quarta-feira, 25 de junho de 2008
A informalidade asfixia o varejo legal
Marcos Gouvêa de Souza
http://www.gsmd.com.br/
Dependendo da fonte consultada, a informalidade no Brasil será estimada entre 19 e 40%, porém existe consenso que o varejo está entre os setores onde esse percentual e o dano são maiores.
O crescimento da carga tributária, reconhecida pelo governo como de 37,7 % do PIB, aliado à redução do emprego formal, não reconhecida pelo Ministro do Trabalho, e mais a conivência disfarçada com a ilegalidade, são elementos do mesmo cenário, que asfixiam o crescimento das empresas legais, em especial no varejo.
O IFC - International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, em amplo estudo sobre a correlação entre renda per capita e grau de informalidade estima, que no Brasil, esse percentual é de 39,8% do PIB.
O IBGE, com metodologia significativamente diferente, avalia que a informalidade no país esteja próxima dos 19%. O McKinsey Global Institute também estima que a informalidade no Brasil seja de 40% e, adicionalmente, em recente estudo divulgado, aponta que esse problema é um dos responsáveis pelo crescente distanciamento do país em relação a outras economias.
Por esse estudo, comparando a evolução do PIB per capita, em bases PPP (Purchasing Power Parity), no período de 1995 a 2004, se percebe como o país regrediu em relação a outras economias. Nessas bases, em 95, o PIB per capita brasileiro representava 23% do norte-americano. Em 2004 caiu para 21%.
Em relação a Portugal, de forma mais dramática, no mesmo período, caiu de 48 para 39%. E comparado com nosso vizinho sul-americano, o Chile, que enfrentou de forma mais decisiva esse problema, em 95 o PIB per capita brasileiro era de 84% do chileno e essa relação caiu para 76% em 2004.
A visão simplista, quase simplória, de que o país tem crescido, devido aos poucos anos de expansão econômica, como os que temos vivido, não ilude quem compara o cenário internacional e percebe que se aprofunda a distância entre outros países e o Brasil.
E a ilegalidade, travestida de informalidade, em especial no varejo, é uma das responsáveis por essa situação. Na raiz do problema está o crescimento do gasto público, que impõe crescimento tributário, não dividido de forma equânime e que sobrecarrega as empresas formais. A informalidade se torna então o caminho fácil para os que abrem mão da eficiência e do controle, para buscar a opção do crescimento pela sonegação.
Não se trata da sobrevivência, mas do crescimento, pois na sua maioria, essas empresas têm crescido mais do que a média setorial, aproveitando a conivência dos que teriam por obrigação combater essa prática.
O que se percebe é que mais fácil tentar aumentar tributos do que enfrentar a ilegalidade.
Ao menos era. Aparentemente a sociedade deu um basta a essas tentativas e não será mais viável o aumento da carga tributária.
Ficam então dois caminhos.
Aumentar a base tributária, o que significaria ter que enfrentar a informalidade, ou reduzir os gastos públicos.
A redução e modernização do Estado, redesenhado com uma visão empresarial que permitisse a redução da carga tributária e, naturalmente viabilizasse a conversão de informais em formais, é o sonho de quem consegue enxergar além da cortina de fumaça que se criou com o discurso governamental. Alguns caminhos já foram tentados e mostram sua viabilidade.
Em São Paulo e Minas Gerais foram feitos acordos setoriais, com redução da carga tributária, que aumentou o número de contribuintes e a arrecadação, reduzindo a informalidade.
Em São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, foram criadas alternativas para apoio ao desenvolvimento de centrais de negócios, que também é um caminho natural para a conversão de informais em formais no varejo.
Mas tudo isso é pouco e exceção.
O enfrentamento da ilegalidade no varejo, que inibe a expansão, o crescimento, o aumento do emprego formal e a geração de novos empregos, deveria ser um ato de coragem de quem governa porque, infelizmente nesse tema, pouco pode ser feito pela sociedade organizada.
O varejo brasileiro tem dado mostras relevantes de sua competência estratégica, técnica, operacional e conceitual, competindo no cenário global e recebido prêmios e reconhecimento por isso e, só não faz muito mais nesses aspectos, por que enfrenta e tem sido asfixiado pela concorrência desigual dos informais.
Para pensar além do momento.
http://www.gsmd.com.br/
Dependendo da fonte consultada, a informalidade no Brasil será estimada entre 19 e 40%, porém existe consenso que o varejo está entre os setores onde esse percentual e o dano são maiores.
O crescimento da carga tributária, reconhecida pelo governo como de 37,7 % do PIB, aliado à redução do emprego formal, não reconhecida pelo Ministro do Trabalho, e mais a conivência disfarçada com a ilegalidade, são elementos do mesmo cenário, que asfixiam o crescimento das empresas legais, em especial no varejo.
