Por Marcelo Miyashita - 23/06/2008
Antigamente era normal ouvirmos a famosa frase: “À venda nas melhores casas do ramo”. Isso indicava que o produto tinha qualidade, prestígio e estava facilmente disponível ao consumidor interessado em adquiri-lo. Estar nas melhores lojas era, por isso, garantia também sucesso de vendas. Sem dúvida, era uma ótima tática de distribuição de produtos. Era.
A tendência da concentração do varejo em poucos grupos obriga os fabricantes a diversificarem a distribuição.
Hoje em dia, o cenário é diferente. É um alto risco manter apenas um canal de distribuição para atingir o consumidor final. Como sabemos, atualmente, as melhores casas do ramo estão concentradas em poucos grupos varejistas. Esses grupos são fortes, sólidos e com muito poder de barganha e negociação junto aos fabricantes, principalmente àqueles que dependem grande parte de sua venda a poucos varejistas. Estas empresas, infelizmente são várias, ficam na mão do canal varejista numa inversão de papéis – onde o poder de barganha mudou do fabricante para o varejo. Como exemplo, no setor supermercadista há poucos grupos que dominam boa parte do setor, assim como no varejo de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, este mais concentrado ainda. “Quer pagar quanto?” - era até pouco tempo freqüentemente anunciado pela líder.
Apesar do movimento de concentração no varejo, o mesmo não acontece no mercado fabril. Pelo contrário, há cada vez mais fabricantes e empresas com produtos e serviços diferentes em busca do seu lugar ao sol, sem mencionar a concorrência de importados disputando as gôndolas nacionais. Resultado: os compradores do varejo estão mais poderosos, possuem mais opções de compra e são mais preparados para comandar as negociações.
É difícil ser fabricante nessa situação. Ainda mais se for um pequeno ou médio. A questão é que esse cenário é irreversível e a concentração no varejo é um fato e uma tendência. Cabe ao empresário produtor de bens manufaturados buscar saídas, diversificar, criar e manter vários canais de distribuição – até, talvez, dar um passo à frente e se tornar também varejista. No mínimo é preciso investir em uma boa área comercial e desenhar políticas comerciais que desenvolvam essa diversificação.
O estudo dos canais de distribuição e logística é uma das áreas de marketing que mais têm crescido nos últimos anos. Pelo aumento da competitividade e pelo gargalo do concentrado canal tradicional – ou seja, o varejo convencional -, empresários estão buscando saídas para comercializar sua produção. Práticas que eram consideradas de nicho e táticas de empresas específicas, hoje são adotadas e compõem opções de distribuição. Canais de venda direta, distribuidores e atacadistas, representantes comerciais, lojas próprias e até ações de marketing direto e sites com mecanismos de e-commerce são caminhos possíveis praticados pelas companhias que procuram distribuir sem concentrar.
Mais do que fabricar, diversificar a comercialização é preciso. Isso exige duas novas competências de gestão: compreender e assimilar os canais de distribuição de marketing; e gerenciar ao mesmo tempo diversos canais - seus conflitos e interesses. Há movimentos conhecidos de fabricantes, dos mais diversos setores, que estão promovendo mudanças na sua tática de distribuição. Uma indústria de eletrodomésticos está alugando filtros de água para desenvolver proximidade e relacionamento com seus clientes, na tentativa de fortalecer seu canal de venda direta, que já existe via e-commerce. Empresas de eletroeletrônicos prestam serviços de instalação e treinamento ao consumidor, para, por meio desse motivo, identificar os compradores dos seus produtos e com eles iniciar uma relação mais próxima, com certeza, culminando depois com ações de marketing direto. Ou quem sabe, venda porta-a-porta – que é o principal canal de distribuição de muitas empresas importantes do setor de cosméticos...
O fato é que sempre houve caminhos diversos para fazer o produto chegar até o cliente final, talvez por conveniência ou definição de “core business” os fabricantes limitavam-se a fabricar. Não dá mais para continuar seguindo esta definição. Os novos tempos exigem a prática do marketing de distribuição: planejar o desenvolvimento de canais, adotar políticas de comercialização, gerenciar a logística e as características de cada canal e promover a integração das ações para conseguir cobrir o mercado chegando até o cliente certo, na hora certa, no local certo, com os produtos e serviços certos e na quantidade certa. Sem sobreposição de esforços e respeitando o desenvolvimento de cada canal, esse é o desafio.
