte-americano de pouco crescimento.
O acordo parece estar caminhando para uma definição. Segundo o AdAge, Adolphus Busch IV, tio do CEO August Busch IV, disse hoje que as chances de o negócio sair é um pouco maior do que 50%. Partindo de uma família que, à princípio, se posicionou radicalmente contra, trata-se de um claro sinal de que a InBev está bem próxima de ser a dona da Anheuser-Busch.
Além disso, o CEO do Grupo Modelo Carlos Fernandez disse que está deixando o conselho de diretores da A-B, empresa que detém 50% da mexicana. Havia a possibilidade de a A-B comprar uma parte maior da Modelo, mas a empresa já divulgou um comunicado dizendo que pretende permanecer 'orgulhosamente mexicana'. O acordo era visto como uma maneira de rechaçar a proposta da InBev.
Em video divulgado hoje, Carlos Brito falou sobre o compromisso com as marcas e funcionários da Budweiser. Declarações da família Busch e fim de negociações com a Modelo demonstram que o acordo está cada vez mais próximo
O CEO da InBev Carlos Brito gravou um vídeo que foi divulgado hoje, 20, para empregados, revendedores, imprensa e demais interessados, como a comunidade de Saint Louis, casa da Budweiser, que está apreensiva com a possibilidade de cortes de empregos.Basicamente, ele centrou seu discurso em questões culturais, apresentando a empresa e sua gente, e mostrando como são as políticas de relacionamento com atacadistas e o compromisso com a cidade de Saint Louis.
Dentre as declarações, ele diz que a marca Budweiser continuará apoiando eventos como o SuperBowl, Nascar, a liga de futebol norte-americano (NFL) e a liga de hóquei (NHL), porque 'ninguém pode em sã consciência mudar isso'.
Ele também respondeu positivamente às reclamações dos atacadistas de que a InBev - conhecida por seu budget exigente, não se sentiria confortável com a política de liberdade de gastos da Anheuser-Busch para apoiar as suas marcas num mercado norte-americano de pouco crescimento.
O acordo parece estar caminhando para uma definição. Segundo o AdAge, Adolphus Busch IV, tio do CEO August Busch IV, disse hoje que as chances de o negócio sair é um pouco maior do que 50%. Partindo de uma família que, à princípio, se posicionou radicalmente contra, trata-se de um claro sinal de que a InBev está bem próxima de ser a dona da Anheuser-Busch.
Além disso, o CEO do Grupo Modelo Carlos Fernandez disse que está deixando o conselho de diretores da A-B, empresa que detém 50% da mexicana. Havia a possibilidade de a A-B comprar uma parte maior da Modelo, mas a empresa já divulgou um comunicado dizendo que pretende permanecer 'orgulhosamente mexicana'. O acordo era visto como uma maneira de rechaçar a proposta da InBev.
Varejo nacional e estrangeiro sai em busca de franqueados
18/6/2008 - Valor Econômico
Varejistas e empresas de serviços - nacionais e estrangeiras - saem em busca de franqueados pelo Brasil afora. A expansão da indústria de shoppings para regiões distantes do eixo Sul-Sudeste e a vinda de cadeias internacionais para o Brasil, que transformou-se em um novo "eldorado" para as multinacionais após a desaceleração do consumo nos EUA e Europa, criaram uma demanda adicional por operadores dispostos a colocar a "barriga no balcão".
Participarão da feira da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que se realiza na semana que vem em São Paulo, 18 delegações estrangeiras. E o cardápio de empresas que estão procurando oportunidades no país é o mais variado possível. A lista inclui desde grandes cadeias, como a rede americana de fast-food Wendy's, até uma empresa espanhola especializada em arte funerária em pedra.
Não só as empresas estrangeiras que querem vir ao país. As redes nacionais também passaram a cortejar franqueados para se estabelecer nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os grandes grupos, como Multiplan, Br Malls, Ancar e Sonae Sierra, estão construindo shoppings ou compraram os empreendimentos existentes.
Algumas redes têm metas ambiciosas. A marca de moda feminina Enjoy, do Rio, possui 33lojas e quer chegar a 60 em 2010. Outra rede carioca, a Aviator, de vestuário masculino, prevê aumentar seu parque dos atuais 17 para 40 pontos-de-venda em cinco anos.
O desenvolvimento de novas varejistas é crucial para os shoppings, sobretudo porque o modelo de ancoragem em megalojas começa a ser colocado em xeque. Segundo Marcos Gouvêa de Souza, consultor especializado em varejo, há uma forte tendência de migração da demanda, antes dirigida aos produtos, para os serviços, o que irá mudar a "cara" dos shopping centers.
Segundo Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, o número de redes que ingressaram no sistema de franquia saltou de 971 em 2005, para 1,013 mil em 2006 e 1,197 mil em 2007. Espera-se que este volume se estabilize daqui para frente. O maior problema continua sendo o acesso ao crédito pelos franqueados, situação que pode agravar-se com a alta da inflação e dos juros. "O setor está em compasso de espera para saber qual será a dose aplicada pelo governo do remédio para combater a inflação", disse Camargo. Espera-se que essa dose seja moderada. Hoje, afirma Camargo, os franqueados só contam com linhas de crédito de bancos estatais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste. As taxas variam de 6,5% a 8% ao ano, mas chegam a 5,5% no Banco do Nordeste.
