segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sadia fecha compra da Excelsior Alimentos por R$ 6,6 milhões

Valor Econômico - 26/06/08

SÃO PAULO - A Sadia anunciou hoje a conclusão do compromisso de compra firmado em 18 de janeiro com os sócios cotistas da Baumhardt Comércio e Participações, controladora da Excelsior Alimentos.Pelo controle da companhia gaúcha, com sede em Santa Cruz do Sul, a Sadia pagou R$ 6,6 milhões, e levou um parque industrial abrangendo uma fábrica de produtos alimentícios, com frigorífico próprio.Segundo comunicado da Sadia, a Excelsior tem capacidade anual de produção de 16,2 mil toneladas de produtos industrializados, 320 empregados diretos e o seu faturamento bruto de 2008 deverá atingir cerca de R$ 61 milhões.

Pelos termos do acordo, por R$ 5,425 milhões a Sadia levou 73,9% do capital da Baumhardt Comércio e Participações, empresa que detém 80,0% das ações ordinárias e de 43,67% do capital social da Excelsior Alimentos S.A.. Do total pago, R$ 969 mil ficaram retidos em uma conta depósito para garantia de futuras contingências.A Sadia também pagou outros R$ 1,218 milhão por 271.945 ações ordinárias de emissão da Excelsior, representativas de 9,1% do capital total e 16,6% do capital votante da companhia, de acionistas relacionados.

O preço pago por cada uma dessas ações foi de R$ 4,84, o que representa 80% do preço por ação pago aos sócios da Baumhardt.A Sadia também informou que submeterá à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registro para oferta pública obrigatória para aquisição de ações ordinárias da Excelsior que estão em circulação. O preço será de R$ 4,48 por ação, valor equivalente a 80% do preço de R$ 5,60, por ação, pago aos sócios da Baumhardt.

Nova tributação do setor de bebidas vale a partir de 2009


Valor Online - Arnaldo Galvão - 30/06/2008

Na sexta-feira, apenas dois dias depois de sancionar a Lei 11.727 (uma conversão da MP 413), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou outra Medida Provisória, a 436, mudando a tributação do setor de bebidas que constavam da lei e adiando sua entrada em vigor para 2009. Nos dias 25 e 26 de maio, a base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e das contribuições PIS e Cofins de cervejas e refrigerantes passou a considerar a quantidade fabricada e também os preços no varejo. Com a MP 436, a cobrança terá a influência de, no máximo, quatro faixas de preços.

O impacto da MP 436, segundo segmentos afetados pelos novos dispositivos, pode ser entendido por meio do exemplo das cervejas vendidas em garrafas retornáveis de 600 ml (67,6% do mercado em 2007, segundo a Nielsen).

Os preços vão de R$ 1,76 a R$ 2,40, o que dá uma média de R$ 2,08. Segundo essas normas, a empresa que consegue oferecer preço mais baixo que a média pagará tributos federais como se cobrasse R$ 2,08 pela garrafa. Quem tem preços mais altos que os R$ 2,08 tem vantagem, porque a margem de lucro das bebidas é muito pequena. Nesse exemplo, a cervejaria que pode trabalhar com preço de R$ 1,76 teria uma carga 18,18% maior. Do outro lado, os que têm preço de R$ 2,40 ficariam com carga 15,38% menor. De acordo com a Lei 11.727, não havia a limitação de apenas quatro faixas de preços, o que trazia proporcionalidade entre preço e tributo. Quanto menor o preço, menor a carga de impostos.

O secretário-adjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirma que a decisão de publicar a MP 436 foi "eminentemente política". No aspecto técnico, ele contesta a crítica dos que estão contrariados. Na sua avaliação, a regulamentação poderá ter até quatro faixas de preços, mas elas vão obedecer ao critério do tipo de vasilhame. Nessa interpretação, o segmento das garrafas retornáveis de 600 ml terá até quatro faixas de preços. Barreto procurou ressaltar que as mudanças entram em vigor em janeiro de 2009, o que preserva o planejamento das empresas para este ano. Ele admitiu que a MP 436 pode significar, em alguns casos, aumento da carga tributária para os fabricantes de bebidas.

Para Barreto, outro ponto que deve ser ressaltado na MP é a norma que obriga as indústrias a instalarem medidores de produção. Mais sofisticados que os atuais medidores de vazão, eles vão identificar quantidade, tipo de produto, marca e embalagem. O objetivo é fechar o cerco aos sonegadores. O setor de bebidas pagou R$ 3,1 bilhões nos recolhimentos de IPI, PIS e Cofins no ano passado.

Nesse cenário de conflitos, a briga dos "lobbies" do mercado de cervejas e refrigerantes pode trazer dificuldades para o governo nas votações da Câmara. Na semana que vem, deve ser votado o último destaque da CSS, o novo imposto do cheque que resgata a extinta CPMF. Os outros três destaques foram aprovados por diferenças muito pequenas de votos. Na Câmara, foi fácil a aprovação das emendas à MP 413 que mudaram a tributação das bebidas: 277 votos contra 73. Portanto, a MP 436 significa a desgastante volta de um assunto que já tinha sido apreciado pelos deputados.

São muitos os personagens dessa disputa e alguns parlamentares têm interesse direto no assunto porque também são empresários do setor. Um dos vice-líderes do PMDB, Tadeu Filipelli (DF), é dono da pequena Refrigerantes Cerradinho. Seu colega de bancada do DF, Osório Adriano (DEM) é fabricante de Coca-Cola. Nelson Marquezelli (PTB-SP) é distribuidor de produtos AmBev no interior paulista. No Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) é dono da Norsa, fabricante da Coca-Cola para quatro Estados: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. César Borges (DEM-BA) é distribuidor Coca-Cola. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Coca-Cola e AmBev são tradicionais financiadoras de campanhas no Congresso. Em 2006, a Fratelli Vita, controlada pela AmBev, doou R$ 5,5 milhões. A Recofarma (Coca-Cola) gastou R$ 1,8 milhão. O PMDB de Roraima recebeu doação de R$ 150 mil da Fratelli Vita. A Schincariol também desembolsou R$ 1,7 milhão naquele ano.

Nos bastidores da reviravolta representada pela publicação da MP 436, na sexta-feira, os personagens que mais atuaram foram o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e Tasso Jereissati. Falta saber por quê. O governo não explicou as razões pelas quais Lula sancionou a Lei 11.727 numa terça-feira e dois dias depois assinou a MP 436.

Jucá e outros senadores teriam dito, em 28 de maio, que o plenário aprovaria a conversão da MP 413 sem alterações para evitar que a matéria voltasse à Câmara. Afinal o governo tinha todo o interesse na rapidez da confirmação, pelo Congresso, do aumento de 9% para 15% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras. Essa elevação já constava do texto original da MP 413, em 3 de janeiro. De acordo com essa versão que muitos atribuem a Jucá, a aprovação do projeto naquela noite estava condicionada ao posterior veto da mudança na tributação das bebidas.

Mas a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), desconhece esse acordo. Os fatos acabaram mostrando que algum ruído ocorreu, porque o presidente Lula sancionou a Lei 11.727. "Foi uma grande queda de braço. Acompanhei a pressão dos senadores Jucá, Tasso e César Borges, mas seria muito desgastante para o governo vetar uma emenda que tinha sido apoiada pela Receita", revela.

De acordo com a versão dos que criticam a mudança na tributação das bebidas - emenda no projeto de conversão da MP 413 - a matéria é muito complexa e merecia ser amplamente debatida no Congresso e na sociedade. Afinal, estão em jogo normas que afetam emprego, atividade e inflação. Além disso, toda a discussão sobre tributos indiretos tem de levar em conta que eles são pagos pelo consumidor.

A assessoria da AmBev limitou-se a informar que a empresa "sempre cumpriu e sempre cumprirá a legislação tributária". O Valor procurou ouvir os senadores Romero Jucá e Tasso Jereissati, mas não obteve comentário. O mesmo ocorreu com os representantes da Coca-Cola.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

ANHEUSER REJEITA PROPOSTA E INBEV PREPARA OFERTA HOSTIL

Valor Online - 27/06/08

A cervejaria americana Anheuser-Busch (AB) rejeitou formalmente na noite de hoje a proposta de compra não solicitada no valor de US$ 46,3 bilhões feita pela InBev. Em carta enviada para a direção da empresa belgo-brasileira e divulgada ao mercado, o executivo-chefe da AB, August A. Busch IV, diz que o conselho de diretores considerou a proposta "inadequada" e afirma que ela "não atende aos melhores interesses dos acionistas". Prevendo a rejeição, a InBev já se prepara para direcionar a proposta diretamente aos acionistas, tornando a oferta hostil.

"O conselho da Anheuser-Busch acredita que o preço que foi proposto subestima substancialmente a empresa, seus ativos-chave e suas perspectivas", diz a carta de Busch IV, ressaltando a liderança das marcas Bud Light e Budweiser, respectivamente a primeira e a segunda marca de cerveja mais vendida no mundo.