O IFC - International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, em amplo estudo sobre a correlação entre renda per capita e grau de informalidade estima, que no Brasil, esse percentual é de 39,8% do PIB.
O IBGE, com metodologia significativamente diferente, avalia que a informalidade no país esteja próxima dos 19%. O McKinsey Global Institute também estima que a informalidade no Brasil seja de 40% e, adicionalmente, em recente estudo divulgado, aponta que esse problema é um dos responsáveis pelo crescente distanciamento do país em relação a outras economias.
Por esse estudo, comparando a evolução do PIB per capita, em bases PPP (Purchasing Power Parity), no período de 1995 a 2004, se percebe como o país regrediu em relação a outras economias. Nessas bases, em 95, o PIB per capita brasileiro representava 23% do norte-americano. Em 2004 caiu para 21%.
Em relação a Portugal, de forma mais dramática, no mesmo período, caiu de 48 para 39%. E comparado com nosso vizinho sul-americano, o Chile, que enfrentou de forma mais decisiva esse problema, em 95 o PIB per capita brasileiro era de 84% do chileno e essa relação caiu para 76% em 2004.
A visão simplista, quase simplória, de que o país tem crescido, devido aos poucos anos de expansão econômica, como os que temos vivido, não ilude quem compara o cenário internacional e percebe que se aprofunda a distância entre outros países e o Brasil.
E a ilegalidade, travestida de informalidade, em especial no varejo, é uma das responsáveis por essa situação. Na raiz do problema está o crescimento do gasto público, que impõe crescimento tributário, não dividido de forma equânime e que sobrecarrega as empresas formais. A informalidade se torna então o caminho fácil para os que abrem mão da eficiência e do controle, para buscar a opção do crescimento pela sonegação.
Não se trata da sobrevivência, mas do crescimento, pois na sua maioria, essas empresas têm crescido mais do que a média setorial, aproveitando a conivência dos que teriam por obrigação combater essa prática.
O que se percebe é que mais fácil tentar aumentar tributos do que enfrentar a ilegalidade.
Ao menos era. Aparentemente a sociedade deu um basta a essas tentativas e não será mais viável o aumento da carga tributária.
Ficam então dois caminhos.
Aumentar a base tributária, o que significaria ter que enfrentar a informalidade, ou reduzir os gastos públicos.
A redução e modernização do Estado, redesenhado com uma visão empresarial que permitisse a redução da carga tributária e, naturalmente viabilizasse a conversão de informais em formais, é o sonho de quem consegue enxergar além da cortina de fumaça que se criou com o discurso governamental. Alguns caminhos já foram tentados e mostram sua viabilidade.
Em São Paulo e Minas Gerais foram feitos acordos setoriais, com redução da carga tributária, que aumentou o número de contribuintes e a arrecadação, reduzindo a informalidade.
Em São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, foram criadas alternativas para apoio ao desenvolvimento de centrais de negócios, que também é um caminho natural para a conversão de informais em formais no varejo.
Mas tudo isso é pouco e exceção.
O enfrentamento da ilegalidade no varejo, que inibe a expansão, o crescimento, o aumento do emprego formal e a geração de novos empregos, deveria ser um ato de coragem de quem governa porque, infelizmente nesse tema, pouco pode ser feito pela sociedade organizada.
O varejo brasileiro tem dado mostras relevantes de sua competência estratégica, técnica, operacional e conceitual, competindo no cenário global e recebido prêmios e reconhecimento por isso e, só não faz muito mais nesses aspectos, por que enfrenta e tem sido asfixiado pela concorrência desigual dos informais.
Para pensar além do momento.
Cartões de lojas movimentam R$ 44 bilhões
Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC - 22/06/08
"Você tem o cartão da loja?" Essa é a pergunta que o motorista José Geraldo dos Santos, 40 anos, ouve toda vez que vai pagar pela compra de um produto. Considerados ferramenta de fidelização de clientes, os cartões próprios estão presentes em quase todos os setores de venda varejista, como hipermercados, lojas de departamento, material para construção e farmácias. "Todo mundo tem na carteira um, dois ou três cartões de loja. É facilidade para a gente", avalia o motorista.
Comum entre os brasileiros, em 2007, os cartões próprios das lojas - também chamados de private labels - movimentaram R$ 44 bilhões em todo o País. Foram 800 milhões de transações realizadas por 144 milhões de plásticos, quase um por habitante. O último levantamento da Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mostra que entre janeiro e abril deste ano, foram emitidos 8 milhões de unidades, totalizando 152 milhões de cartões com a marca de lojas.