Para driblar obstáculos, como um eventual mal-estar entre as indústrias e os seus clientes varejistas, estão surgindo novas formas de franquia. A MBr, que já é a maior revendedora de calçados da marca Melissa no Rio, acaba de lançar uma nova franquia, chamada Jelly, com a "benção" da Grendene, a dona da marca. A idéia é expandir a franquia, cujo carro-chefe será a linha Melissa, para todos os Estados do país. A Grendene, embora seja parceira do projeto, não terá vínculo direto com os franqueados, explica Ronaldo Viana, sócio da MBr e da Jelly. Desta forma, dizem fontes do setor, a Grendene amplia seu canal de venda, mas não cria atritos com as lojas que já vendem seus produtos.
A cadeia americana de fast-food Wendy's chegou a colocar anúncios em jornais à procura de um só investidor com capital de R$ 10 milhões para estabelecer a empresa nos três Estados do Sul. "Recebemos muitas propostas", afirmou, ao Valor, Jorge Wesley, executivo contratado pela Wendy's para desenvolver novos mercados na América Latina. O processo de seleção e as negociações podem demorar de seis a nove meses. A expectativa da rede, que nunca esteve no Brasil, é abrir 45 lojas "em seis ou sete anos", disse Wesley. "A Wendy's traçou como estratégia expandir-se internacionalmente", explicou o executivo.
Varejistas e empresas de serviços - nacionais e estrangeiras - saem em busca de franqueados pelo Brasil afora. A expansão da indústria de shoppings para regiões distantes do eixo Sul-Sudeste e a vinda de cadeias internacionais para o Brasil, que transformou-se em um novo "eldorado" para as multinacionais após a desaceleração do consumo nos EUA e Europa, criaram uma demanda adicional por operadores dispostos a colocar a "barriga no balcão".
Participarão da feira da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que se realiza na semana que vem em São Paulo, 18 delegações estrangeiras. E o cardápio de empresas que estão procurando oportunidades no país é o mais variado possível. A lista inclui desde grandes cadeias, como a rede americana de fast-food Wendy's, até uma empresa espanhola especializada em arte funerária em pedra.
Não só as empresas estrangeiras que querem vir ao país. As redes nacionais também passaram a cortejar franqueados para se estabelecer nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os grandes grupos, como Multiplan, Br Malls, Ancar e Sonae Sierra, estão construindo shoppings ou compraram os empreendimentos existentes.
Algumas redes têm metas ambiciosas. A marca de moda feminina Enjoy, do Rio, possui 33lojas e quer chegar a 60 em 2010. Outra rede carioca, a Aviator, de vestuário masculino, prevê aumentar seu parque dos atuais 17 para 40 pontos-de-venda em cinco anos.
O desenvolvimento de novas varejistas é crucial para os shoppings, sobretudo porque o modelo de ancoragem em megalojas começa a ser colocado em xeque. Segundo Marcos Gouvêa de Souza, consultor especializado em varejo, há uma forte tendência de migração da demanda, antes dirigida aos produtos, para os serviços, o que irá mudar a "cara" dos shopping centers.
Segundo Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, o número de redes que ingressaram no sistema de franquia saltou de 971 em 2005, para 1,013 mil em 2006 e 1,197 mil em 2007. Espera-se que este volume se estabilize daqui para frente. O maior problema continua sendo o acesso ao crédito pelos franqueados, situação que pode agravar-se com a alta da inflação e dos juros. "O setor está em compasso de espera para saber qual será a dose aplicada pelo governo do remédio para combater a inflação", disse Camargo. Espera-se que essa dose seja moderada. Hoje, afirma Camargo, os franqueados só contam com linhas de crédito de bancos estatais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste. As taxas variam de 6,5% a 8% ao ano, mas chegam a 5,5% no Banco do Nordeste.
Para driblar obstáculos, como um eventual mal-estar entre as indústrias e os seus clientes varejistas, estão surgindo novas formas de franquia. A MBr, que já é a maior revendedora de calçados da marca Melissa no Rio, acaba de lançar uma nova franquia, chamada Jelly, com a "benção" da Grendene, a dona da marca. A idéia é expandir a franquia, cujo carro-chefe será a linha Melissa, para todos os Estados do país. A Grendene, embora seja parceira do projeto, não terá vínculo direto com os franqueados, explica Ronaldo Viana, sócio da MBr e da Jelly. Desta forma, dizem fontes do setor, a Grendene amplia seu canal de venda, mas não cria atritos com as lojas que já vendem seus produtos.
A cadeia americana de fast-food Wendy's chegou a colocar anúncios em jornais à procura de um só investidor com capital de R$ 10 milhões para estabelecer a empresa nos três Estados do Sul. "Recebemos muitas propostas", afirmou, ao Valor, Jorge Wesley, executivo contratado pela Wendy's para desenvolver novos mercados na América Latina. O processo de seleção e as negociações podem demorar de seis a nove meses. A expectativa da rede, que nunca esteve no Brasil, é abrir 45 lojas "em seis ou sete anos", disse Wesley. "A Wendy's traçou como estratégia expandir-se internacionalmente", explicou o executivo.
Universidade abre as portas às marcas e cria até shopping center
17/06/2008 - Valor Econômico
Quinta-feira, 22 horas. Nas proximidades do metrô Barra Funda, zona oeste de São Paulo, concentra-se um verdadeiro mercado livre às portas da Uninove, uma das maiores universidades particulares do país em número de alunos. Do lado de fora do campus, DVD, chocolate, batata frita, lingerie, cachecol e relógio Chanel falso, entre outras ofertas, disputam a atenção dos estudantes a caminho da estação. Vários bares estão no trajeto, mas o principal ponto de parada é o Castelinho Beer, bem em frente à entrada da Uninove, onde a promoção de quatro garrafas de cerveja a R$ 15 vem funcionando. "Chego a vender 70 caixas por noite às quintas e às sextas", diz a gerente do Castelinho, Janete Yoko, que também oferece música eletrônica vários decibéis acima do permitido para o horário.