Antigamente sorvetes só vendiam em padarias e bares, olha agora.
domingo, 22 de junho de 2008
PROVAR - Curso de Previsão de Vendas (curta duração)
Público-alvo:
Gerentes e diretores de loja, compradores, responsáveis pela área de logística e suprimentos, fornecedores do varejo e executivos de varejo e serviços em geral.
Objetivos:
Apresentar ao participante as técnicas de previsão de vendas e exemplificar como elas podem ser usadas na prática para a obtenção de resultados confiáveis.
Conteúdo:
– Discussão das várias técnicas de previsão: modelos qualitativos e quantitativos, cross section e autoregressivos
– Média móvel
– Suavização exponencial
– Sazonalidade.
Local:
Instalações providenciadas pela FIA na capital de
São Paulo.
Mais Informações:
(11) 3894-5007 - cursos@provar.org
Data:
27 e 28 de junho de 2008
Horário:
sexta-feira, das 14 às 18 horas;
sábado, das 9 às 18 horas
Carga Horária: 12 horas
AC Nielsen Brasil - Treinamento para Clientes
Spaceman® Professional
Objetivo:
Habilitar profissionais de vendas e marketing na implementação do Gerenciamento de Espaço. Através de um estudo de caso abordar conceitos de Gerenciamento de Espaços, Metodologia de Análise de Exposições, Análises Especiais (Sub e Super estocagem, Análise de Quadrante, etc.) e Desenvolvimento de Relatórios Gerenciais. O treinamento, desenvolvido para fabricantes e varejistas, abrange a teoria e prática da utilização do sistema.
Pré-requisito:
Noções de gerenciamento por categorias (ERC)
Excel Básico
Conteúdo:
Conceitos básicos de Merchandising
Conceitos básicos de Gerenciamento de Espaços
Construção de Planogramas diversos tipos de acessórios de gôndola
Trabalhando com base de dados Excel/Relacional
Trabalhando com Bibliotecas
Análise de Sortimento e Ordenação de Produto na gôndola
Análise dos Critérios, Abastecimento e Reposição
Avaliação da rentabilidade da gôndola
Análise de Destaque (Highlights)
Estudo de caso
Impressão de Planogramas
Trabalhando com imagens digitalizadas
Trabalhando com impressão via Output Designer
Exercícios
Duração: 02 Dias (das 09h às 17h)
Vagas abertas para os dias 14 e 15/07 em São Paulo
Mais informações:
maria.augusto@nielsen.com
ana.lucia.silva@consultmail.net
A Apple Store encontra a chave do sucesso em varejo
The New York Times - 12/06/2008
Eram 2 horas da manhã na meca subterrânea no centro de Manhattan, também conhecida como Apple Store. Mas poderia muito bem ser 2 horas da tarde, a considerar a quantidade de pais empurrando carrinhos e crianças se divertindo com iPods, iPhones e outros.
Naquela e em outras 203 lojas da marca espalhadas pelo mundo, a festa às vésperas do Natal só demonstrava o porquê de as ações da Apple terem subido 135% em 2007. A Apple hoje extrai 20% de sua receita das suas lojas e o número não pára de crescer.
Isso se dá graças à fantástica experiência de compra que se tem no lugar. A atenção ao detalhe, como os móveis em que os produtos estão dispostos e as cores; tudo interage muito bem com o conceito da marca e os produtos. Além disso, o ambiente é confortável e aconchegante, permitindo que o consumidor passe quanto tempo quiser lá dentro, já que além de estarem à venda, os produtos estão disponíveis pra teste sem restrição de uso.
Mas o segredo para tanto sucesso está na atenção dispensada aos consumidores, que contam com “gênios” e “concierges” para atendê-los. São pessoas antenadas e que conhecem o produto muito bem. Sabem vender o que o consumidor precisa e responder a quaisquer dúvidas. Até “personal shoppers” estão disponíveis com hora marcada!
Isto faz com a Apple Store crie um clima familiar, convidando o consumidor a voltar lá mais vezes. “Estas lojas serão ícones que as pessoas vão querer visitar quando estiverem em Nova Iorque”, diz o analista Michael Gartenberg, vice-presidente e diretor de pesquisa da Júpiter Research. “O Rockefeller Center, o Radio City Music Hall e o grande cubo de vidro da Apple na 5ª Avenida”.