O sucesso do cartão está nas facilidades oferecidas no momento da compra, como a pré-aprovação de crédito e a possibilidade de ter até 40 dias para o pagamento à vista e sem juros. A possibilidade de parcelar em maior número de vezes do que com o cartão de crédito ou cheque também estimula o consumo. "Sempre que compro um eletroeletrônico uso o cartão da loja, porque posso pagar em mais vezes sem juros", comenta a aposentada Vilma Ribeiro, de 58 anos.
De olho neste nicho de mercado, a Coop lançou o cartão próprio em julho de 2006. Hoje, a empresa acumula 250 mil cartões em sua base de clientes. A gestora de cartões da Coop, Maria de Lourdes Basso Moreno, afirma que a medida também reduziu o número de operações com cheques, que, até então, representavam 40% dos pagamentos.
Em dois anos, os cartões já respondem por 14% de participação nas vendas e a utilização do cheque caiu para 25%. "Nossa meta é que as compras com nosso private label representem 20% das transações até o fim do ano".
Na avaliação da gestora, a preferência por este meio de pagamento é resultado da conveniência do parcelamento. O hipermercado Carrefour dispõe de cartões próprios desde 1989 e já acumula 8,5 milhões de cartões emitidos. A meta é atingir a marca de 10 milhões em 2009.
Para administrar esse segmento, o grupo, um dos pioneiros na oferta do serviço, criou uma operadora própria. A missão da administradora é definir condições, prazos e demais serviços que serão oferecidos com os cartões.
Segundo o Carrefour, o mercado de private label tem como diferencial a possibilidade de atingir todas as classes sociais. A perspectiva de fidelização também atraiu outros ramos do comércio varejistas. Entre eles, as lojas de material de construção como a Dicico. A empresa já emitiu mais de 150 mil cartões com a sua marca desde o lançamento do serviço há dois anos. Uma das vantagens oferecidas aos clientes é o parcelamento das compras em até 11 vezes sem juros.
Juros elevados - As muitas facilidades dos cartões, no entanto, muitas vezes escondem juros acima da média de mercado (veja o quadro com os juros cobrados pelas lojas).
Pesquisa mensal de juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) apurou que a taxa média de juros para pessoas físicas, em maio, ficou em 7,73% ao mês no cheque especial, 10,39% ao mês no cartão de crédito dos bancos e em 11,20% ao mês nos parcelamentos por financeiras.
"Você tem o cartão da loja?" Essa é a pergunta que o motorista José Geraldo dos Santos, 40 anos, ouve toda vez que vai pagar pela compra de um produto. Considerados ferramenta de fidelização de clientes, os cartões próprios estão presentes em quase todos os setores de venda varejista, como hipermercados, lojas de departamento, material para construção e farmácias. "Todo mundo tem na carteira um, dois ou três cartões de loja. É facilidade para a gente", avalia o motorista.
Comum entre os brasileiros, em 2007, os cartões próprios das lojas - também chamados de private labels - movimentaram R$ 44 bilhões em todo o País. Foram 800 milhões de transações realizadas por 144 milhões de plásticos, quase um por habitante. O último levantamento da Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mostra que entre janeiro e abril deste ano, foram emitidos 8 milhões de unidades, totalizando 152 milhões de cartões com a marca de lojas.
O sucesso do cartão está nas facilidades oferecidas no momento da compra, como a pré-aprovação de crédito e a possibilidade de ter até 40 dias para o pagamento à vista e sem juros. A possibilidade de parcelar em maior número de vezes do que com o cartão de crédito ou cheque também estimula o consumo. "Sempre que compro um eletroeletrônico uso o cartão da loja, porque posso pagar em mais vezes sem juros", comenta a aposentada Vilma Ribeiro, de 58 anos.
De olho neste nicho de mercado, a Coop lançou o cartão próprio em julho de 2006. Hoje, a empresa acumula 250 mil cartões em sua base de clientes. A gestora de cartões da Coop, Maria de Lourdes Basso Moreno, afirma que a medida também reduziu o número de operações com cheques, que, até então, representavam 40% dos pagamentos.
Em dois anos, os cartões já respondem por 14% de participação nas vendas e a utilização do cheque caiu para 25%. "Nossa meta é que as compras com nosso private label representem 20% das transações até o fim do ano".
Na avaliação da gestora, a preferência por este meio de pagamento é resultado da conveniência do parcelamento. O hipermercado Carrefour dispõe de cartões próprios desde 1989 e já acumula 8,5 milhões de cartões emitidos. A meta é atingir a marca de 10 milhões em 2009.