A empresa dos EUA diz ainda que contou com a consultoria de analistas financeiros e legais independentes para tomar sua decisão. No dia 11 de junho, a InBev se propôs a pagar US$ 65 por ação da Anheuser-Busch em dinheiro e já obteve garantia de financiamento de ao menos US$ 40 bilhões com um grupo de bancos para custear a aquisição.

A cervejaria belgo-brasileira argumenta que o valor representa um prêmio de 35% sobre o preço da ação da empresa americana antes do início dos boatos sobre a proposta de compra e que supera em 18% o pico histórico atingido pela ação.

Em carta endereçada a Carlos Brito, executivo-chefe da InBev, Busch IV diz que entende o ponto de vista da cervejaria belgo-brasileira, que estaria se aproveitando de um momento de dólar fraco e do mercado acionário dos EUA em baixa para fazer a proposta de compra. Mas diz que, do ponto de vista do acionista da Anheuser-Busch, a transação com a InBev significaria perder o "ganho maior que ele pode obter com o plano estratégico de crescimento da companhia".

Mesmo rejeitando a oferta, o executivo-chefe da AB deixa claro que o conselho está aberto para discutir "qualquer alternativa estratégica que seja do interesse dos acionistas da empresa", dando a entender que avaliaria uma proposta mais alta.

Na despedida da carta, Busch IV faz uma provocação em tom de brincadeira a Brito. "Como você disse, você sonha grande. Nós (diretores da Anheuser) respeitamos seu desejo de expandir sua companhia. Mas o seu crescimento não deve ser feito às custas dos nossos acionistas".

Já se antecipando a uma recusa da Anheuser, a InBev informou hoje que recorreu à justiça do estado americano de Delaware em busca de declarações que permitam "rotas alternativas" no processo que assegurem que os acionistas da Anheuser-Busch preservem seu poder de decisão sobre a oferta. Ela quer uma declaração legal de que os acionistas da AB podem remover sem justa causa todos os 13 diretores da empresa, mediante um pedido por escrito.

Segundo a InBev, o estatuto da companhia americana e a lei do estado já deixam claro que os oito diretores eleitos após 2006 podem ser destituídos. A intenção do processo é confirmar a avaliação da InBev de que os cinco diretores escolhidos antes de 2006 também podem ser afastados sem justa causa se os acionistas assim decidirem e manifestarem por escrito.

O QUE OS FUNDOS VIRAM NESSE MOÇO?



REVISTA ISTO É DINHEIRO - 27/06/08

NOS ÚLTIMOS MESES, ALEXANDRE TADEU Costa, dono da Cacau Show, tem recebido constantes ligações de investidores, nacionais e estrangeiros. Não se trata de uma novidade. "Já conversei com dezenas deles. De cada cinco, ouço um. Eles insistem, mas eu digo que não me interessa fazer negócio", afirma ele. Logo na primeira conversa telefônica, Costa apresenta a empresa ao interessado. "Temos 416 lojas, faturamento de R$ 100 milhões e cada centavo investido vem do nosso bolso. Nem dinheiro do BNDES nós temos. E não precisamos de qualquer sócio por aqui." É um balde de água fria nos planos dos fundos de investimento.

Em geral, esses fundos funcionam como uma espécie de pronto-socorro de companhias em crise. Injetam dinheiro nelas, põem a gestão de cabeça para baixo e, quando a operação deslancha, recuperam o investimento com IPOs milionários.

A questão é que também há gente pronta para investir em negócios sadios e uma sociedade com a Cacau Show cairia como uma luva. "Estamos pensando se um IPO pode ser interessante. É possível que, antes disso, o negócio tome outro rumo", diz. É o que se comenta no mercado. A maior rede brasileira de chocolates finos pode se expandir por meio de uma aquisição ou fusão.

A aposta do momento é a Casa Suíça, fabricante de bolos coligada à Wickbold, e vizinha de fábrica da Cacau Show, em Itapevi (SP). A Casa Suíça fabricou os 500 mil panetones vendidos pela Cacau Show no último Natal. "Já disse a eles que, quando chegarmos a um milhão, vou fazer o meu panetone", diz Costa. "A ampliação do portfólio de produtos deve acontecer. Tenho espaço para mais uma fábrica", diz ele, ao apontar para o amplo terreno vazio, ao lado da unidade de Itapevi.

O plano de expansão seria mais ambicioso do que ele ousa dizer. Quem o conhece garante que ele tem um desejo quase inconfessável. O empresário de 37 anos sonha em adquirir um dia a Kopenhagen. É isso mesmo: a marca de chocolates finos, com 231 lojas, crescimento acima de 230% em seis anos e comandada pela jovem Renata Vichi (que não pensa em se desfazer do negócio). "Quero fazer o meu jogo e, nele, estão previstas mil lojas e faturamento de R$ 300 milhões em 2010", desconversa Costa. Com a Kopenhagen, conseguiria atingir o consumidor de classe alta.

Com Renata à frente, a Kopenhagen chegou a ser a maior rede de franquias de chocolates finos do País. Em 2005, a empresa tinha 207 unidades e a Cacau Show (que abriu o primeiro ponto em 2001) somava 181 lojas. A virada aconteceu no ano seguinte e hoje a diferença é de 185 pontos de venda. "Eles não me incomodam. Basta ver o índice de mortalidade deles e a qualidade do chocolate. A minha concorrência é Godiva, Offner", diz Renata. Costa sai em defesa do negócio. "Temos os mesmos fornecedores. Dou o telefone para você confirmar", diz, sem se exaltar.

A tranqüilidade é a mesma com que ele fala de assuntos espinhosos, como os primeiros anos em que começou a tocar a empresa, criada numa sala de três metros por quatro, no escritório da família, na zona norte de São Paulo. De lá para cá, foram 20 anos (ele começou aos 16) e alguns quilinhos a mais. "Como chocolate o dia inteiro, mas não ando fazendo ginástica, sabe?", confidencia.

RESISTÊNCIA À AMBEV

27/6/2008 - Revista IstoÉ Dinheiro

EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, A 440 quilômetros da capital paulista, não é exagero dizer que quase todos da cidade já experimentaram o guaraná Cotuba, fabricado pela Arco-Íris. Nem mesmo a força crescente de gigantes como AmBev e Coca-Cola foi capaz de derrubar essa tradição. Com atuação no noroeste do Estado de São Paulo, no Triângulo Mineiro, em Mato Grosso do Sul e Goiás, a empresa se mantém no mercado há 50 anos e acaba de expandir suas atividades para Campinas e Ribeirão Preto. "Por enquanto, nosso foco é o interior, porque na capital a concorrência é muito acirrada. Mas estamos ensaiando algumas ações por lá também", revela o diretor- geral, Ademar Watanabe.

Em 2007, a ArcoÍris gerou uma receita bruta de R$ 36 milhões com produção de 35 milhões de litros. Neste ano, Watanabe quer faturar R$ 38 milhões. E conta com algumas estratégias, tendo, principalmente, o Cotuba na linha de frente, que corresponde a 60% da receita, além de outros produtos como vinagre, destilados, groselha e até água. Uma delas é o aumento da exportação. Há dez anos, a Arco-Íris exporta o Cotuba para o Japão e o guaraná concentrado para a Costa Rica. No ano passado, recebeu o convite para atender os Emirados Árabes.

A fórmula para obter sucesso na exportação, ele credita ao "gosto de saudade que o guaraná causa a quem o experimenta". "Nossa exportação começou a pedido dos migrantes japoneses do interior que sentiam falta do sabor do Cotuba no Japão. Hoje, atendemos 300 mil brasileiros residentes naquele país. E é com este mote que vamos expandir nosso mercado."

Curso de Marketing de Relacionamento Interno


Aplicação do marketing de relacionamento junto ao público interno - funcionários, colaboradores e parceiros

Marketing de Relacionamento consiste na gestão do relacionamento da organização com seus diversos públicos. E um dos públicos fundamentais para qualquer negócio é o público interno, formado por funcionários, colaboradores e parceiros terceirizados. Fundamental porque nenhuma estratégia de marketing de relacionamento externo, para clientes corporativos e consumidores finais, se sustenta sem uma boa base de relacionamento interno.

O Curso de Marketing de Relacionamento Interno apresenta conceitos, ferramentas e métodos para a melhor gestão de pessoas sob essa ótica – a valorização das relações internas. Pessoas formam a base das organizações e detêm a capacidade para inovar em novos processos, aumentar a produtividade e gerar resultados tangíveis pela força do trabalho em grupo e colaborativo. Apesar de as relações de poder formal existirem, representadas pelo organograma, seus cargos e responsabilidades individuais, o público interno sempre desenvolve, com ou sem influência da gestão, o poder informal por meio de grupos também informais. Pessoas não são indivíduos isolados numa empresa, elas interagem e criam relações de troca de conhecimento, experiência e processos de trabalho. Cabe à organização preocupada com a performance de suas pessoas direcionar esforços também para a gestão do relacionamento interno – influindo, assim, nas relações de poder e troca, e na capacidade inovadora do grupo.

