terça-feira, 8 de julho de 2008

Varejo não satisfaz classe média alta

Consumidor Moderno - Julho de 2008

Embora represente apenas 4% do total da população brasileira, a classe média alta, que detém uma parcela significativa da renda total do País (23%), ainda não dispõe de uma opção de varejo que a satisfaça. Espremida entre o poder de compra crescente da classe média (B/C) e a classe AA, esse consumidor busca um modelo de varejo “inteligente”, que equilibre diferenciação e atendimento personalizado, pagando um preço justo por isso. A conclusão é do estudo “Em busca de um modelo de varejo para a classe média alta”, da TNS InterScience, realizado em maio, na cidade de São Paulo.

A classe média alta apresenta menor índice de inadimplência (19%) em comparação às classes mais baixas (42%) e tem hábitos regulares de compra, o que significa, para o comércio, a garantia de vendas mais freqüentes.

Perfil e renda
De acordo com o levantamento, o consumidor de classe média alta pertence às classes A2 (76%) e A1 (24%), tem aproximadamente 36 anos e renda média familiar de R$ 8,3 mil. A amostra é igualmente representada por casados e solteiros economicamente ativos que trabalham fora (72%) em período integral. Quase a totalidade (88%) viaja a cada seis meses para o Brasil (90%) e para exterior (15%). A distribuição é diferente das populares, que concentram os gastos em moradia (32%) e alimentação (27%).

Para se diferenciar, esse consumidor busca a exclusividade de produtos e serviços da AA e acesso aos mesmos locais de gastronomia, lazer e cultura, mesmo que para isso tenha que fazer uma certa “ginástica”. Circula em todo o tipo de varejo (do popular ao premium) em busca das mesmas oportunidades de “custo-benefício” das classes B/C: compra produtos básicos de marcas próprias, eletroeletrônicos, DVDs e CDs no varejo popular, e freqüenta as ruas como José Paulino e 25 de Março. Vai do Mc Donald’s para o Fasano e das lojas de departamento para as grifes de luxo.

A maior parcela (72%) desses consumidores prefere shoppings a lojas de rua e classifica o varejo que freqüenta em três tipos: popular (que oferece preço e qualidade); alternativo (sensação de inovação e pertencimento a um grupo seleto) e glamuroso (a freqüência é esporádica, mas aproveita liquidações). Embora considerem (88%) que o parcelamento incentiva a compra, (45%) raras vezes recorrem a prestações e 39% pagam à vista.

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