Para administrar esse segmento, o grupo, um dos pioneiros na oferta do serviço, criou uma operadora própria. A missão da administradora é definir condições, prazos e demais serviços que serão oferecidos com os cartões.
Segundo o Carrefour, o mercado de private label tem como diferencial a possibilidade de atingir todas as classes sociais. A perspectiva de fidelização também atraiu outros ramos do comércio varejistas. Entre eles, as lojas de material de construção como a Dicico. A empresa já emitiu mais de 150 mil cartões com a sua marca desde o lançamento do serviço há dois anos. Uma das vantagens oferecidas aos clientes é o parcelamento das compras em até 11 vezes sem juros.
Juros elevados - As muitas facilidades dos cartões, no entanto, muitas vezes escondem juros acima da média de mercado (veja o quadro com os juros cobrados pelas lojas).
Pesquisa mensal de juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) apurou que a taxa média de juros para pessoas físicas, em maio, ficou em 7,73% ao mês no cheque especial, 10,39% ao mês no cartão de crédito dos bancos e em 11,20% ao mês nos parcelamentos por financeiras.
Google oferecerá medidor de audiência
24/06/2008 - Meio & Mensagem
A empresa deve lançar uma ferramenta gratuita que medirá a utilização da internet e os websites visitados, para concorrer com as ferramentas comScore e Nielsen Online
O Google deve lançar nesta terça-feira, 24, um novo serviço que mede o uso da internet, com o objetivo de ajudar os publicitários a encontrar os melhores lugares para comprar anúncios online ao dizer-lhes quais websites seu público-alvo visita.A abordagem do Google pode representar uma grande ameaça aos modelos atuais de monitoramento do uso da internet, dizem executivos da área de publicidade.
O Google deve lançar nesta terça-feira, 24, um novo serviço que mede o uso da internet, com o objetivo de ajudar os publicitários a encontrar os melhores lugares para comprar anúncios online ao dizer-lhes quais websites seu público-alvo visita.A abordagem do Google pode representar uma grande ameaça aos modelos atuais de monitoramento do uso da internet, dizem executivos da área de publicidade.
As duas firmas de medição de rede que dominam o mercado (comScore e Nielsen Online) baseiam seus dados principalmente em painéis e sondagens, que os críticos dizem ser inconsistentes e incompletos.
O novo serviço se baseará principalmente em dados de servidores da web e será oferecido gratuitamente aos profissionais de marketing.
Com informações do The Wall Street Journal.
Fispal Food Service 2008 começou na segunda com área de exposição 40% maior
24/06/2008, Mais Comunicação
A feira foi aberta nesta segunda-feira, dia 23 e prossegue até o dia 26, mostrando os mais recentes lançamentos para o setor de alimentação fora do lar e competições como a II Copa Brasileira de Pizzarias, Gourmet Show e Copa Barista.
Com crescimento de 40% na área de exposição, em relação ao ano passado, a Fispal Food Service 2008 – patrocinada pela Ultragaz – foi aberta nesta segunda-feira, dia 23, no Expo Center Norte, em São Paulo. Maior feira da América Latina no setor de alimentação fora do lar, o evento prossegue até a próxima quinta-feira, dia 26, e deve receber cerca de 65 mil visitantes, interessados em conhecer produtos, equipamentos e serviços para bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, hotéis e todos os demais estabelecimentos focados na comercialização de alimentos prontos para consumo.
Durante a entrevista coletiva que marcou a abertura do evento, o secretário de Negócios Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Alfredo Cotait, destacou a importância das feiras de negócios para a economia da cidade e comentou que é intenção do prefeito Gilberto Kassab construir no bairro de Pirituba um grande centro de exposições, que pode vir a ser o maior do mundo, com cinco milhões de metros quadrados. Segundo Cotait, a proposta é inserir a capital paulista no circuito das grandes feiras internacionais, atraindo executivos e empresários de todo o mundo.
Flávio A. Corrêa, presidente da empresa promotora da Fispal Food Service – a Brazil Trade Shows (BTS) –, saudou a proposta e enfatizou a importância que o setor de feiras vem assumindo na economia brasileira. “Um exemplo é o surgimento da própria BTS, formada em 2007 com a aquisição – pelo fundo de investimento DLJ South América Partners – da Fispal e da Dipemar, duas grandes promotoras de feiras no setor de alimentos e bebidas. A chegada de investidores nesse mercado evidencia seu potencial de negócios e cria a oportunidade de modernizar um setor antes dominado por empresas familiares”, afirmou.