Consumidores de produtos orgânicos são mais abertos às novas experiências
POPAI BRASIL - 18/06/2008
Segundo estudo da Mindset Media e da Nielsen Online, consumidores regulares de produtos orgânicos são 153% mais abertos às novas experiências que a maioria da população.
O estudo foi realizado no último trimestre de 2007, com uma amostra de 8 mil pessoas demograficamente diversificadas pela Nielsen Online. Os participantes responderam a uma série de 110 perguntas de personalidade, como “se gostam de experimentar comidas estrangeiras ou novas”, ou “se sentem intrigados por padrões encontrados na arte e na natureza”. Os respondentes foram, então, classificados de acordo com seu nível de “abertura” (dentre outras características) e separados em cinco grupos de Receptividade.
A Mindset Media concluiu que compradores de produtos orgânicos pontuaram consistentemente entre os Top 20% em termos de receptividade – eles tenderam a serem mais receptivos com seus próprios sentimentos, e aparentam serem mais espontâneos, criativos e altruístas que a média dos consumidores. Esses consumidores classificados em nível 5, segundo a Mindset Media, também apresentaram 105% mais chances de terem qualidades de um líder moderno. O estudo também concluiu que no tocante a consumo de orgânicos, riqueza não é um fator relevante. "As pessoas sempre questionam se as marcas de produtos orgânicos são vendidas apenas para ricos, pois são mais caras”, afirma Sara Welch, COO e co-fundadora da Mindset Media. “Mas a vontade de consumir é demograficamente neutra. Percebemos que os “níveis 5” não são necessariamente abastados.”
Com este estudo, os anunciantes de produtos desta categoria perceberam que para atingir estes consumidores pode-se ir além dos programas de TV sobre saúde e bem-estar. “Deve-se buscar meios de atingir a mente deste consumidor” diz Welch, “pois orgânicos são um estado de espírito e não de bolso”.
MediaPost Publications
XI FÓRUM DE VAREJO DA AMERICA LATINA
O que os profissionais de marketing pensam da GlobalShop
Tive a oportunidade de conversar com Gilberto Strunck, sócio-diretor da Dia Comunicação e membro do Conselho Consultivo do Popai Brasil. Ele vem a Globalshop todos os anos, há cerca de 20 anos.
D: O que você achou da Globalshop?
G: Cada vez que venho a Globalshop percebo uma evolução das coisas em relação ao ano anterior, eventualmente se observa algum salto, mas isso não é comum. O que pude observar esse ano como fator predominante foi o grande desenvolvimento na parte da interatividade da digital signage. É uma feira que cada vez está maior e mais integrada e com isso, se observa a importância que esse tipo de negócio está tendo no Brasil e aqui nos EUA.
D: O que você viu de interessante na feira?
G: Eu pude observar o implemento dessa interatividade tecnológica como forma de mídia. Por exemplo, com as mesas de touchscreen temos a possibilidade de comparar e escolher determinados produtos por suas características técnicas e em seguida, ver a resposta numa tela de 42 polegadas. Outra coisa interessante que pude observar foi a utilização do uso do papelão em diferenciadas formas, principalmente em formas de curvas, pois aqui nos EUA eles fazem muito bem esse tipo de uso do papelão. Eles integram o papelão com outros acessórios e materiais que fazem com que a percepção de valor daquela peça fique muito alta.
D: Resumidamente, como você denominaria a GlobalShop?
G: Eu diria que foi uma feira de fortalecimento do negócio e do fortalecimento da mídia no ponto de venda. Cada vez mais estamos encarando a loja como uma mídia e que, é preciso trabalhar fortemente a personalidade dela.
Em seguida também tive oportunidade de falar com o André Mafra, gerente de operações de marketing da Dufry, dona das lojas DutyFree no Brasil.
D: O que você achou da Globalshop?
A: Achei muito interessante pelas tendências e novidades que estamos buscando para o nosso negócio. Principalmente esse ano, que estamos revendo todo o nosso espaço de venda e comunicação, inclusive porque a evolução e a interatividade no PDV estão sendo tratadas como uma alavanca de crescimento para o negócio. Não só vimos novidades na área de marketing, como também estamos levando idéias para as outras áreas da empresas como logística e compras.