Coordenado pelo prof. Marcelo Miyashita, o curso aborda os principais temas que precisam ser desenvolvidos por aqueles que atuam ou buscam desenvolver carreira nas áreas de Recursos Humanos, Comunicação Interna e Endomarketing®.

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quarta-feira, 25 de junho de 2008

FOCO NO VAREJO - Gouvea de Souza

A informalidade asfixia o varejo legal

Marcos Gouvêa de Souza
http://www.gsmd.com.br/

Dependendo da fonte consultada, a informalidade no Brasil será estimada entre 19 e 40%, porém existe consenso que o varejo está entre os setores onde esse percentual e o dano são maiores.

O crescimento da carga tributária, reconhecida pelo governo como de 37,7 % do PIB, aliado à redução do emprego formal, não reconhecida pelo Ministro do Trabalho, e mais a conivência disfarçada com a ilegalidade, são elementos do mesmo cenário, que asfixiam o crescimento das empresas legais, em especial no varejo.

O IFC - International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, em amplo estudo sobre a correlação entre renda per capita e grau de informalidade estima, que no Brasil, esse percentual é de 39,8% do PIB.

O IBGE, com metodologia significativamente diferente, avalia que a informalidade no país esteja próxima dos 19%. O McKinsey Global Institute também estima que a informalidade no Brasil seja de 40% e, adicionalmente, em recente estudo divulgado, aponta que esse problema é um dos responsáveis pelo crescente distanciamento do país em relação a outras economias.

Por esse estudo, comparando a evolução do PIB per capita, em bases PPP (Purchasing Power Parity), no período de 1995 a 2004, se percebe como o país regrediu em relação a outras economias. Nessas bases, em 95, o PIB per capita brasileiro representava 23% do norte-americano. Em 2004 caiu para 21%.

Em relação a Portugal, de forma mais dramática, no mesmo período, caiu de 48 para 39%. E comparado com nosso vizinho sul-americano, o Chile, que enfrentou de forma mais decisiva esse problema, em 95 o PIB per capita brasileiro era de 84% do chileno e essa relação caiu para 76% em 2004.

A visão simplista, quase simplória, de que o país tem crescido, devido aos poucos anos de expansão econômica, como os que temos vivido, não ilude quem compara o cenário internacional e percebe que se aprofunda a distância entre outros países e o Brasil.

E a ilegalidade, travestida de informalidade, em especial no varejo, é uma das responsáveis por essa situação. Na raiz do problema está o crescimento do gasto público, que impõe crescimento tributário, não dividido de forma equânime e que sobrecarrega as empresas formais. A informalidade se torna então o caminho fácil para os que abrem mão da eficiência e do controle, para buscar a opção do crescimento pela sonegação.

Não se trata da sobrevivência, mas do crescimento, pois na sua maioria, essas empresas têm crescido mais do que a média setorial, aproveitando a conivência dos que teriam por obrigação combater essa prática.

O que se percebe é que mais fácil tentar aumentar tributos do que enfrentar a ilegalidade.
Ao menos era. Aparentemente a sociedade deu um basta a essas tentativas e não será mais viável o aumento da carga tributária.

Ficam então dois caminhos.

Aumentar a base tributária, o que significaria ter que enfrentar a informalidade, ou reduzir os gastos públicos.

A redução e modernização do Estado, redesenhado com uma visão empresarial que permitisse a redução da carga tributária e, naturalmente viabilizasse a conversão de informais em formais, é o sonho de quem consegue enxergar além da cortina de fumaça que se criou com o discurso governamental. Alguns caminhos já foram tentados e mostram sua viabilidade.

Em São Paulo e Minas Gerais foram feitos acordos setoriais, com redução da carga tributária, que aumentou o número de contribuintes e a arrecadação, reduzindo a informalidade.
Em São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, foram criadas alternativas para apoio ao desenvolvimento de centrais de negócios, que também é um caminho natural para a conversão de informais em formais no varejo.

Mas tudo isso é pouco e exceção.

O enfrentamento da ilegalidade no varejo, que inibe a expansão, o crescimento, o aumento do emprego formal e a geração de novos empregos, deveria ser um ato de coragem de quem governa porque, infelizmente nesse tema, pouco pode ser feito pela sociedade organizada.
O varejo brasileiro tem dado mostras relevantes de sua competência estratégica, técnica, operacional e conceitual, competindo no cenário global e recebido prêmios e reconhecimento por isso e, só não faz muito mais nesses aspectos, por que enfrenta e tem sido asfixiado pela concorrência desigual dos informais.

Para pensar além do momento.

Cartões de lojas movimentam R$ 44 bilhões

Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC - 22/06/08

"Você tem o cartão da loja?" Essa é a pergunta que o motorista José Geraldo dos Santos, 40 anos, ouve toda vez que vai pagar pela compra de um produto. Considerados ferramenta de fidelização de clientes, os cartões próprios estão presentes em quase todos os setores de venda varejista, como hipermercados, lojas de departamento, material para construção e farmácias. "Todo mundo tem na carteira um, dois ou três cartões de loja. É facilidade para a gente", avalia o motorista.

Comum entre os brasileiros, em 2007, os cartões próprios das lojas - também chamados de private labels - movimentaram R$ 44 bilhões em todo o País. Foram 800 milhões de transações realizadas por 144 milhões de plásticos, quase um por habitante. O último levantamento da Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) mostra que entre janeiro e abril deste ano, foram emitidos 8 milhões de unidades, totalizando 152 milhões de cartões com a marca de lojas.

O sucesso do cartão está nas facilidades oferecidas no momento da compra, como a pré-aprovação de crédito e a possibilidade de ter até 40 dias para o pagamento à vista e sem juros. A possibilidade de parcelar em maior número de vezes do que com o cartão de crédito ou cheque também estimula o consumo. "Sempre que compro um eletroeletrônico uso o cartão da loja, porque posso pagar em mais vezes sem juros", comenta a aposentada Vilma Ribeiro, de 58 anos.

De olho neste nicho de mercado, a Coop lançou o cartão próprio em julho de 2006. Hoje, a empresa acumula 250 mil cartões em sua base de clientes. A gestora de cartões da Coop, Maria de Lourdes Basso Moreno, afirma que a medida também reduziu o número de operações com cheques, que, até então, representavam 40% dos pagamentos.
Em dois anos, os cartões já respondem por 14% de participação nas vendas e a utilização do cheque caiu para 25%. "Nossa meta é que as compras com nosso private label representem 20% das transações até o fim do ano".

Na avaliação da gestora, a preferência por este meio de pagamento é resultado da conveniência do parcelamento. O hipermercado Carrefour dispõe de cartões próprios desde 1989 e já acumula 8,5 milhões de cartões emitidos. A meta é atingir a marca de 10 milhões em 2009.

Para administrar esse segmento, o grupo, um dos pioneiros na oferta do serviço, criou uma operadora própria. A missão da administradora é definir condições, prazos e demais serviços que serão oferecidos com os cartões.

Segundo o Carrefour, o mercado de private label tem como diferencial a possibilidade de atingir todas as classes sociais. A perspectiva de fidelização também atraiu outros ramos do comércio varejistas. Entre eles, as lojas de material de construção como a Dicico. A empresa já emitiu mais de 150 mil cartões com a sua marca desde o lançamento do serviço há dois anos. Uma das vantagens oferecidas aos clientes é o parcelamento das compras em até 11 vezes sem juros.

Juros elevados - As muitas facilidades dos cartões, no entanto, muitas vezes escondem juros acima da média de mercado (veja o quadro com os juros cobrados pelas lojas).

Pesquisa mensal de juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) apurou que a taxa média de juros para pessoas físicas, em maio, ficou em 7,73% ao mês no cheque especial, 10,39% ao mês no cartão de crédito dos bancos e em 11,20% ao mês nos parcelamentos por financeiras.

Google oferecerá medidor de audiência

24/06/2008 - Meio & Mensagem

A empresa deve lançar uma ferramenta gratuita que medirá a utilização da internet e os websites visitados, para concorrer com as ferramentas comScore e Nielsen Online

O Google deve lançar nesta terça-feira, 24, um novo serviço que mede o uso da internet, com o objetivo de ajudar os publicitários a encontrar os melhores lugares para comprar anúncios online ao dizer-lhes quais websites seu público-alvo visita.A abordagem do Google pode representar uma grande ameaça aos modelos atuais de monitoramento do uso da internet, dizem executivos da área de publicidade.

As duas firmas de medição de rede que dominam o mercado (comScore e Nielsen Online) baseiam seus dados principalmente em painéis e sondagens, que os críticos dizem ser inconsistentes e incompletos.

O novo serviço se baseará principalmente em dados de servidores da web e será oferecido gratuitamente aos profissionais de marketing.