Com exceção da bebida alcoólica e do relógio pirata, as universidades brasileiras estão dispostas a levar esse ambiente de consumo e confraternização para dentro do campus.
A Estácio de Sá, a segunda maior do país, acaba de contratar a administradora de shopping centers In Mont para criar e coordenar minicentros comerciais em todas as suas 63 unidades no país.
Segundo a Estácio, os alunos pediram "serviços de qualidade" próximos à sala de aula. Outras grandes universidades, como a gaúcha Ulbra e o renomado Mackenzie, de São Paulo, permitem ações de marketing nos seus domínios desde que acompanhadas de vantagens explícitas para os alunos: notebooks com 40% de desconto e dez meses para pagar; financiamento de 50% das mensalidades para depois da formatura; patrocínio ao time da faculdade e até para produções de cinema estudantis.
Algumas das iniciativas são pagas, outras fruto de permuta. "Mais do que obter uma fonte alternativa de receita, o que as universidades particulares querem é levar benefícios ao estudante para que ele se encarregue da propaganda boca a boca, capaz de garantir à instituição um reconhecimento público que apenas anos de tradição poderiam conferir", afirma o consultor Ryon Braga, presidente da Hoper, uma das poucas consultorias especializadas no negócio de educação no país. Esse ganho de popularidade é importante mesmo entre aquelas que já são reconhecidas, uma vez que a disputa pelos alunos se acirra a cada semestre letivo.
Entre 2004 e 2007, o número de instituições de ensino superior privado cresceu 27%, para 2.237 empresas. Estas faturaram juntas R$ 20 bilhões no ano passado - 38% a mais do que em 2004. Mas o total de estudantes atendidos nesse mesmo período subiu em menor proporção: 23%, para 3,7 milhões.
"É importante 'fidelizar' os alunos não só para que eles indiquem a instituição, como para fazê-los voltar a estudar lá depois de formados, em busca de uma pós", diz Braga, ressaltando que essa postura reflete a gestão profissional que passou a vigorar nas universidades nos últimos anos. Algumas delas, inclusive, abriram capital na bolsa, como a Estácio e a Anhanguera, e vêm usando os recursos para acelerar o crescimento via aquisições.
Mauro Lissoni, sócio da Mundo Universitário, agência especializada no público em busca do diploma, lembra que número de alunos matriculados é moeda forte nesse novo cenário. "Os investidores, estrangeiros ou não, avaliam a rentabilidade por aluno, a quantidade de matrículas, a estrutura do local e a tradição, nessa ordem", diz Lissoni, cuja agência também atua na intermediação entre universidades e potenciais investidores.
Ainda que o principal objetivo das promoções e vendas nos campi não seja financeiro, a receita com essas parcerias deve aumentar. "Hoje menos de 1% do faturamento total das universidades vem dessas ações, mas a tendência é que as receitas alternativas cresçam como nos Estados Unidos, onde significam entre 5% e 7% do faturamento das universidades", diz Braga. O consultor aponta como novidade a venda de espaço publicitário em alguns campi, com inserções em banheiros, mobiliário urbano e até em TVs de plasma.
O preço de uma ação promocional por três dias na universidade pode chegar a R$ 15 mil - uma pechincha para o anunciante, sabendo-se que uma cifra como essa significa apenas 5% do que se costuma pagar por uma única inserção de 30 segundos em horário nobre da TV (cuja audiência, apesar de maior, é dispersa). Mas algumas ações nem precisam ser pagas: basta oferecer um benefício tangível aos alunos - como os 200 mil CDs de instalação do sistema Windows Vista, da Microsoft, com programa de navegação, distribuídos neste ano pela Oi na Estácio.
"O que vai manter o aluno é a qualidade do ensino, mas se você pode agregar valor a isso, inclusive com ganhos para a área acadêmica, melhor ainda", diz Marcelo Campos, diretor de relações institucionais da Estácio. Um exemplo de parceria na área acadêmica está no patrocínio do Unibanco às produções dos alunos do curso de cinema. "Este ano lançamos o DVD 'A alma de uma orquestra', um documentário sobre a Rio Jazz Orchestra produzido por alunos e professores da Estácio e bancado pela Unibanco AIG", diz Campos.
Na maioria das universidades, as instituições financeiras são as grandes parceiras. Elas respondem por contratos de alguns milhões de reais ao ano, uma vez que costumam responder pela emissão de boletos aos alunos e pela folha de pagamento. Em troca, têm o direito de fazer ações promocionais nos campi, com exclusividade. No caso do Unibanco com a Estácio, o banco se oferece para financiar metade da mensalidade do aluno durante o curso. "O estudante só paga a metade e, quando se formar, começa a pagar a outra metade para o banco", explica Campos.
Na Ulbra, o aluno também tem a opção de pagar a mensalidade com o cartão de crédito Credicard Citi. "Nós cobramos caro para que as ações não se vulgarizem", diz o assessor de marketing da Ulbra, Sérgio Freitas, sem revelar quanto. Os recursos, segundo ele, são destinados ao Esporte Clube Ulbra, que tem a AmBev entre os patrocinadores. A marca da fabricante de bebidas não aparece na camisa dos atletas. Em compensação, a AmBev é a fornecedora exclusiva dos oito campi da Ulbra no Rio Grande do Sul, atingindo 45 mil estudantes.
Não é qualquer ação - nem anunciante - que tem portas abertas. "Bebida alcoólica e cigarro são proibidos", diz Vladimir Cruz, analista de marketing do MacKenzie, que conseguiu com a Semp Toshiba desconto de 40% nos notebooks. Mas alguns serviços não passam. "Já tive proposta de salão de beleza, mas isso desviaria demais a atenção dos alunos", diz Cruz, que recebe pelo menos duas propostas ao dia de anunciantes.