D: O que você viu de interessante na feira?
A: A digital signage é a parte que estávamos mais interessados e acho que ela veio para ficar. A integração da mídia é um ponto muito importante, ela está deixando de ser estática é se tornando interativa. Isso é uma coisa que vi em toda a feira.
D: Como isso pode contribuir para o seu negócio?
A: Basicamente a realidade de nossas lojas hoje é estática e queremos que ela deixe de ser, principalmente na parte de material promocional. Pretendemos ainda esse ano avançar nesse sentido em todas as nossas lojas.
Mundo do Marketing - Delyse Braun, Direto dos EUA - 24/3/2008
D: O que você achou da Globalshop?
G: Cada vez que venho a Globalshop percebo uma evolução das coisas em relação ao ano anterior, eventualmente se observa algum salto, mas isso não é comum. O que pude observar esse ano como fator predominante foi o grande desenvolvimento na parte da interatividade da digital signage. É uma feira que cada vez está maior e mais integrada e com isso, se observa a importância que esse tipo de negócio está tendo no Brasil e aqui nos EUA.
D: O que você viu de interessante na feira?
G: Eu pude observar o implemento dessa interatividade tecnológica como forma de mídia. Por exemplo, com as mesas de touchscreen temos a possibilidade de comparar e escolher determinados produtos por suas características técnicas e em seguida, ver a resposta numa tela de 42 polegadas. Outra coisa interessante que pude observar foi a utilização do uso do papelão em diferenciadas formas, principalmente em formas de curvas, pois aqui nos EUA eles fazem muito bem esse tipo de uso do papelão. Eles integram o papelão com outros acessórios e materiais que fazem com que a percepção de valor daquela peça fique muito alta.
D: Resumidamente, como você denominaria a GlobalShop?
G: Eu diria que foi uma feira de fortalecimento do negócio e do fortalecimento da mídia no ponto de venda. Cada vez mais estamos encarando a loja como uma mídia e que, é preciso trabalhar fortemente a personalidade dela.
Em seguida também tive oportunidade de falar com o André Mafra, gerente de operações de marketing da Dufry, dona das lojas DutyFree no Brasil.
D: O que você achou da Globalshop?
A: Achei muito interessante pelas tendências e novidades que estamos buscando para o nosso negócio. Principalmente esse ano, que estamos revendo todo o nosso espaço de venda e comunicação, inclusive porque a evolução e a interatividade no PDV estão sendo tratadas como uma alavanca de crescimento para o negócio. Não só vimos novidades na área de marketing, como também estamos levando idéias para as outras áreas da empresas como logística e compras.
D: O que você viu de interessante na feira?
A: A digital signage é a parte que estávamos mais interessados e acho que ela veio para ficar. A integração da mídia é um ponto muito importante, ela está deixando de ser estática é se tornando interativa. Isso é uma coisa que vi em toda a feira.
D: Como isso pode contribuir para o seu negócio?
A: Basicamente a realidade de nossas lojas hoje é estática e queremos que ela deixe de ser, principalmente na parte de material promocional. Pretendemos ainda esse ano avançar nesse sentido em todas as nossas lojas.
Mundo do Marketing - Delyse Braun, Direto dos EUA - 24/3/2008
As tendências do merchandising 2008
A cada ano o ponto-de-venda ganha mais importância dentro da estratégia de marketing da indústria e do varejo. Em uma entrevista feita na Globalshop em Chicago, o presidente do POPAI Brasil, Chan Wook Min, fala o que achou da feira e ressalta as tendências de mercado.
A feira
Ao logo dos anos freqüentando a Globalshop, percebo que existem aquelas tendências que vingam, ou seja, o que funciona continua e uma pequena parte, em torno de 20%, evolui. A tecnologia e a nova empregabilidade dessa tecnologia é um bom exemplo dessa evolução. É preciso olhar com muita atenção para essa evolução, se não vai parecer que não tem nada de novo. Os outros 80% da feira, é igual ao do ano passado. O que se observa é a confirmação da continuidade de alguns trabalhos que estão dando certo.
Quais as tendências observadas por você?