Com informações do The Wall Street Journal.

Fispal Food Service 2008 começou na segunda com área de exposição 40% maior


24/06/2008, Mais Comunicação

A feira foi aberta nesta segunda-feira, dia 23 e prossegue até o dia 26, mostrando os mais recentes lançamentos para o setor de alimentação fora do lar e competições como a II Copa Brasileira de Pizzarias, Gourmet Show e Copa Barista.

Com crescimento de 40% na área de exposição, em relação ao ano passado, a Fispal Food Service 2008 – patrocinada pela Ultragaz – foi aberta nesta segunda-feira, dia 23, no Expo Center Norte, em São Paulo. Maior feira da América Latina no setor de alimentação fora do lar, o evento prossegue até a próxima quinta-feira, dia 26, e deve receber cerca de 65 mil visitantes, interessados em conhecer produtos, equipamentos e serviços para bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, hotéis e todos os demais estabelecimentos focados na comercialização de alimentos prontos para consumo.

Durante a entrevista coletiva que marcou a abertura do evento, o secretário de Negócios Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Alfredo Cotait, destacou a importância das feiras de negócios para a economia da cidade e comentou que é intenção do prefeito Gilberto Kassab construir no bairro de Pirituba um grande centro de exposições, que pode vir a ser o maior do mundo, com cinco milhões de metros quadrados. Segundo Cotait, a proposta é inserir a capital paulista no circuito das grandes feiras internacionais, atraindo executivos e empresários de todo o mundo.

Flávio A. Corrêa, presidente da empresa promotora da Fispal Food Service – a Brazil Trade Shows (BTS) –, saudou a proposta e enfatizou a importância que o setor de feiras vem assumindo na economia brasileira. “Um exemplo é o surgimento da própria BTS, formada em 2007 com a aquisição – pelo fundo de investimento DLJ South América Partners – da Fispal e da Dipemar, duas grandes promotoras de feiras no setor de alimentos e bebidas. A chegada de investidores nesse mercado evidencia seu potencial de negócios e cria a oportunidade de modernizar um setor antes dominado por empresas familiares”, afirmou.

Para o diretor de Feiras da BTS, Marco Antonio Mastrandonakis, além do crescimento da área de exposição em relação ao ano passado, a Fispal Food Service deste ano apresenta também um número recorde de eventos paralelos, desenvolvidos com o objetivo de mostrar as novas tendências desse mercado e contribuir para a qualificação cada vez maior do operador do food service. “São mais de 50 atrações, entre seminários, palestras, apresentações e competições como o Gourmet Show, a II Copa Brasileira de Pizzarias e a Copa Baristas, no Espaço Café Brasil’, contou Mastrandonakis.

NOVA MÍDIA

O presidente da BTS, Flávio Corrêa, anunciou também o lançamento da revista Gourmet & Food Service, voltada para o debate das novas tendências da alimentação fora do lar e para a divulgação de informações úteis ao desenvolvimento dessa atividade. Segundo ele, com essa e as outras revistas que já edita (Leite & Derivados, Revista Nacional da Carne e Aqüicultura e Pesca), a BTS está trazendo para o mercado brasileiro de exposições o conceito de mainstream media. “As feiras são mídias presenciais, ambientes essenciais para os negócios, mas não devem se resumir aos quatro dias de exposição. Por isso, estamos desenvolvendo uma plataforma de conteúdo para divulgar os negócios do setor durante todo o ano”, explicou.

ESPAÇO CAFÉ BRASIL

Caio Alonso Fontes, diretor de Planejamento da Café Editora, parceira da BTS na promoção do Espaço Café Brasil, comentou durante a entrevista coletiva, que reuniu cerca de 35 jornalistas de diversos veículos de comunicação, que o Brasil deve se tornar o maior consumidor de café do mundo em 2010, saindo do terceiro lugar que ocupa hoje.

Segundo ele, a proposta do Espaço Café Brasil é estimular o desenvolvimento do mercado de café gourmet, de alta qualidade, que já vem crescendo em média 10% ao ano, enquanto o consumo de café comum cresce apenas de 2% a 4% ao ano. “O próprio Espaço Café Brasil, dentro da Fispal Food Service, é uma evidência desse crescimento. Em relação ao ano passado, tivemos um aumento de 100% na área de exposição, atingindo 3 mil metros quadrados e mais de 50 expositores”, contou ele.

ESPAÇO INOVAÇÃO

Uma das atrações deste ano é o Espaço Inovação (rua G/H – estande 169/170), que reúne os produtos mais inovadores apresentados pelos expositores na feira. Patrocinado pela Nestlé FoodServices, o estande expõe equipamentos de tecnologia avançada e produtos desenvolvidos para reduzir custos e tornar mais eficiente a operação de estabelecimentos voltados para a alimentação fora do lar.

Uma das novidades da Nestlé é o Ganache, uma mistura de chocolate com creme de leite que forma um creme ideal para recheios, coberturas e diversos tipos de sobremesa. A Maggi, por sua vez, tem como destaque dois novos temperos, além de uma nova embalagem para os outros produtos da linha.

De acordo com a assessoria de imprensa da Nestlé FoodServices, a participação em iniciativas como o Espaço Inovação é, para as áreas da indústria de alimentos voltadas para a alimentação fora do lar, o melhor meio de comunicação, pois é possível encontrar num mesmo local tanto novos como antigos clientes.

GOURMET SHOW

O restaurante Leopolldo, de São Paulo, foi o vencedor do primeiro dia de competição do Gourmet Show, evento patrocinado pela Nova Schin e pela Comgás, que dedicou a segunda-feira às receitas a base de carne, com patrocínio da Marfrig. Sob a supervisão do chef Laurent Suaudeau, estudantes de quatro faculdades de gastronomia e profissionais de restaurantes elaboraram receitas que depois foram submetidas à avaliação de um júri formado por especialistas como Betina Orrico (revista Cláudia Cozinha), Renato Carioni (restaurante Cantaloup), Eric Berland (Parigi) e José Barattino (Emiliano). Os restaurantes participantes da etapa de ontem, além do Leopolldo, foram o Estación Sur, Café Journal, Hotel Sofitel, Buffet Red Gastronomia (de São Paulo), Duo Bistrot (Criciúma – SC), Confraria do Sabor (Campos do Jordão – SP) e La Capannina (Recife – PE). Além deles participaram também equipes de alunos das faculdades Unip, Hotec, Anhembi-Morumbi e Senac-SP.

O chef Laurent Suaudeau, que foi um dos criadores do evento e voltou a coordená-lo este ano, depois de três anos afastado, participou também da entrevista coletiva de abertura da feira e destacou a importância da competição para o desenvolvimento do mercado de food service. Segundo ele, o Brasil tem muito a mostrar e os profissionais da área precisam ter mais apoio para divulgar a gastronomia brasileira no exterior.

PADARIA ALEMÃ
Alunos da Faculdade de Tecnologia em Hotelaria, Gastronomia e Turismo (Hotec) estão encarregados de demonstrar, durante os quatro dias da Fispal Food Service, as características e a riqueza da confeitaria nórdica, no estande da Padaria Alemã (rua I/J, 169/170), patrocinada pela Farinha São Jorge. Ali, sob a supervisão de professores, os alunos se revezam para produzir de hora em hora pães com farinhas especiais e doces como cucas, apfelstrudel ou sacher torte – torta com creme, frutas e geléia – para degustação.

Segundo Rubens de Carvalho Pinto, diretor da escola, a faculdade gravita em torno do turismo e da hospitalidade e nesse setor a gastronomia é básica. “A panificação alemã é a mais rica do mundo. Por isso fizemos questão de trazê-la para o Brasil com toda a sua riqueza adaptada aos nossos hábitos de consumo”, assinalou. Segundo ele, os cinco anos de participação na Fispal Food Service demonstram que as experiências merecem ser repetidas. “A feira é do nosso segmento e por isso queremos demonstrar aqui que a qualificação é o caminho e isso não tem retorno”, sustentou.

COPA DE PIZZARIAS

As pizzarias Micheluccio, de Piracicaba (SP); Di Mônaco, de Leme (SP); e Meime, de São Paulo (SP) foram as vencedoras da primeira semifinal da II Copa Brasileira de Pizzarias, realizada nesta segunda-feira na Fispal Food Service. As pizzas classificadas para a final foram a Filé Mignon com Shitake ao Balsâmico, da Micheluccio; a Sabores do Interior, da Di Mônaco (que inclui em sua receita ingredientes como abobrinha e cambuquira); e a Ibérica, da Meime (que usa, entre outros ingredientes, jamón pata negra, figos frescos e rúcula).

Doze pizzarias participaram da semifinal da II Copa Brasileira de Pizzarias, que escolherá na quinta-feira a Melhor Pizzaria do Brasil. O evento tem patrocínio nacional da Danúbio (marca do Grupo Vigor), do Grupo Ocrim (fabricante das farinhas Trigolar e Mirella), da Nacional Gás (armazenamento, envase e distribuição de GLP), da cerveja Nova Schin e da Tramontina, além do apoio da Granomaq (fabricante de fornos).