Quinta-feira, 22 horas. Nas proximidades do metrô Barra Funda, zona oeste de São Paulo, concentra-se um verdadeiro mercado livre às portas da Uninove, uma das maiores universidades particulares do país em número de alunos. Do lado de fora do campus, DVD, chocolate, batata frita, lingerie, cachecol e relógio Chanel falso, entre outras ofertas, disputam a atenção dos estudantes a caminho da estação. Vários bares estão no trajeto, mas o principal ponto de parada é o Castelinho Beer, bem em frente à entrada da Uninove, onde a promoção de quatro garrafas de cerveja a R$ 15 vem funcionando. "Chego a vender 70 caixas por noite às quintas e às sextas", diz a gerente do Castelinho, Janete Yoko, que também oferece música eletrônica vários decibéis acima do permitido para o horário.
Com exceção da bebida alcoólica e do relógio pirata, as universidades brasileiras estão dispostas a levar esse ambiente de consumo e confraternização para dentro do campus.
A Estácio de Sá, a segunda maior do país, acaba de contratar a administradora de shopping centers In Mont para criar e coordenar minicentros comerciais em todas as suas 63 unidades no país.
Segundo a Estácio, os alunos pediram "serviços de qualidade" próximos à sala de aula. Outras grandes universidades, como a gaúcha Ulbra e o renomado Mackenzie, de São Paulo, permitem ações de marketing nos seus domínios desde que acompanhadas de vantagens explícitas para os alunos: notebooks com 40% de desconto e dez meses para pagar; financiamento de 50% das mensalidades para depois da formatura; patrocínio ao time da faculdade e até para produções de cinema estudantis.
Algumas das iniciativas são pagas, outras fruto de permuta. "Mais do que obter uma fonte alternativa de receita, o que as universidades particulares querem é levar benefícios ao estudante para que ele se encarregue da propaganda boca a boca, capaz de garantir à instituição um reconhecimento público que apenas anos de tradição poderiam conferir", afirma o consultor Ryon Braga, presidente da Hoper, uma das poucas consultorias especializadas no negócio de educação no país. Esse ganho de popularidade é importante mesmo entre aquelas que já são reconhecidas, uma vez que a disputa pelos alunos se acirra a cada semestre letivo.
Entre 2004 e 2007, o número de instituições de ensino superior privado cresceu 27%, para 2.237 empresas. Estas faturaram juntas R$ 20 bilhões no ano passado - 38% a mais do que em 2004. Mas o total de estudantes atendidos nesse mesmo período subiu em menor proporção: 23%, para 3,7 milhões.
"É importante 'fidelizar' os alunos não só para que eles indiquem a instituição, como para fazê-los voltar a estudar lá depois de formados, em busca de uma pós", diz Braga, ressaltando que essa postura reflete a gestão profissional que passou a vigorar nas universidades nos últimos anos. Algumas delas, inclusive, abriram capital na bolsa, como a Estácio e a Anhanguera, e vêm usando os recursos para acelerar o crescimento via aquisições.
Mauro Lissoni, sócio da Mundo Universitário, agência especializada no público em busca do diploma, lembra que número de alunos matriculados é moeda forte nesse novo cenário. "Os investidores, estrangeiros ou não, avaliam a rentabilidade por aluno, a quantidade de matrículas, a estrutura do local e a tradição, nessa ordem", diz Lissoni, cuja agência também atua na intermediação entre universidades e potenciais investidores.
Ainda que o principal objetivo das promoções e vendas nos campi não seja financeiro, a receita com essas parcerias deve aumentar. "Hoje menos de 1% do faturamento total das universidades vem dessas ações, mas a tendência é que as receitas alternativas cresçam como nos Estados Unidos, onde significam entre 5% e 7% do faturamento das universidades", diz Braga. O consultor aponta como novidade a venda de espaço publicitário em alguns campi, com inserções em banheiros, mobiliário urbano e até em TVs de plasma.
O preço de uma ação promocional por três dias na universidade pode chegar a R$ 15 mil - uma pechincha para o anunciante, sabendo-se que uma cifra como essa significa apenas 5% do que se costuma pagar por uma única inserção de 30 segundos em horário nobre da TV (cuja audiência, apesar de maior, é dispersa). Mas algumas ações nem precisam ser pagas: basta oferecer um benefício tangível aos alunos - como os 200 mil CDs de instalação do sistema Windows Vista, da Microsoft, com programa de navegação, distribuídos neste ano pela Oi na Estácio.
"O que vai manter o aluno é a qualidade do ensino, mas se você pode agregar valor a isso, inclusive com ganhos para a área acadêmica, melhor ainda", diz Marcelo Campos, diretor de relações institucionais da Estácio. Um exemplo de parceria na área acadêmica está no patrocínio do Unibanco às produções dos alunos do curso de cinema. "Este ano lançamos o DVD 'A alma de uma orquestra', um documentário sobre a Rio Jazz Orchestra produzido por alunos e professores da Estácio e bancado pela Unibanco AIG", diz Campos.
Na maioria das universidades, as instituições financeiras são as grandes parceiras. Elas respondem por contratos de alguns milhões de reais ao ano, uma vez que costumam responder pela emissão de boletos aos alunos e pela folha de pagamento. Em troca, têm o direito de fazer ações promocionais nos campi, com exclusividade. No caso do Unibanco com a Estácio, o banco se oferece para financiar metade da mensalidade do aluno durante o curso. "O estudante só paga a metade e, quando se formar, começa a pagar a outra metade para o banco", explica Campos.