Para o diretor de Feiras da BTS, Marco Antonio Mastrandonakis, além do crescimento da área de exposição em relação ao ano passado, a Fispal Food Service deste ano apresenta também um número recorde de eventos paralelos, desenvolvidos com o objetivo de mostrar as novas tendências desse mercado e contribuir para a qualificação cada vez maior do operador do food service. “São mais de 50 atrações, entre seminários, palestras, apresentações e competições como o Gourmet Show, a II Copa Brasileira de Pizzarias e a Copa Baristas, no Espaço Café Brasil’, contou Mastrandonakis.
NOVA MÍDIA
O presidente da BTS, Flávio Corrêa, anunciou também o lançamento da revista Gourmet & Food Service, voltada para o debate das novas tendências da alimentação fora do lar e para a divulgação de informações úteis ao desenvolvimento dessa atividade. Segundo ele, com essa e as outras revistas que já edita (Leite & Derivados, Revista Nacional da Carne e Aqüicultura e Pesca), a BTS está trazendo para o mercado brasileiro de exposições o conceito de mainstream media. “As feiras são mídias presenciais, ambientes essenciais para os negócios, mas não devem se resumir aos quatro dias de exposição. Por isso, estamos desenvolvendo uma plataforma de conteúdo para divulgar os negócios do setor durante todo o ano”, explicou.
ESPAÇO CAFÉ BRASIL
Caio Alonso Fontes, diretor de Planejamento da Café Editora, parceira da BTS na promoção do Espaço Café Brasil, comentou durante a entrevista coletiva, que reuniu cerca de 35 jornalistas de diversos veículos de comunicação, que o Brasil deve se tornar o maior consumidor de café do mundo em 2010, saindo do terceiro lugar que ocupa hoje.
Segundo ele, a proposta do Espaço Café Brasil é estimular o desenvolvimento do mercado de café gourmet, de alta qualidade, que já vem crescendo em média 10% ao ano, enquanto o consumo de café comum cresce apenas de 2% a 4% ao ano. “O próprio Espaço Café Brasil, dentro da Fispal Food Service, é uma evidência desse crescimento. Em relação ao ano passado, tivemos um aumento de 100% na área de exposição, atingindo 3 mil metros quadrados e mais de 50 expositores”, contou ele.
ESPAÇO INOVAÇÃO
Uma das atrações deste ano é o Espaço Inovação (rua G/H – estande 169/170), que reúne os produtos mais inovadores apresentados pelos expositores na feira. Patrocinado pela Nestlé FoodServices, o estande expõe equipamentos de tecnologia avançada e produtos desenvolvidos para reduzir custos e tornar mais eficiente a operação de estabelecimentos voltados para a alimentação fora do lar.
Uma das novidades da Nestlé é o Ganache, uma mistura de chocolate com creme de leite que forma um creme ideal para recheios, coberturas e diversos tipos de sobremesa. A Maggi, por sua vez, tem como destaque dois novos temperos, além de uma nova embalagem para os outros produtos da linha.
De acordo com a assessoria de imprensa da Nestlé FoodServices, a participação em iniciativas como o Espaço Inovação é, para as áreas da indústria de alimentos voltadas para a alimentação fora do lar, o melhor meio de comunicação, pois é possível encontrar num mesmo local tanto novos como antigos clientes.
GOURMET SHOW
O restaurante Leopolldo, de São Paulo, foi o vencedor do primeiro dia de competição do Gourmet Show, evento patrocinado pela Nova Schin e pela Comgás, que dedicou a segunda-feira às receitas a base de carne, com patrocínio da Marfrig. Sob a supervisão do chef Laurent Suaudeau, estudantes de quatro faculdades de gastronomia e profissionais de restaurantes elaboraram receitas que depois foram submetidas à avaliação de um júri formado por especialistas como Betina Orrico (revista Cláudia Cozinha), Renato Carioni (restaurante Cantaloup), Eric Berland (Parigi) e José Barattino (Emiliano). Os restaurantes participantes da etapa de ontem, além do Leopolldo, foram o Estación Sur, Café Journal, Hotel Sofitel, Buffet Red Gastronomia (de São Paulo), Duo Bistrot (Criciúma – SC), Confraria do Sabor (Campos do Jordão – SP) e La Capannina (Recife – PE). Além deles participaram também equipes de alunos das faculdades Unip, Hotec, Anhembi-Morumbi e Senac-SP.
O chef Laurent Suaudeau, que foi um dos criadores do evento e voltou a coordená-lo este ano, depois de três anos afastado, participou também da entrevista coletiva de abertura da feira e destacou a importância da competição para o desenvolvimento do mercado de food service. Segundo ele, o Brasil tem muito a mostrar e os profissionais da área precisam ter mais apoio para divulgar a gastronomia brasileira no exterior.