Estão participando da etapa final da competição 34 pizzarias, classificadas nas 10 etapas eliminatórias realizadas em todas as regiões do País, das quais participaram cerca de 200 estabelecimentos. O pizzaiolo representante do estabelecimento vencedor da competição ganhará uma viagem à Itália, com acompanhante.

SERVIÇO:

Food Service 2008
24ª Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar
Data: 23 a 26 de junho
Horário: das 13h às 21h
Local: Expo Center Norte – São Paulo

Deca amplia em 100% produção de louças sanitárias focando a classe C


Valor Online - Yan Boechat - 25/06/2008

Líder no mercado brasileiro de metais sanitários, a Deca, divisão de negócios da Duratex, agora se prepara para disputar o primeiro lugar com a espanhola Roca no segmento de louças sanitárias. Após adquirir a Ideal Standard e a pernambucana Cerâmica Monte Carlo por R$ 60 milhões cada uma, a companhia se diz pronta para ampliar a produção anual de louças sanitárias de 3,6 milhões de peças para 7,2 milhões de peças. "Continuaremos a dar foco ao mercado de luxo, mas nossa expansão passa obrigatoriamente pela classe C", afirma Raul Penteado, diretor geral da Deca.

Dona de 19% do mercado de louças sanitárias, a Deca decidiu apostar em uma expansão rápida neste setor no início do ano passado, quando ficou claro que o acesso ao crédito imobiliário para a classe C se tornaria mais amplo e as taxas de juros reais ficariam em apenas um dígito. A companhia cogitou a idéia de construir novas unidades produtivas, mas pelo fato de estar atuando perto de sua capacidade optou pelas aquisições. "Com as unidades que estão sendo agregadas à companhia nossa participação de mercado será de mais de 30% quando todas as novas fábricas estiverem completamente operacionais", diz o executivo. A Roca, dona da Incepa e da Celite, tem algo próximo a 40%.

Com as aquisições, a Deca incorporou três novas fábricas. Uma em Jundiaí (SP), uma em Queimados (RJ) e uma terceira que pertencia a Monte Carlo em Cabo de Santo Agostinho (PE). Juntas, as três unidades fabris têm uma capacidade de produção da ordem de 3,2 milhões de peças ao ano. Neste momento a antiga fábrica da Ideal Standard em Queimados não está operando. "Começaremos lá no ano que vem e vamos expandindo a produção de acordo com o aquecimento da demanda."

Assim como tem acontecido nas outras unidades da Deca nos últimos três anos, boa parte do que sair dos fornos dessas novas fábricas terão como destino os consumidores da classe C, responsáveis, segundo Raul Penteado, pela melhora na rentabilidade da Deca nos últimos anos. Desde que percebeu que haveria uma explosão no consumo no segmento econômico, a Deca iniciou um processo amplo de renovação de seu mix de produtos. A companhia investe cerca de R$ 25 milhões anuais em desenvolvimento e nos últimos três anos mais de 50% desse valor têm sido destinado ao segmento econômico. Dos mais de 200 novos produtos que colocou no mercado desde 2006, mais de 70% deles foram destinados à classe C. "É impossível crescer sem olhar para esse segmento, as margens são menores, mas é dele que vem a escala", diz.

Um dos primeiros negócios do engenheiro Olavo Setubal, criada em 1947, a Deca hoje é uma forte divisão da Duratex, subsidiária da holding Itausa que atua também no segmento de madeira, pisos laminados e chapas de fibra. Em 2007, a Deca respondeu por 34% das vendas da Duratex, que geraram receita líquida de R$ 1,67 bilhão. A expectativa entre vários executivos da companhia, que fazem questão de não o fazerem publicamente, é de que a Deca cresça 15% este ano, sobre um crescimento de outros 15% no ano passado.

Apesar de não admitir as estimativas otimistas de um ciclo de expansão forte por mais dois ou três anos, os agressivos investimentos na expansão da capacidade de produção mostram que a companhia acredita que o mercado vai passar a atuar em um novo patamar em pouco tempo. "O fato é de que estamos certos de que o boom da construção civil para as camadas mais populares ainda não aconteceu", diz um otimista Raul Penteado. "O grande crescimento nesse mercado ainda está por vir".

Além dos R$ 120 milhões que investiu na aquisição de duas concorrentes do segmento de louças, a Deca está aplicando outros R$ 120 milhões na ampliação de sua capacidade de produção em metais sanitários. Neste caso a companhia optou por não ir às compras e está construindo uma nova unidade em seu complexo de Jundiaí. "Não estamos apenas comprando mais maquinário, estamos dobrando a área física da fábrica, o que nos permitirá ampliar nossa capacidade de produção em 35% até o fim do ano que vem", diz o executivo.

Assim como no segmento de louças, a Deca também pretende ampliar ainda mais o leque de produtos de metais sanitários voltados para a classe C. "Continuaremos tendo uma torneira de R$ 2 mil, mas também queremos ter torneiras de R$ 40 nas prateleiras das lojas de construção", afirma Raul Penteado. A companhia não pretende criar uma marca específica para atuar no mercado popular ou no mercado de luxo. Independente do preço final, diz Penteado, todos os produtos serão identificados apenas pela marca da companhia.

Varejo busca opções para bancar expansão

Valor Online - Claudia Facchini - 25/06/2008

A alta da inflação tornou mais nebuloso o cenário para as varejistas que pretendem vender ações na bolsa e acelerar o seu processo de expansão. Entre as redes que planejam bater às portas do mercado de capitais estão o Magazine Luiza, de Franca (SP), e a cadeia de supermercados Sonda, que possui uma forte presença na capital paulista. Segundo fontes do setor, o Magazine Luiza analisa retomar os planos de abertura de capital em 2009.

O diretor executivo do Sonda, Roberto Moreno, afirma que a empresa também tem como meta lançar ações no ano que vem. No entanto, as ações das varejistas estão sendo duramente castigadas pela alta da inflação e pela leve desaceleração do consumo, um efeito que contaminou não só o Brasil, mas como outras partes do mundo, em especial nos EUA.

Os analistas de commodities não vislumbram uma reversão na tendência de alta nos preços das matérias-primas, pelo menos nos próximos meses, o que deve manter os índices de inflação sob pressão. Mas a reação dos investidores é considerada exagerada. Recentemente, o presidente da Renner, José Galló, afirmou que, muitas vezes, os investidores simplesmente "transportam" para o Brasil o que acontece nos EUA, colocando os fundamentos locais em segundo plano.

Ontem, muitas empresas de consumo figuraram na lista das maiores baixas no Ibovespa - as ações da Renner caíram 3,95%. Em 12 meses, os papéis da varejista acumulam queda de 6,9%, enquanto o Ibovespa subiu 18,2%.

O mau humor do mercado pode levar as varejistas que não estão listadas na bolsa a considerar outras alternativas. E o caminho mais curto é a venda do controle acionário para um grande grupo do setor. Segundo fontes do mercado de fusões e aquisições, algumas cadeias de supermercado de porte intermediário voltaram a conversar com potenciais compradores - Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart e Cencosud.

Moreno, do Sonda, nega que os controladores do Sonda tenham interesse em vender a empresa neste momento. Segundo apurou o Valor, os sócios da varejista teriam pedido um valor bastante elevado, considerado inviável. "Redes de porte intermediário, como o Sonda, o Bretas ou o Zaffari, são avaliadas por um preço superior ao das demais cadeias pelo seu alto valor estratégico para os grandes grupos", disse Moreno.

Há cerca de 10 anos, a rede passou por uma reestruturação societária. Hoje, seu capital está distribuído, meio a meio, entre dois irmãos, Idi Sonda, de 65 anos, e Deocir Sonda, de 60 anos. Segundo Moreno, o Sonda passa por um acelerado processo de expansão. Neste ano, serão abertas sete lojas, um recorde para a varejista, que possui 15 supermercados. Moreno projeta romper a barreira de R$ 1 bilhão em vendas em 2008. "Podemos chegar a R$ 1,2 bilhão". Em 2007, o Sonda faturou R$ 832 milhões.

"Estamos fazendo o dever de casa para lançar ações", diz Moreno. A empresa possui hoje uma holding, a Sonda Participações, que controla a rede de supermercados. Enquanto isso não acontece, a empresa buscou opções de financiamentos para bancar a expansão, como as operações indexadas ao dólar, que hoje têm um baixo custo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

SUBSTITUIÇÃO DO USO DE SACOLAS E SACOS PLÁSTICOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS
LEI Nº 7627 de 12 de maio de 2008.