Na Ulbra, o aluno também tem a opção de pagar a mensalidade com o cartão de crédito Credicard Citi. "Nós cobramos caro para que as ações não se vulgarizem", diz o assessor de marketing da Ulbra, Sérgio Freitas, sem revelar quanto. Os recursos, segundo ele, são destinados ao Esporte Clube Ulbra, que tem a AmBev entre os patrocinadores. A marca da fabricante de bebidas não aparece na camisa dos atletas. Em compensação, a AmBev é a fornecedora exclusiva dos oito campi da Ulbra no Rio Grande do Sul, atingindo 45 mil estudantes.
Não é qualquer ação - nem anunciante - que tem portas abertas. "Bebida alcoólica e cigarro são proibidos", diz Vladimir Cruz, analista de marketing do MacKenzie, que conseguiu com a Semp Toshiba desconto de 40% nos notebooks. Mas alguns serviços não passam. "Já tive proposta de salão de beleza, mas isso desviaria demais a atenção dos alunos", diz Cruz, que recebe pelo menos duas propostas ao dia de anunciantes.
Burguer King chega ao Rio com meta de abri 30 lojas em cinco anos no estado
19/6/2008 - O Globo Online
A rede de lanchonetes americana Burguer King abre, na próxima terça-feira, sua primeira loja no Rio, no BarraShopping, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. De acordo com o franqueado da marca para o Rio, Emílio Westermann, sócio da W2 DMA, empresa responsável pela expansão no estado, á previsão é de abertura de 30 lojas em um prazo de até cinco anos, com investimentos de R$ 20 milhões.
Os shoppings serão inicialmente o alvo para a abertura de filiais no Rio , principalmente nas zonas Sul e Oeste. Mas bairros do subúrbio da cidade e também o Grande Rio fazem parte dos planos. Há também estudos para abertura de uma loja de rua, cujo bairro não foi divulgado.
A W2 DMA é formada por grupos de empresários de diferentes setores que abriram a empresa para cumprir as exigências da rede, que determina que o franqueado seja responsável por todas as lojas. Não há regime de franquias para terceiros.
O primeiro restaurante da rede no Rio gerou 75 empregos diretos e o número de postos de trabalho chegará a 2.300 em cinco anos, afirmou Westermann. As comunidades do Rio têm sido procuradas para a seleção de pessoal mas os interessados também poderão se inscrever para processo seletivo por meio do site da companhia.
A primeira loja da rede americana no Brasil foi aberta em novembro de 2004 e, de acordo com Afonso Braga, gerente de marketind de Burguer King no Brasil, a entrada da rede nesse período aconteceu pela avaliação dos proprietários da marca de que o país estava em uma melhor situação econômica. Atualmente há 48 lojas da marca no país.
De acordo com Armando Jacomino, presidente da rede para a América Latina, hoje o país está coberto por oito grupos franqueados que trabalham para o desenvolvimento da marca. Brasil e China são considerados pela rede os principais mercados para crescimento, acrescentou Jacomino.
O Brasil é considerado um dos países com um dos mais altos níveis de faturamento da rede e é o terceiro mercado da América Latina. A rede aposta na elaboração dos sanduíches que são grelhados, para agradar os clientes cariocas e enfrentar os principais concorrentes Mac Donald´s e Bob´s. O sanduíche considerado o carro-chefe da marca, o Wooper, acompanhado de batata frita média e refrigerante médio terá o preço de R$ 12,50.
A marca Burguer King tem 50 anos e foi fundada em Miami. Hoje, está presente em 70 países, com 11.400 lojas.
A rede de lanchonetes americana Burguer King abre, na próxima terça-feira, sua primeira loja no Rio, no BarraShopping, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. De acordo com o franqueado da marca para o Rio, Emílio Westermann, sócio da W2 DMA, empresa responsável pela expansão no estado, á previsão é de abertura de 30 lojas em um prazo de até cinco anos, com investimentos de R$ 20 milhões.
Os shoppings serão inicialmente o alvo para a abertura de filiais no Rio , principalmente nas zonas Sul e Oeste. Mas bairros do subúrbio da cidade e também o Grande Rio fazem parte dos planos. Há também estudos para abertura de uma loja de rua, cujo bairro não foi divulgado.
A W2 DMA é formada por grupos de empresários de diferentes setores que abriram a empresa para cumprir as exigências da rede, que determina que o franqueado seja responsável por todas as lojas. Não há regime de franquias para terceiros.
O primeiro restaurante da rede no Rio gerou 75 empregos diretos e o número de postos de trabalho chegará a 2.300 em cinco anos, afirmou Westermann. As comunidades do Rio têm sido procuradas para a seleção de pessoal mas os interessados também poderão se inscrever para processo seletivo por meio do site da companhia.
A primeira loja da rede americana no Brasil foi aberta em novembro de 2004 e, de acordo com Afonso Braga, gerente de marketind de Burguer King no Brasil, a entrada da rede nesse período aconteceu pela avaliação dos proprietários da marca de que o país estava em uma melhor situação econômica. Atualmente há 48 lojas da marca no país.
De acordo com Armando Jacomino, presidente da rede para a América Latina, hoje o país está coberto por oito grupos franqueados que trabalham para o desenvolvimento da marca. Brasil e China são considerados pela rede os principais mercados para crescimento, acrescentou Jacomino.
O Brasil é considerado um dos países com um dos mais altos níveis de faturamento da rede e é o terceiro mercado da América Latina. A rede aposta na elaboração dos sanduíches que são grelhados, para agradar os clientes cariocas e enfrentar os principais concorrentes Mac Donald´s e Bob´s. O sanduíche considerado o carro-chefe da marca, o Wooper, acompanhado de batata frita média e refrigerante médio terá o preço de R$ 12,50.