PADARIA ALEMÃ
Alunos da Faculdade de Tecnologia em Hotelaria, Gastronomia e Turismo (Hotec) estão encarregados de demonstrar, durante os quatro dias da Fispal Food Service, as características e a riqueza da confeitaria nórdica, no estande da Padaria Alemã (rua I/J, 169/170), patrocinada pela Farinha São Jorge. Ali, sob a supervisão de professores, os alunos se revezam para produzir de hora em hora pães com farinhas especiais e doces como cucas, apfelstrudel ou sacher torte – torta com creme, frutas e geléia – para degustação.
Segundo Rubens de Carvalho Pinto, diretor da escola, a faculdade gravita em torno do turismo e da hospitalidade e nesse setor a gastronomia é básica. “A panificação alemã é a mais rica do mundo. Por isso fizemos questão de trazê-la para o Brasil com toda a sua riqueza adaptada aos nossos hábitos de consumo”, assinalou. Segundo ele, os cinco anos de participação na Fispal Food Service demonstram que as experiências merecem ser repetidas. “A feira é do nosso segmento e por isso queremos demonstrar aqui que a qualificação é o caminho e isso não tem retorno”, sustentou.
COPA DE PIZZARIAS
As pizzarias Micheluccio, de Piracicaba (SP); Di Mônaco, de Leme (SP); e Meime, de São Paulo (SP) foram as vencedoras da primeira semifinal da II Copa Brasileira de Pizzarias, realizada nesta segunda-feira na Fispal Food Service. As pizzas classificadas para a final foram a Filé Mignon com Shitake ao Balsâmico, da Micheluccio; a Sabores do Interior, da Di Mônaco (que inclui em sua receita ingredientes como abobrinha e cambuquira); e a Ibérica, da Meime (que usa, entre outros ingredientes, jamón pata negra, figos frescos e rúcula).
Doze pizzarias participaram da semifinal da II Copa Brasileira de Pizzarias, que escolherá na quinta-feira a Melhor Pizzaria do Brasil. O evento tem patrocínio nacional da Danúbio (marca do Grupo Vigor), do Grupo Ocrim (fabricante das farinhas Trigolar e Mirella), da Nacional Gás (armazenamento, envase e distribuição de GLP), da cerveja Nova Schin e da Tramontina, além do apoio da Granomaq (fabricante de fornos).
Estão participando da etapa final da competição 34 pizzarias, classificadas nas 10 etapas eliminatórias realizadas em todas as regiões do País, das quais participaram cerca de 200 estabelecimentos. O pizzaiolo representante do estabelecimento vencedor da competição ganhará uma viagem à Itália, com acompanhante.
SERVIÇO:
Food Service 2008
24ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar
Data: 23 a 26 de junho
Horário: das 13h às 21h
Local: Expo Center Norte – São Paulo
24ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar
Data: 23 a 26 de junho
Horário: das 13h às 21h
Local: Expo Center Norte – São Paulo
Deca amplia em 100% produção de louças sanitárias focando a classe C
Valor Online - Yan Boechat - 25/06/2008
Líder no mercado brasileiro de metais sanitários, a Deca, divisão de negócios da Duratex, agora se prepara para disputar o primeiro lugar com a espanhola Roca no segmento de louças sanitárias. Após adquirir a Ideal Standard e a pernambucana Cerâmica Monte Carlo por R$ 60 milhões cada uma, a companhia se diz pronta para ampliar a produção anual de louças sanitárias de 3,6 milhões de peças para 7,2 milhões de peças. "Continuaremos a dar foco ao mercado de luxo, mas nossa expansão passa obrigatoriamente pela classe C", afirma Raul Penteado, diretor geral da Deca.
Dona de 19% do mercado de louças sanitárias, a Deca decidiu apostar em uma expansão rápida neste setor no início do ano passado, quando ficou claro que o acesso ao crédito imobiliário para a classe C se tornaria mais amplo e as taxas de juros reais ficariam em apenas um dígito. A companhia cogitou a idéia de construir novas unidades produtivas, mas pelo fato de estar atuando perto de sua capacidade optou pelas aquisições. "Com as unidades que estão sendo agregadas à companhia nossa participação de mercado será de mais de 30% quando todas as novas fábricas estiverem completamente operacionais", diz o executivo. A Roca, dona da Incepa e da Celite, tem algo próximo a 40%.
Com as aquisições, a Deca incorporou três novas fábricas. Uma em Jundiaí (SP), uma em Queimados (RJ) e uma terceira que pertencia a Monte Carlo em Cabo de Santo Agostinho (PE). Juntas, as três unidades fabris têm uma capacidade de produção da ordem de 3,2 milhões de peças ao ano. Neste momento a antiga fábrica da Ideal Standard em Queimados não está operando. "Começaremos lá no ano que vem e vamos expandindo a produção de acordo com o aquecimento da demanda."