DISPÕE SOBRE A SUBSTITUIÇÃO DO USO DE SACOLAS E SACOS PLÁSTICOS NAS INSTITUIÇÕES QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

O Prefeito Municipal de Florianópolis faz saber que a Câmara de Vereadores aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

Art. 1º As empresas de direito público e privado, com atuação no município de Florianópolis, que utilizam sacolas e sacos plásticos para o acondicionamento e transporte de produtos e mercadorias em geral, incluindo-se lixo, deverão substituí-los por sacolas e sacos ecológicos, conforme o disposto nesta Lei.

Parágrafo Único - Entende-se por sacolas e sacos plásticos qualquer invólucro manufaturado com resina petroquímica, excetuando-se as embalagens originais das mercadorias.

Art. 2º As sacolas e sacos ecológicos são aqueles ambientalmente corretos, confeccionados prioritariamente com papel, tecido ou material oxi-biodegradável.

Parágrafo Único - O plástico, quando contido na composição das sacolas e sacos ecológicos, não deve impactar negativamente na quantidade do composto, bem como no meio ambiente.

Art. 3º As sacolas e os sacos plásticos devem atender aos seguintes requisitos:

I - degradar ou desintegrar, por oxidação em fragmentos em um período de tempo não superior a dezoitos meses; e
II - biodegradar, tendo como resultado CO2, água e biomassa.

Parágrafo Único - Os produtos resultantes da biodegradação não poderão ser tóxicos ou danosos ao meio ambiente.

Art. 4º A substituição a que se refere o art. 1º desta Lei deverá ocorrer, em todas as empresas, das seguintes formas:

I - quarenta por cento em quatro meses;
II - oitenta por cento em oito meses; e
III - cem por cento em um ano.

Art. 5º Os estabelecimentos de que trata esta Lei, dentro do prazo de substituição a que se refere o art. 4º, deverão manter disponíveis aos seus clientes bolsas, sacolas, sacos ou cestas confeccionadas com material resistente e biodegradável para o uso continuado na acomodação e transporte dos produtos adquiridos.

Art. 6º VETADO

Art. 7º Fica autorizado o Poder Público, através da administração direta e indireta, a promover campanhas de conscientização acerca dos danos causados pelas sacolas e sacos plásticos, bem como os ganhos ambientais da utilização do plástico oxi-biodegradável ou biodegradável, por meio de convênios e parcerias com organizações não-governamentais e congêneres sem fins econômicos.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Florianópolis, aos 12 de maio de 2008.

DÁRIO ELIAS BERGERPREFEITO MUNICIPAL

Seminário Marketing 360°


O seminário é um evento realizado pelo site Mundo do Marketing anualmente com o objetivo de promover informação e conhecimento aos profissionais deste mercado. Nesta terceira edição, o Marketing 360º é um grande fórum de discussões que mostra as melhores práticas do mercado e tendências para o setor no Brasil, reunindo os principais profissionais de marketing do mercado.

O site realizou o II Seminário Marketing 360º no Rio de Janeiro, em maio de 2007, com o case da Unimed-Rio, casos de sucessos de diversas grandes empresas nas palestras sobre Construção e Gestão de Marca, Comportamento do novo consumidor, Trade Marketing e Decisão no Ponto de venda e Aquisição, Retenção e Fidelidade de Clientes. O II Marketing 360º teve patrocínio da MarketData, co-patrocínio da PromoOffice e o apoio da Casa da Criação, da ABMN, Abap, da ADVB e da Ampro.

Os palestrantes foram Marcelo Giannubilo, Superintendente de Marketing da Unimed-Rio, Jaime Troiano, Sócio-Diretor da Troiano Consultoria de Marca, Karina Milaré, Diretora da TNS InterScience, Christopher Montenegro, Sócio da POP Marketing e Prof. da FGV e Christiano Ranoya, Diretor de Novos Negócios da MarketData para a América Latina.

O primeiro Marketing 360°, patrocinado pela Rio360 Comunicação e pela Selulloid Ag, realizado em parceria com a UniverCidade e com o apoio da ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, levou para o Rio de Janeiro a oportunidade de profissionais e estudantes da área conhecerem ações e casos de sucesso.

O seminário obteve 98% de aprovação entre os participantes e contou com a participação de Riane Pontarelli, então Incentive House, Cláudio Henrique, então Sellulloid AG, Risoletta Miranda, da Addcomm, Eliana Santa Rita, então Rio360, e Alberto Cerqueira Lima, da Copernicus.

Comportamento do consumidor dita mudanças no varejo

Por Thiago Terra
Mundo do Marketing - 28/5/2008

O comportamento do consumidor é motivo de inúmeras pesquisas, palestras e seminários hoje em dia. O resultado destes estudos mostra a dificuldade que as empresas têm em entender o consumidor quando ele está diante de uma gôndola. Além da mídia tradicional, a moda e a tecnologia são consideradas as novas influências de compra, mas nem sempre serão decisivas para o consumidor.

No mercado varejista os produtos são oferecidos de forma cada vez mais direcionada e eficaz no ponto-de-venda. Neste cenário, é importante que a empresa deste setor ofereça experiência de compra através da interatividade com comprometimento nos serviços e ter no conceito de marca a identidade da empresa.

Muitas vezes, o consumidor que entra na loja já estabeleceu o que ele quer comprar, as marcas que mais gosta e os produtos que cabe ou não em seu bolso. Em palestra sobre a Antropologia do Consumo e o Comportamento do Consumidor, realizada pelo Centro de Desenvolvimento Empresarial do Senac Rio, Simone Terra (foto), consultora especialista em Marketing Estratégico e Varejo do SENAC Rio e Diretora da Simone Terra Soluções de Mercado, apresentou as características, cultura e o comportamento do consumidor no varejo.

Assim como cada região do Brasil e do mundo tem a sua cultura e costumes característicos, no varejo não é diferente. Rio de Janeiro e São Paulo, os principais mercados do país, apresentam diferenças que vão além do PDV. Para entender estes públicos é preciso primeiro saber o que eles gostam e estudar o hábito de compra de cada um.

Decisão de compra

Comprar um produto não é tão simples quanto parece. A decisão é feita com base em motivos pessoais, emoções ou apenas preço. Outra variante que pode determinar a escolha na gôndola é a relação do consumidor com a marca, comportamento cada vez mais comum no varejo do Brasil e do mundo.

De acordo com Simone, o consumidor pode ir ao ponto-de-venda pensando em comprar uma marca de cerveja, mas ao ver o preço mais baixo da concorrente ele poderá comprá-la tranqüilamente, principalmente se o consumidor final seja alguém de fora da família, como convidados para uma festa, por exemplo.

Após um estudo feito pela consultora associada do Senac Rio, ficou claro que alguns clientes que se diziam consumidores de Coca-Cola compravam um produto similar, mais barato, porém respondiam pesquisas como consumidores assíduos do produto. “O comportamento de compra é influenciado por diversos fatores existentes no ponto-de-venda”, explica Simone Terra.

Onde está a globalização?

O comportamento do consumidor surpreende os estudiosos a cada minuto. Um efeito colateral da globalização fez os mercados varejistas se depararem com a procura pela customização e por produtos cada vez mais personalizados. Apesar dos mercados diferentes em cada região do país, a globalização chegou ao consumidor de cabeça para baixo. É comum ver pessoas procurando cada vez mais individualidade nas compras e em produtos segmentados e customizados de acordo com seu perfil.

De uma forma geral, o consumidor passou a valorizar o produto que é seu, de seu estado, de sua cultura e da sua região. Segundo Simone Terra, o consumidor de São Paulo passou a valorizar mais a eficácia e a organização enquanto o carioca valorizou ainda mais a informalidade e a gentileza. “O curioso é que a cultura e a identidade dos povos de cada região do Brasil e do mundo se fortaleceram após surgir um movimento de padronização”, conta a especialista em entrevista ao Mundo do Marketing.

A não-globalização que ocorreu no varejo do mundo inteiro se reflete em um hábito incomum, até então, dos consumidores brasileiros que é buscar o varejo nas ruas e não nos shoppings. Prova disso é o aumento na procura pelos comércios de rua em São Paulo e no Rio de Janeiro por consumidores que pretendem construir o seu vestuário de acordo com o seu gosto.

Mudando o conceito para atrair o públicoUm segmento que apresenta notável mudança de conceito para atender o maior número de necessidades do consumidor é o de farmácia. Diversas redes de drogarias adotaram um mix diversificado de produtos dentro das lojas e hoje vendem até alimentos. No Brasil, segundo Simone Terra, existem dois movimentos muito fortes e um deles é o modelo de drugstore americana.

“Hoje a maioria das bandeiras do segmento farma popular vendem diversos produtos como chinelo, bateria, pilha, entre outros e este é o modelo americano”, afirma Simone Terra. O outro movimento que ganha força no país é o Beauty, ligado à beleza e à valorização da saúde.

Porém, no Brasil já há uma tendência de fusão dos dois movimentos onde farmácias ampliam o mix de produtos e, ao mesmo tempo, desenvolvem a área beauty. “A rede de Drogarias Onofre ampliou o mix de produtos de beleza. Lá eles vendem secador de cabelos, alisador, maquiagem e cosméticos. Redes como Drogasil tem uma parte de beleza e um mix de conveniência”, explica.