A marca Burguer King tem 50 anos e foi fundada em Miami. Hoje, está presente em 70 países, com 11.400 lojas.
Supermercados regionais mantêm aquecido o clima de aquisições
20/06/2008 - Valor Econômico
O interesse por aquisições no setor de supermercados continua forte neste ano a despeito de alguns indicadores econômicos, que apontam para uma uma desaceleração do consumo em resposta à alta da inflação e das taxas de juro. Após o movimento de aquisição de redes de atacarejo (modelo híbrido de atacado com varejo) pelo Carrefour e pelo Grupo Pão de Açúcar em 2007, as "noivas" agora são as cadeias de supermercados regionais de médio porte, com faturamento entre R$ 800 milhões e R$ 1,5bilhão por ano.
Espera-se que algumas delas aceitem as ofertas de compra e subam ao altar. Os pretendentes, como sempre, são as três gigantes do varejo: Wal-Mart, Grupo Pão de Açúcar e Carrefour. Fontes ouvidas pelo Valor afirmam que entre as noivas mais bem cotadas estariam as redes de supermercados Bretas, de Minas Gerais, Sonda, de São Paulo, e Prezunic, do Rio de Janeiro. Nenhuma delas confirma informações de que tenham recebido propostas de compra.
"Toda empresa familiar é passível de ser vendida", diz um executivo de uma empresa de varejo. Neste setor, especialmente no segmento de supermercados, muitas companhias encontram-se atualmente nas mãos da segunda ou terceira geração.
No caso da rede Bretas, com sede em Contagem (MG), o controle acionário está distribuído entre vários irmãos. Mas pessoas próximas à empresa atestam que o relacionamento entre eles é "saudável". A rede mineira, que ocupa o sétimo lugar no ranking do setor no Brasil, foi cortejada pelo Wal-Mart há cerca de três anos e, segundo fontes, as conversas chegaram a um estágio avançado. Mas o "namoro" não progrediu. Com vendas de R$ 1,54 bilhão em 2007 e 51 lojas, o Bretas é visto como um excelente negócio para os três gigantes por sua forte presença em Minas Gerais, um mercado ainda dominado por cadeias locais.
O mineiro Bretas fatura R$ 1,5 bilhão, tem 51 lojas e chegou a despertar o interesse do Wal-Mart há três anos
Do lado comprador, o varejo brasileiro mostrou uma sensível evolução nos últimos quatro anos, embora ainda existam muitas empresas cujas contas continuem sendo uma caixa preta. Mas, com a febre de lançamentos de ações na bolsa e os avanços macroeconômicos obtidos pelo Brasil, muitas empresas de médio porte começaram a se organizar para ter acesso ao mercado de capitais.
Algumas redes regionais fizeram o dever de casa e buscaram colocar seus livros em dia, com a contratação, por exemplo, de firmas de auditoria para assinar seus balanços. Assim, elas também podem pedir preços bem mais altos para os possíveis pretendentes estratégicos.
O grau de concentração no setor de supermercados ainda é baixo, em particular nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, o que abre muito espaço para o avanço de Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart. Mesmo na cidade de São Paulo, onde a concentração é grande, a competição entre as três cadeias também é bastante acirrada. No caso dos supermercados, as autoridades antitruste analisam o grau de concentração loja a loja, no raio de um a cinco quilômetros.
Segundo uma fonte, a aquisição do Sonda, por exemplo, seria possível para qualquer uma das três grandes redes. E o interesse em comprar a varejista paulistana, décima sexta colocada no ranking nacional de supermercados, seria enorme. O Sonda, que possui 15 lojas, tem a vantagem de ser um negócio que poderia ser integrado num piscar de olhos à operação do Wal-Mart, Pão de Açúcar e Carrefour, que já possuem uma sólida estrutura logística na cidade de São Paulo. Em 2007, o Sonda faturou R$ 832 milhões. Os controladores da rede, porém, pedem um preço alto. Fala-se que eles já teriam cobrado um valor próximo a 80% das vendas, quando, no setor, as aquisições costumam sair por 50% do faturamento.
Com 28 lojas e vendas de R$ 1,5 bilhão em 2007, o Prezunic, do Rio, já foi olhado por possíveis compradores, diz uma fonte. A rede é a caçula do setor. Foi fundada em 2001 pelos antigos donos do Rainha, uma rede vendida para o Carrefour. No entanto, o grupo francês foi mal-sucedido na aquisição, sendo obrigado a fechar ou devolver os pontos-de-venda. Pelo passado nada feliz, supõe-se que o Carrefour, ao menos, não irá disputar o Prezunic.
O interesse por aquisições no setor de supermercados continua forte neste ano a despeito de alguns indicadores econômicos, que apontam para uma uma desaceleração do consumo em resposta à alta da inflação e das taxas de juro. Após o movimento de aquisição de redes de atacarejo (modelo híbrido de atacado com varejo) pelo Carrefour e pelo Grupo Pão de Açúcar em 2007, as "noivas" agora são as cadeias de supermercados regionais de médio porte, com faturamento entre R$ 800 milhões e R$ 1,5bilhão por ano.
Espera-se que algumas delas aceitem as ofertas de compra e subam ao altar. Os pretendentes, como sempre, são as três gigantes do varejo: Wal-Mart, Grupo Pão de Açúcar e Carrefour. Fontes ouvidas pelo Valor afirmam que entre as noivas mais bem cotadas estariam as redes de supermercados Bretas, de Minas Gerais, Sonda, de São Paulo, e Prezunic, do Rio de Janeiro. Nenhuma delas confirma informações de que tenham recebido propostas de compra.