Assim como tem acontecido nas outras unidades da Deca nos últimos três anos, boa parte do que sair dos fornos dessas novas fábricas terão como destino os consumidores da classe C, responsáveis, segundo Raul Penteado, pela melhora na rentabilidade da Deca nos últimos anos. Desde que percebeu que haveria uma explosão no consumo no segmento econômico, a Deca iniciou um processo amplo de renovação de seu mix de produtos. A companhia investe cerca de R$ 25 milhões anuais em desenvolvimento e nos últimos três anos mais de 50% desse valor têm sido destinado ao segmento econômico. Dos mais de 200 novos produtos que colocou no mercado desde 2006, mais de 70% deles foram destinados à classe C. "É impossível crescer sem olhar para esse segmento, as margens são menores, mas é dele que vem a escala", diz.
Um dos primeiros negócios do engenheiro Olavo Setubal, criada em 1947, a Deca hoje é uma forte divisão da Duratex, subsidiária da holding Itausa que atua também no segmento de madeira, pisos laminados e chapas de fibra. Em 2007, a Deca respondeu por 34% das vendas da Duratex, que geraram receita líquida de R$ 1,67 bilhão. A expectativa entre vários executivos da companhia, que fazem questão de não o fazerem publicamente, é de que a Deca cresça 15% este ano, sobre um crescimento de outros 15% no ano passado.
Apesar de não admitir as estimativas otimistas de um ciclo de expansão forte por mais dois ou três anos, os agressivos investimentos na expansão da capacidade de produção mostram que a companhia acredita que o mercado vai passar a atuar em um novo patamar em pouco tempo. "O fato é de que estamos certos de que o boom da construção civil para as camadas mais populares ainda não aconteceu", diz um otimista Raul Penteado. "O grande crescimento nesse mercado ainda está por vir".
Além dos R$ 120 milhões que investiu na aquisição de duas concorrentes do segmento de louças, a Deca está aplicando outros R$ 120 milhões na ampliação de sua capacidade de produção em metais sanitários. Neste caso a companhia optou por não ir às compras e está construindo uma nova unidade em seu complexo de Jundiaí. "Não estamos apenas comprando mais maquinário, estamos dobrando a área física da fábrica, o que nos permitirá ampliar nossa capacidade de produção em 35% até o fim do ano que vem", diz o executivo.
Assim como no segmento de louças, a Deca também pretende ampliar ainda mais o leque de produtos de metais sanitários voltados para a classe C. "Continuaremos tendo uma torneira de R$ 2 mil, mas também queremos ter torneiras de R$ 40 nas prateleiras das lojas de construção", afirma Raul Penteado. A companhia não pretende criar uma marca específica para atuar no mercado popular ou no mercado de luxo. Independente do preço final, diz Penteado, todos os produtos serão identificados apenas pela marca da companhia.
Varejo busca opções para bancar expansão
Valor Online - Claudia Facchini - 25/06/2008
A alta da inflação tornou mais nebuloso o cenário para as varejistas que pretendem vender ações na bolsa e acelerar o seu processo de expansão. Entre as redes que planejam bater às portas do mercado de capitais estão o Magazine Luiza, de Franca (SP), e a cadeia de supermercados Sonda, que possui uma forte presença na capital paulista. Segundo fontes do setor, o Magazine Luiza analisa retomar os planos de abertura de capital em 2009.
O diretor executivo do Sonda, Roberto Moreno, afirma que a empresa também tem como meta lançar ações no ano que vem. No entanto, as ações das varejistas estão sendo duramente castigadas pela alta da inflação e pela leve desaceleração do consumo, um efeito que contaminou não só o Brasil, mas como outras partes do mundo, em especial nos EUA.
Os analistas de commodities não vislumbram uma reversão na tendência de alta nos preços das matérias-primas, pelo menos nos próximos meses, o que deve manter os índices de inflação sob pressão. Mas a reação dos investidores é considerada exagerada. Recentemente, o presidente da Renner, José Galló, afirmou que, muitas vezes, os investidores simplesmente "transportam" para o Brasil o que acontece nos EUA, colocando os fundamentos locais em segundo plano.
Ontem, muitas empresas de consumo figuraram na lista das maiores baixas no Ibovespa - as ações da Renner caíram 3,95%. Em 12 meses, os papéis da varejista acumulam queda de 6,9%, enquanto o Ibovespa subiu 18,2%.
O mau humor do mercado pode levar as varejistas que não estão listadas na bolsa a considerar outras alternativas. E o caminho mais curto é a venda do controle acionário para um grande grupo do setor. Segundo fontes do mercado de fusões e aquisições, algumas cadeias de supermercado de porte intermediário voltaram a conversar com potenciais compradores - Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart e Cencosud.