Varejo mostra outras faces

Além das farmácias, o mercado de eletroeletrônicos também passou por uma reorganização no conceito que, para Simone Terra, é bem-vinda e tardia. “Com a entrada da Fast Shop neste mercado, vimos o setor oferecer experiência de compra em pontos-de-venda interativos”, diz. Outro setor que percebeu a necessidade de inovar foi o de hipermercados. Após uma mudança na logística, as empresas que têm boa imagem de preço criaram pequenos estabelecimentos projetados para atender uma quantidade reduzida de consumidores com o objetivo de estar mais perto deles.

Além das adaptações no conceito e na estrutura de supermercados para atender de forma mais completa e eficiente, outra novidade do varejo nacional baseada no modelo estrangeiro são os mercados que oferecem marca própria ou produtos que encabeçam a lista dos mais vendidos. “Este formato já existe em São Paulo, que é o Dia%. Finalmente começamos a ter este tipo de loja que permite ao público de baixa renda comprar um iogurte, por exemplo”, completa Simone Terra.

Google é a marca com melhor reputação nos EUA

Meio & Mensagem - 24/06/08

Pesquisa da Harris Interactive apontou as empresas com melhor reputação junto aos consumidores norte-americanos, avaliando quesitos como finanças, produtos, serviçois, apelo emotivo e reponsabilidade social

Pesquisa da Harris Interactive apontou as marcas com melhor reputação no mercado norte-americano em 2007. A liderança é do Google, que tem um Quociente de Reputação de 81,85. O índice avalia a percepção do consumidor sobre as empresas sobre a força financeira, qualidade dos produtos, serviços, apelo emocional, responsabilidade social e outros.

As empresas que apresentaram as melhores altas na reputação em relação a 2006 foram HP/Compaq, Berkshire-Hathaway, Intel, McDonald´s, Verizon, Apple, BP, Southern Airlines e Google. As maiores quedas foram de Bank of America, Haliburton, Wal-Mart, Sears, Nike e DaimlerChrysler.

Confira as dez primeiras colocadas:

1) Google
2) Johnson & Johnson
3) Intel
4) General Mills
5) Kraft Foods
6) Berkshire-Hathaway
7) 3M
8) Coca-Cola
9) Honda Motor
10) Microsoft

Restaurante popular eleva preço em 15% e clientela diminui

Valor Online - Beth Koike - 24/06/2008

Quem circula pelo centro de São Paulo logo percebe na porta dos restaurantes populares as alterações dos preços do "prato feito" (mais conhecido como "PF") e do "comercial", normalmente recheados com muito arroz, feijão e carne, alimentos que nos últimos 12 meses tiveram altas de 32%, 113% e 26%, respectivamente, segundo o IPC-Fipe. Além disso, entre as carnes bovinas, os maiores reajustes no período foram verificadas nos cortes considerados menos nobres. O filé mignon, por exemplo, aumentou 24% contra 37% do acém.

Diante da importância desses alimentos na composição do "PF", a alta no preço dos alimentos está afetando com mais intensidade o bolso da população menos abastada. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), as refeições fora de casa voltadas para a classe popular tiveram um reajuste de preço de até 15% nos últimos seis meses.

Já entre os restaurantes que servem à la carte, por quilo e também nos mais sofisticados o aumento foi de aproximadamente 5%. Em alguns casos nem houve repasse. "Nas refeições tipo 'PF' o peso do arroz, feijão, farinha e carne é maior. Além disso, a margem dos restaurantes populares é pequena e não dá para segurar tanto o preço como nos estabelecimentos sofisticados", explica Paulo Solmucci Júnior, presidente-executivo da Abrasel.

O músico Renato Barros Pereira, 39 anos, é um dos que está sentindo o aumento do preço nos restaurantes que freqüenta na capital paulista. Ele almoça diariamente num local cujo prato atualmente custa R$ 4,90. Há um mês, ele desembolsava R$ 4,50. "Aqui era um dos locais mais em conta, com uma comida boa e ambiente limpo. Mas já teve aumento e no fim do mês essa diferença pesa", reclama Pereira. "No outro restaurante que também vou, eles aumentaram de R$ 5 para R$ 5,50", complementa.

No restaurante Paiol, também no centro de São Paulo, a refeição saiu de R$ 6,99 para R$ 7,99. "O ideal seria aumentar para R$ 10, mas se eu fizer isso a clientela vai embora. Parece pouco pagar R$ 1 a mais pelo almoço, mas no fim do mês essa diferença pode ser equivalente a uma conta de luz", diz João Vale de Cera, gerente do Paiol, que amargou uma queda de 10% no número de fregueses após reajustar o preço. Os restaurantes Azuzinho e NJ freqüentados por Pereira também tiveram redução de cerca de 10% na clientela.

O gerente do restaurante Paiol acredita que esses clientes perdidos agora trazem marmita de casa ou optam por salgados, como coxinha, com preço mais em conta.

O Habib's, que vende 30 milhões de esfihas por mês, elevou seus preços entre 5% e 7% há cerca de um mês. Na primeira semana, a rede com 330 unidades teve uma retração de 2% a 3% nas vendas, que já foi recuperada. "Estamos absorvendo a maior parte do impacto da alta dos alimentos. Não dá para repassar tudo porque corremos o risco de perder clientes", afirmou Mauro Saraiva, diretor de produção e logística do Habib's.

No restaurante e pizzaria Vera Cruz, que também possui uma padaria na zona leste de São Paulo, foi repassado um aumento médio de 12%. "O saco de 50 quilos da farinha era R$ 56 e agora custa R$ 94. Preciso repassar algo", diz Luiz Antonio Gonçalves, sócio da Vera Cruz, que serve diariamente 100 pizzas.

O aumento no preço dos cardápios está afetando principalmente os estabelecimentos populares, mas ao que tudo indica caminha para chegar também à mesa da classe média. "Os restaurantes que aumentaram 5% devem chegar ao fim do ano com um reajuste de 8%", afirma o presidente da Abrasel. A opinião é compartilhada pela ECD, consultoria especializada em food service que realizou uma pesquisa com 40 restaurantes de São Paulo voltados para a classe média. "A maioria ainda não elevou seus preços porque tinha medo de perder clientes, mas como estão perdendo muita margem, informaram que vão reajustar seus preços no próximo mês", explicou Enzo Donna, sócio da ECD. Segundo o IPC-Fipe, a alimentação fora do domicilio aumentou 12,2% entre junho de 2007 e maio de 2008.

Já as redes de restaurantes e fast foods como McDonald's, Spoleto, Almanara e o mineiro Villa Rizza informaram que não aumentaram seus preços e não têm previsão de fazê-lo. "Não reajustamos nada, apesar de a nossa principal matéria-prima ter tido aumento de mais de 130%. Acreditamos que o preço vai baixar na próxima safra", explicou Gianni Carboni, sócio do Spoleto.

Tetra Pak investe R$ 80 mi em fábrica de SP



Valor Online - André Vieira - 24/06/2008


Com a visão de sustentar o crescimento de sua produção para os próximos anos, a Tetra Pak anuncia hoje um investimento de R$ 80 milhões em sua fábrica de Monte Mor (SP), o valor mais alto aplicado pela companhia de origem sueca no país desde a construção da sua segunda unidade em Ponta Grossa (PR), ocorrida no início desta década.

A fabricante importará dois novos equipamentos - uma impressora e uma laminadora, a máquina capaz de montar as folhas das embalagens tipo longa vida, formadas por papel cartão, alumínio e plástico.

Os equipamentos, que elevarão a capacidade de produção da empresa no país em 25%, devem começar a operar até a metade de 2009, concluindo a última etapa de ampliação da fábrica, aberta em 1978. A Tetra Pak empregará mais 69 pessoas na unidade.

"É uma grande expansão no nosso setor. Vamos passar a produzir 15 bilhões de embalagens por ano", disse o executivo Paulo Nigro, de 47 anos, presidente da subsidiária brasileira. De volta ao país desde abril de 2007, depois de quase uma década comandando as subsidiárias da Tetra Pak no Canadá e Itália, Nigro expôs ao Valor o plano estratégico da empresa para os próximos cinco anos.

"Meu desafio é colocar essa empresa em um novo patamar", disse Nigro. A subsidiária brasileira - que produziu mais de 12 bilhões de embalagens em 2007, perdendo em volume apenas para a operação da companhia na China - é considerada um dos exemplos de sucesso do grupo.

Em 1990, um ano antes de Nigro ingressar como gerente de vendas na empresa, a operação local faturava US$ 50 milhões. Em 2007, o número saltou para US$ 1,5 bilhão. Boa parte deste crescimento é creditada a Nelson Findeiss, o primeiro brasileiro a comandar a empresa sueca no país no início dos anos 90.