1- Design – a feira trouxe a convicção de que o design vende, isto é, uma loja agradável, um display atraente e o ambiente confortável, sem dúvida ajuda a vender. Atualmente existe um design mais modal que precisa ser acompanhado, hoje se percebe uma presença maior de madeiras mais escuras com cantos mais vivos, diferente do passado, que eram utilizadas cores de madeiras claras com curvas mais suáveis. Outro ponto que também percebi, foi à volta do brilho, se falou por muito tempo em fosco e hoje percebo a volta do brilho em termos de design em geral.
Outra característica observada foi o design ecologicamente correto, antes era apenas uma postura ecologicamente correta, hoje você olha e percebe o cuidado com a questão da sustentabilidade, do verde. Isto já está inserido dentro do design, não estou falando somente de comunicação visual, mas sim da matéria prima que foi utilizada para desenvolver aquele design.
A evolução da aplicabilidade da tecnologia aliada ao design é outra tendência forte, está inserida nos 20% da evolução que falo acima. É preciso transformar a tecnologia em produto atraente para o consumidor, torná-la esteticamente atraente. Essa tecnologia tem que se tornar amigável e acessível ao cliente para que o ajude na decisão de compra.
2- Tecnologia – Atualmente a tecnologia tem evoluído para diversos formatos e aplicabilidade e também para diversos sistemas, esses sistemas estão ligados diretamente a interatividade com o consumidor. A digital signage vem evoluindo cada vez mais, não somente na parte de hardware, mas também em software, isto é, na inteligência, ficando mais interativa com o consumidor.
3- Iluminação – é um ponto que vem evoluindo bastante, tanto na Euroshop quanto na Globalshop percebi uma presença grande dessa evolução. A preocupação de iluminar melhor e corretamente, aliada a evolução do LED (micro lâmpadas) e o seu barateamento, tem criado diversas possibilidades de aplicação. Como a lâmpada é muito pequena, pode ser usada em prateleiras que antes não eram iluminadas e com isso fazer toda a diferença.
4- Experiência – continua sendo uma grande tendência. Causar experiência no consumidor, esta cada vez mais forte. O consumidor precisa de experiência positivas.
Outra tendência é o marketing de aroma, acredito que vai dar um salto por conta da experiência. Este foi um tema falado tanto na Euroshop quanto na Globalshop.
Diante dessas tendências, como anda o mercado brasileiro?
No Brasil, o marketing de aroma já esta acontecendo em alguns pontos, mas ainda tímido. No que diz respeito à iluminação, estamos atrasados. Na parte de tecnologia estamos caminhando em bons passos. Em design estamos bem avançados e em experiência, ainda vamos evoluir muito.
Qual a principal diferença entre o mercado brasileiro, o europeu e o americano?
Os Estados Unidos e a Europa têm um maior mercado, por isso uma maior escala e conseqüentemente um maior investimento. Porém a característica maior do mercado americano é que eles seguem um padrão, produzem por escala. Já o Europeu mantém a produção mais individualizada e personalizada.
O Brasil segue um pouco a personalização da Europa e a produção do modelo americano, o que acaba não ficando tão bom. A relação entre cliente e fornecedor no Brasil não existe confiabilidade, o que acaba também prejudicando um pouco o bom desempenho.
Como anda o mercado brasileiro, europeu e o americano na questão do Green?
Na Europa está evoluído, nos EUA está acontecendo e no Brasil ainda é bastante tímido. O engraçado é que quem está de fora tem a impressão que o Brasil é ecologicamente correto, mas não é. Muitas pessoas não levam a sério, até porque de alguma forma, é mais caro ser ecologicamente correto. Depende se as pessoas estão dispostas a pagar. A tendência é que todos se tornem ecologicamente correto, acredito que veio para ficar. Inclusive esse ano o POPAI vai lançar um display ecologicamente correto.
Mundo do Marketing - Delyse Braun, Direto dos EUA - 7/4/2008
A cada ano o ponto-de-venda ganha mais importância dentro da estratégia de marketing da indústria e do varejo. Em uma entrevista feita na Globalshop em Chicago, o presidente do POPAI Brasil, Chan Wook Min, fala o que achou da feira e ressalta as tendências de mercado.