Moreno, do Sonda, nega que os controladores do Sonda tenham interesse em vender a empresa neste momento. Segundo apurou o Valor, os sócios da varejista teriam pedido um valor bastante elevado, considerado inviável. "Redes de porte intermediário, como o Sonda, o Bretas ou o Zaffari, são avaliadas por um preço superior ao das demais cadeias pelo seu alto valor estratégico para os grandes grupos", disse Moreno.
Há cerca de 10 anos, a rede passou por uma reestruturação societária. Hoje, seu capital está distribuído, meio a meio, entre dois irmãos, Idi Sonda, de 65 anos, e Deocir Sonda, de 60 anos. Segundo Moreno, o Sonda passa por um acelerado processo de expansão. Neste ano, serão abertas sete lojas, um recorde para a varejista, que possui 15 supermercados. Moreno projeta romper a barreira de R$ 1 bilhão em vendas em 2008. "Podemos chegar a R$ 1,2 bilhão". Em 2007, o Sonda faturou R$ 832 milhões.
"Estamos fazendo o dever de casa para lançar ações", diz Moreno. A empresa possui hoje uma holding, a Sonda Participações, que controla a rede de supermercados. Enquanto isso não acontece, a empresa buscou opções de financiamentos para bancar a expansão, como as operações indexadas ao dólar, que hoje têm um baixo custo.
A alta da inflação tornou mais nebuloso o cenário para as varejistas que pretendem vender ações na bolsa e acelerar o seu processo de expansão. Entre as redes que planejam bater às portas do mercado de capitais estão o Magazine Luiza, de Franca (SP), e a cadeia de supermercados Sonda, que possui uma forte presença na capital paulista. Segundo fontes do setor, o Magazine Luiza analisa retomar os planos de abertura de capital em 2009.
O diretor executivo do Sonda, Roberto Moreno, afirma que a empresa também tem como meta lançar ações no ano que vem. No entanto, as ações das varejistas estão sendo duramente castigadas pela alta da inflação e pela leve desaceleração do consumo, um efeito que contaminou não só o Brasil, mas como outras partes do mundo, em especial nos EUA.
Os analistas de commodities não vislumbram uma reversão na tendência de alta nos preços das matérias-primas, pelo menos nos próximos meses, o que deve manter os índices de inflação sob pressão. Mas a reação dos investidores é considerada exagerada. Recentemente, o presidente da Renner, José Galló, afirmou que, muitas vezes, os investidores simplesmente "transportam" para o Brasil o que acontece nos EUA, colocando os fundamentos locais em segundo plano.
Ontem, muitas empresas de consumo figuraram na lista das maiores baixas no Ibovespa - as ações da Renner caíram 3,95%. Em 12 meses, os papéis da varejista acumulam queda de 6,9%, enquanto o Ibovespa subiu 18,2%.
O mau humor do mercado pode levar as varejistas que não estão listadas na bolsa a considerar outras alternativas. E o caminho mais curto é a venda do controle acionário para um grande grupo do setor. Segundo fontes do mercado de fusões e aquisições, algumas cadeias de supermercado de porte intermediário voltaram a conversar com potenciais compradores - Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart e Cencosud.
Moreno, do Sonda, nega que os controladores do Sonda tenham interesse em vender a empresa neste momento. Segundo apurou o Valor, os sócios da varejista teriam pedido um valor bastante elevado, considerado inviável. "Redes de porte intermediário, como o Sonda, o Bretas ou o Zaffari, são avaliadas por um preço superior ao das demais cadeias pelo seu alto valor estratégico para os grandes grupos", disse Moreno.
Há cerca de 10 anos, a rede passou por uma reestruturação societária. Hoje, seu capital está distribuído, meio a meio, entre dois irmãos, Idi Sonda, de 65 anos, e Deocir Sonda, de 60 anos. Segundo Moreno, o Sonda passa por um acelerado processo de expansão. Neste ano, serão abertas sete lojas, um recorde para a varejista, que possui 15 supermercados. Moreno projeta romper a barreira de R$ 1 bilhão em vendas em 2008. "Podemos chegar a R$ 1,2 bilhão". Em 2007, o Sonda faturou R$ 832 milhões.
"Estamos fazendo o dever de casa para lançar ações", diz Moreno. A empresa possui hoje uma holding, a Sonda Participações, que controla a rede de supermercados. Enquanto isso não acontece, a empresa buscou opções de financiamentos para bancar a expansão, como as operações indexadas ao dólar, que hoje têm um baixo custo.
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