"Toda empresa familiar é passível de ser vendida", diz um executivo de uma empresa de varejo. Neste setor, especialmente no segmento de supermercados, muitas companhias encontram-se atualmente nas mãos da segunda ou terceira geração.
No caso da rede Bretas, com sede em Contagem (MG), o controle acionário está distribuído entre vários irmãos. Mas pessoas próximas à empresa atestam que o relacionamento entre eles é "saudável". A rede mineira, que ocupa o sétimo lugar no ranking do setor no Brasil, foi cortejada pelo Wal-Mart há cerca de três anos e, segundo fontes, as conversas chegaram a um estágio avançado. Mas o "namoro" não progrediu. Com vendas de R$ 1,54 bilhão em 2007 e 51 lojas, o Bretas é visto como um excelente negócio para os três gigantes por sua forte presença em Minas Gerais, um mercado ainda dominado por cadeias locais.
O mineiro Bretas fatura R$ 1,5 bilhão, tem 51 lojas e chegou a despertar o interesse do Wal-Mart há três anos
Do lado comprador, o varejo brasileiro mostrou uma sensível evolução nos últimos quatro anos, embora ainda existam muitas empresas cujas contas continuem sendo uma caixa preta. Mas, com a febre de lançamentos de ações na bolsa e os avanços macroeconômicos obtidos pelo Brasil, muitas empresas de médio porte começaram a se organizar para ter acesso ao mercado de capitais.
Algumas redes regionais fizeram o dever de casa e buscaram colocar seus livros em dia, com a contratação, por exemplo, de firmas de auditoria para assinar seus balanços. Assim, elas também podem pedir preços bem mais altos para os possíveis pretendentes estratégicos.
O grau de concentração no setor de supermercados ainda é baixo, em particular nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, o que abre muito espaço para o avanço de Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart. Mesmo na cidade de São Paulo, onde a concentração é grande, a competição entre as três cadeias também é bastante acirrada. No caso dos supermercados, as autoridades antitruste analisam o grau de concentração loja a loja, no raio de um a cinco quilômetros.
Segundo uma fonte, a aquisição do Sonda, por exemplo, seria possível para qualquer uma das três grandes redes. E o interesse em comprar a varejista paulistana, décima sexta colocada no ranking nacional de supermercados, seria enorme. O Sonda, que possui 15 lojas, tem a vantagem de ser um negócio que poderia ser integrado num piscar de olhos à operação do Wal-Mart, Pão de Açúcar e Carrefour, que já possuem uma sólida estrutura logística na cidade de São Paulo. Em 2007, o Sonda faturou R$ 832 milhões. Os controladores da rede, porém, pedem um preço alto. Fala-se que eles já teriam cobrado um valor próximo a 80% das vendas, quando, no setor, as aquisições costumam sair por 50% do faturamento.
Com 28 lojas e vendas de R$ 1,5 bilhão em 2007, o Prezunic, do Rio, já foi olhado por possíveis compradores, diz uma fonte. A rede é a caçula do setor. Foi fundada em 2001 pelos antigos donos do Rainha, uma rede vendida para o Carrefour. No entanto, o grupo francês foi mal-sucedido na aquisição, sendo obrigado a fechar ou devolver os pontos-de-venda. Pelo passado nada feliz, supõe-se que o Carrefour, ao menos, não irá disputar o Prezunic.
Doriana prepara revanche contra Qualy
20/6/2008 - Valor Econômico
Se a percepção do supermercadista sobre determinada marca não coincide com a preferência do consumidor, o varejista pode prejudicar ou favorecer um produto de maneira indevida. Esta é a principal conclusão da pesquisa conduzida pela revista "Supermercado Moderno", do Grupo Lund, com mais de dois mil varejistas entre setembro e dezembro de 2007.
O estudo, que está na sua 36ª edição, questionou o varejo sobre quais eram os líderes em 192 categorias. Pela primeira vez em 36 anos, desde que a pesquisa foi iniciada, a margarina Doriana, da Perdigão, perdeu a liderança para a Qualy, da Sadia.
"O varejo identifica como líder não só a marca que vende mais, mas aquela que está mais presente no ponto-de-venda, faz promoções e se mostra mais aberta à negociação", afirma Sérgio Molinari, diretor da revista. "A opinião deles sobre liderança é influenciada diretamente pela relação comercial que mantêm com o fabricante".
Segundo Molinari, existe uma defasagem entre o que acontece diante das gôndolas e o que o varejo percebe - normalmente, a área de compras não apresenta uma sintonia tão fina assim com a demanda. "Há pouco mais de um ano, o espaço na gôndola para Doriana era o mesmo para Qualy", diz Molinari. "Mas ao analisar os relatórios de vendas da Nielsen, percebeu-se que Qualy vendia 50% a mais do que Doriana". Assim, a reposição do item que mais vende acaba prejudicada.
Eric Boupaud, diretor de marketing da Perdigão, acredita que a perda da liderança da Doriana na cabeça do varejista também reflete um momento anterior ao atual. "A marca ainda é 'top of mind' para os consumidores, embora tenha perdido participação nos últimos anos, uma vez que não estava no foco de prioridades da antiga dona, a Unilever", diz Boupaud.
Desde que a Perdigão assumiu a Doriana, em agosto do ano passado, no entanto, o executivo garante que a história passou a ter novo enredo. "Nós temos uma equipe de vendas própria, que atende não apenas as grandes redes nacionais, mas os pequenos e médios supermercadistas, e percebemos que os varejistas estão apreciando a condução dos negócios agora", diz ele.
De acordo com a Perdigão, a marca Doriana tinha 9,4% de participação quando passou às mãos da empresa, na metade do ano passado. "Agora, a marca tem 12,8% de participação, segundo a leitura Nielsen do bimestre abril-maio", afirma a empresa. Qualy, porém, continua liderando, com 34%. Mas a revanche está sendo desenhada: na segunda-feira, dia 23, estréia a primeira campanha de Doriana sob a gestão da Perdigão. A marca estava fora do ar há três anos.