A feira
Ao logo dos anos freqüentando a Globalshop, percebo que existem aquelas tendências que vingam, ou seja, o que funciona continua e uma pequena parte, em torno de 20%, evolui. A tecnologia e a nova empregabilidade dessa tecnologia é um bom exemplo dessa evolução. É preciso olhar com muita atenção para essa evolução, se não vai parecer que não tem nada de novo. Os outros 80% da feira, é igual ao do ano passado. O que se observa é a confirmação da continuidade de alguns trabalhos que estão dando certo.
Quais as tendências observadas por você?
1- Design – a feira trouxe a convicção de que o design vende, isto é, uma loja agradável, um display atraente e o ambiente confortável, sem dúvida ajuda a vender. Atualmente existe um design mais modal que precisa ser acompanhado, hoje se percebe uma presença maior de madeiras mais escuras com cantos mais vivos, diferente do passado, que eram utilizadas cores de madeiras claras com curvas mais suáveis. Outro ponto que também percebi, foi à volta do brilho, se falou por muito tempo em fosco e hoje percebo a volta do brilho em termos de design em geral.
Outra característica observada foi o design ecologicamente correto, antes era apenas uma postura ecologicamente correta, hoje você olha e percebe o cuidado com a questão da sustentabilidade, do verde. Isto já está inserido dentro do design, não estou falando somente de comunicação visual, mas sim da matéria prima que foi utilizada para desenvolver aquele design.
A evolução da aplicabilidade da tecnologia aliada ao design é outra tendência forte, está inserida nos 20% da evolução que falo acima. É preciso transformar a tecnologia em produto atraente para o consumidor, torná-la esteticamente atraente. Essa tecnologia tem que se tornar amigável e acessível ao cliente para que o ajude na decisão de compra.
2- Tecnologia – Atualmente a tecnologia tem evoluído para diversos formatos e aplicabilidade e também para diversos sistemas, esses sistemas estão ligados diretamente a interatividade com o consumidor. A digital signage vem evoluindo cada vez mais, não somente na parte de hardware, mas também em software, isto é, na inteligência, ficando mais interativa com o consumidor.
3- Iluminação – é um ponto que vem evoluindo bastante, tanto na Euroshop quanto na Globalshop percebi uma presença grande dessa evolução. A preocupação de iluminar melhor e corretamente, aliada a evolução do LED (micro lâmpadas) e o seu barateamento, tem criado diversas possibilidades de aplicação. Como a lâmpada é muito pequena, pode ser usada em prateleiras que antes não eram iluminadas e com isso fazer toda a diferença.
4- Experiência – continua sendo uma grande tendência. Causar experiência no consumidor, esta cada vez mais forte. O consumidor precisa de experiência positivas.
Outra tendência é o marketing de aroma, acredito que vai dar um salto por conta da experiência. Este foi um tema falado tanto na Euroshop quanto na Globalshop.
Diante dessas tendências, como anda o mercado brasileiro?
No Brasil, o marketing de aroma já esta acontecendo em alguns pontos, mas ainda tímido. No que diz respeito à iluminação, estamos atrasados. Na parte de tecnologia estamos caminhando em bons passos. Em design estamos bem avançados e em experiência, ainda vamos evoluir muito.
Qual a principal diferença entre o mercado brasileiro, o europeu e o americano?
Os Estados Unidos e a Europa têm um maior mercado, por isso uma maior escala e conseqüentemente um maior investimento. Porém a característica maior do mercado americano é que eles seguem um padrão, produzem por escala. Já o Europeu mantém a produção mais individualizada e personalizada.
O Brasil segue um pouco a personalização da Europa e a produção do modelo americano, o que acaba não ficando tão bom. A relação entre cliente e fornecedor no Brasil não existe confiabilidade, o que acaba também prejudicando um pouco o bom desempenho.
Como anda o mercado brasileiro, europeu e o americano na questão do Green?
Na Europa está evoluído, nos EUA está acontecendo e no Brasil ainda é bastante tímido. O engraçado é que quem está de fora tem a impressão que o Brasil é ecologicamente correto, mas não é. Muitas pessoas não levam a sério, até porque de alguma forma, é mais caro ser ecologicamente correto. Depende se as pessoas estão dispostas a pagar. A tendência é que todos se tornem ecologicamente correto, acredito que veio para ficar. Inclusive esse ano o POPAI vai lançar um display ecologicamente correto.
Mundo do Marketing - Delyse Braun, Direto dos EUA - 7/4/2008
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