Se a percepção do supermercadista sobre determinada marca não coincide com a preferência do consumidor, o varejista pode prejudicar ou favorecer um produto de maneira indevida. Esta é a principal conclusão da pesquisa conduzida pela revista "Supermercado Moderno", do Grupo Lund, com mais de dois mil varejistas entre setembro e dezembro de 2007.
O estudo, que está na sua 36ª edição, questionou o varejo sobre quais eram os líderes em 192 categorias. Pela primeira vez em 36 anos, desde que a pesquisa foi iniciada, a margarina Doriana, da Perdigão, perdeu a liderança para a Qualy, da Sadia.
"O varejo identifica como líder não só a marca que vende mais, mas aquela que está mais presente no ponto-de-venda, faz promoções e se mostra mais aberta à negociação", afirma Sérgio Molinari, diretor da revista. "A opinião deles sobre liderança é influenciada diretamente pela relação comercial que mantêm com o fabricante".
Segundo Molinari, existe uma defasagem entre o que acontece diante das gôndolas e o que o varejo percebe - normalmente, a área de compras não apresenta uma sintonia tão fina assim com a demanda. "Há pouco mais de um ano, o espaço na gôndola para Doriana era o mesmo para Qualy", diz Molinari. "Mas ao analisar os relatórios de vendas da Nielsen, percebeu-se que Qualy vendia 50% a mais do que Doriana". Assim, a reposição do item que mais vende acaba prejudicada.
Eric Boupaud, diretor de marketing da Perdigão, acredita que a perda da liderança da Doriana na cabeça do varejista também reflete um momento anterior ao atual. "A marca ainda é 'top of mind' para os consumidores, embora tenha perdido participação nos últimos anos, uma vez que não estava no foco de prioridades da antiga dona, a Unilever", diz Boupaud.
Desde que a Perdigão assumiu a Doriana, em agosto do ano passado, no entanto, o executivo garante que a história passou a ter novo enredo. "Nós temos uma equipe de vendas própria, que atende não apenas as grandes redes nacionais, mas os pequenos e médios supermercadistas, e percebemos que os varejistas estão apreciando a condução dos negócios agora", diz ele.
De acordo com a Perdigão, a marca Doriana tinha 9,4% de participação quando passou às mãos da empresa, na metade do ano passado. "Agora, a marca tem 12,8% de participação, segundo a leitura Nielsen do bimestre abril-maio", afirma a empresa. Qualy, porém, continua liderando, com 34%. Mas a revanche está sendo desenhada: na segunda-feira, dia 23, estréia a primeira campanha de Doriana sob a gestão da Perdigão. A marca estava fora do ar há três anos.
Vendas dos supermercados crescem 8% em SC
20/6/2008 - Diário Catarinense
As vendas dos supermercados catarinenses cresceram 8,33% de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado (já descontada a inflação no período) de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Associação Catarinense dos Supermercados (Acats).
Neste mês de maio houve resultado positivo tanto em relação a maio do ano passado (12,70%) quanto em relação a abril deste ano (5,37%). Os dados foram coletados junto a 50 das principais empresas supermercadistas catarinenses.
O Presidente da ACATS, José Emílio Menegatti, adverte que o aumento no faturamento dos supermercados catarinenses está embutindo o reajuste no custo dos alimentos, que foi muito acentuado no bimestre abril/maio.
— Temos uma variação positiva na receita, mas os volumes não acompanham esta tendência.
Pelas contas da ACATS, cerca de cinco pontos percentuais deste resultado pode ser creditado a uma variação dos preços dos alimentos.
— O resultado de vendas é positivo, mas não reflete exatamente o que acontece. O desempenho financeiro da receita está alto porque o custo das mercadorias também foi alto. Os reajustes nos preços do trigo, milho, leite e do arroz, além de outros itens como o óleo diesel, têm influência direta na composição de preços de muitos produtos que são derivados e isso acabou despertando altas em outros segmentos num efeito cascata, o que não é bom para nós — disse Menegatti.
Menegatti defende a maior negociação entre varejistas e a indústria para que o repasse nos preços seja minimizado ao máximo.
As vendas dos supermercados catarinenses cresceram 8,33% de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado (já descontada a inflação no período) de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Associação Catarinense dos Supermercados (Acats).
Neste mês de maio houve resultado positivo tanto em relação a maio do ano passado (12,70%) quanto em relação a abril deste ano (5,37%). Os dados foram coletados junto a 50 das principais empresas supermercadistas catarinenses.
O Presidente da ACATS, José Emílio Menegatti, adverte que o aumento no faturamento dos supermercados catarinenses está embutindo o reajuste no custo dos alimentos, que foi muito acentuado no bimestre abril/maio.
— Temos uma variação positiva na receita, mas os volumes não acompanham esta tendência.
Pelas contas da ACATS, cerca de cinco pontos percentuais deste resultado pode ser creditado a uma variação dos preços dos alimentos.
— O resultado de vendas é positivo, mas não reflete exatamente o que acontece. O desempenho financeiro da receita está alto porque o custo das mercadorias também foi alto. Os reajustes nos preços do trigo, milho, leite e do arroz, além de outros itens como o óleo diesel, têm influência direta na composição de preços de muitos produtos que são derivados e isso acabou despertando altas em outros segmentos num efeito cascata, o que não é bom para nós — disse Menegatti.
Menegatti defende a maior negociação entre varejistas e a indústria para que o repasse nos preços seja minimizado ao máximo.
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