Foi quando o uso de embalagens longa vida se disseminou no país, principalmente no mercado de leite, habituado a comercializar o produto em sacos plásticos, sujeitos a rasgos e vencimento mais curtos no prazo de validade. Das quase 10 bilhões de unidades vendidas hoje no mercado interno, mais da metade representam o mercado de lácteos.

Nigro, que sucedeu Findeiss ao longo do ano passado também nos cargos de responsável pelas operações da empresa na América do Sul e Caribe, avalia que o consumo per capita ainda é baixo. "São 25 litros por habitante. É simplesmente nada diante do potencial de crescimento", disse o executivo.

Mas otimista com a perspectiva para a economia brasileira, Nigro conseguiu medir o termômetro dos clientes na Fispal, a feira de alimentos, realizada em São Paulo no início deste mês. "No meio da feira, ninguém teve preocupação com o anúncio do aumento de juros", disse, acrescentando que a empresa firmou contratos recordes com clientes durante a feira.

A fabricante assinou US$ 90 milhões em acordos para o processamento e empacotamento de produtos para os próximos 12 meses - o valor no período anterior havia somado US$ 50 milhões. "Estamos aumentando a produção no momento adequado", disse. "A falta de capacidade de produção é o pior de todos os concorrentes." A idéia é que a demanda seja atendida em três anos com a nova capacidade. Caso necessite, parte das exportações, que hoje representam cerca de 25% do volume produzido, poderão ser direcionadas ao mercado doméstico.

Mas, além da expansão da fábrica, a Tetra Pak contratou gente para lidar com os clientes (que inclui engenheiros de alimentos e microbiologisas) e abriu vagas para busca de mais profissionais para sustentar o crescimento. Além disso, a fabricante decidiu focar em regiões de grande potencial, onde o consumo de embalagens é menor, e desenvolver novos produtos.

Segundo Nigro, a idéia é resgatar a fórmula de regionalização dos escritórios comerciais, como já aconteceu até meados dos anos 90. Ele conta que essa estratégia no passado fez surgir novos produtos para serem embalados. Foi o caso dos sucos de frutas ou à base de soja, tomates e outros produtos sólidos. Mas a empresa mudou seu foco e decidiu centralizar essas áreas de desenvolvimento em seu escritório central, em São Paulo.

Agora, os escritórios regionais, oito ao todo, espalhados pelas principais capitais, além do Paraguai (que faz parte da operação brasileira), incluem também técnicos das áreas de projetos, engenharia e gestão de vendas, todos voltados ao suporte de clientes. As equipes de vendas e assistência técnica foram reforçadas nestas filiais.

Para capacitar uma quantidade maior de novos engenheiros e técnicos recém-contratados, a Tetra Pak "importou" uma academia de treinamento, que funcionava exclusivamente na Suécia. Antes havia a necessidade de enviá-los para a matriz. Com o centro de estudos avançados, o tempo de treinamento dos atuais 41 técnicos está sendo reduzido para um terço, ou oito meses. A dificuldade, segundo Nigro, tem sido em recrutar novos técnicos. "Temos 30 vagas em aberto, e estamos colocando anúncios em Portugal, Angola e Colômbia."

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Bunge acerta compra da Corn Products por US$ 4,4 bilhões mais dívidas

Fonte: Valor Online - 23/06/2008

SÃO PAULO - A gigante americana do setor de fertilizantes e sementes Bunge anunciou hoje que entrou em um acordo para adquirir a processadora de milho Corn Products, também dos Estados Unidos.
A transação foi fechada por US$ 4,4 bilhões que serão pagos em ações. A Bunge irá assumir ainda dívidas da Corn Products no montante de US$ 414 milhões. Pelos termos do acordo, aprovado pelas diretorias das duas empresas, os acionistas da Corn Products irão receber ações da Bunge no valor de US$ 56 para cada ação da que detêm, o que representa um prêmio de 31% sobre o fechamento da última sexta-feira. Ao final da transação, esses acionistas terão uma fatia de 21% da Bunge.
O acordo une dois dos mais antigos negócios agrícolas dos Estados Unidos e expandirá as operações da Bunge em mercados em crescimento, além de diversificar suas fontes de receita, afirmou o presidente-executivo da empresa, Alberto Weisser, em comunicado.Combinada, a nova companhia terá cerca de 32 mil funcionários e operações em 40 países. Nenhuma das empresas espera fechar qualquer unidade como resultado da transação.

Sadia apresenta salsicha com recheio de queijo



A Sadia traz ao mercado mais uma opção para lanches ou refeições. Trata-se da salsicha recheada com pedaços de queijo. A novidade chega às gôndolas com embalagens de 250 gramas, com cinco unidades. O produto foi desenvolvido após diferentes pesquisas que detectaram o desejo do consumidor por salsichas recheadas.

Fonte: Embalagem Marca

Kibon lança sorvetes para o inverno



A Kibon lança novos sabores de sorvetes criados para o inverno. O Eski-bom, cuja nova embalagem foi desenvolvida pela Rex Design, ganhará o sabor morango e o Magnum terá as variantes “Sound” e “Taste”, com as embalagens adaptadas pela agência Costa Galli. O Fruttare terá os sabores Coco com Abacaxi nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; e Graviola, no Norte e Nordeste. O layout das embalagens é da Design Absoluto.

Fonte: Embalagem Marca

Vodca Kovak estréia novas embalagens



Garrafa de vidro com linhas retas levemente afuniladas na base e ombro definido e marcado é a nova apresentação da vodca Kovak. Supridas pela Owens Illinois, as garrafas têm a águia bicéfala aplicada em relevo na parte frontal e são fechadas por tampas da Guala Closures. O sistema de decoração é feito em silk screen, destacando o nome da vodca em um fundo vermelho. O redesenho estrutural e gráfico das embalagens tem a assinatura da Packaging Brands.

Fonte: Embalagem Marca

Os supermercados já sentem no caixa as quedas nas vendas




Latin Panel - 23/06/08

Os supermercados já sentem no caixa as quedas nas vendas. Pesquisa da Latin Panel mostra que, de janeiro a março, o volume de compras para abastecimento do lar registrou queda de 6% na comparação com o último trimestre de 2007.

Na Classe DE, a queda foi mais acentuada: 7%. “O consumidor é fiel ao seu bolso. Com a alta dos alimentos, ele está mais seletivo, substituindo produtos, trocando marcas e comprando em outros canais de venda”, afirma Fátima Merlin, gerente de Atendimento ao Varejo da Latin Panel.

Workshop Retail Experience




Confira o conteúdo programático completo:

1. Histórico e Cenário:

- Evolução do consumo no Brasil e no mundo
- História e Evolução das Marcas
- Globalização e Regionalização

2. Tendências de Consumo:

- O consumidor
- Humanização e relacionamento
- Contexto de compra e autoconceito
- Semiótica do consumo

3. Identidade de Marca:

- Sentidos e memória
- Estilo de vida X público-alvo
- Experiência de consumo
- CRM (Customer Relationship Management) e CEM (Customer Experience Management)
- Fidelização
- Motivação e Identificação de compra
- Responsabilidade e inclusão social no varejo
- Responsabilidade ambiental e consumo consciente
- Emoção da Experiência
- A alma do negócio
- Varejo competitivo X Varejo diferenciado

4. Excelência em Gestão:

- Gestão de pessoas
- SAC
- Call center e ombudsman
- Gerenciando relacionamento
- Serviços
- Compras

5. O Valor da Experiência:

- Concretização da experiência
- Contextualização de compra
- Mantras de marca
- Sound branding
- Smell branding
- Design e arquitetura do PDV
- Lay out, exposição e merchandising
- Mix de produtos
- Customização
- Inovação e ousadia

Mais informações:
www.friedman.com.br

Óleo de soja mais caro faz brasileiro comprar azeite


Valor Online - Lílian Cunha, São Paulo, 23/06/2008

A culinária do brasileiro está mudando graças a uma salada de números: o preço do óleo de soja subiu 63%; o de girassol, 54% e o de milho, 33%. Tudo isso durante os últimos 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Nesse mesmo período, o preço dos azeites de oliva caíram 6%. Os óleos compostos, aqueles que misturam óleo de soja com oliva, caíram ainda mais: o preço chega a estar 50% menor do que há um ano, segundo o Instituto Euromonitor. O resultado dessa matemática foi parar na cozinha do consumidor, onde o azeite conquista o espaço do óleo de soja.

"Tradicionalmente e culturalmente acreditávamos que o azeite serve só para tempero e não como óleo para fritura ou ingrediente de pratos", diz o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Martinho Paiva Moreira, lembrando que o preferido do consumidor há décadas é o óleo de soja.

"Mas hoje, por motivo de preço e também de preocupação com a saúde, muito consumidor já usa só o azeite, substituindo os óleos na cozinha", diz Paula Gordilho, responsável pelos negócios de marketing da Aceite Cocinero, distribuído pela multinacional holandesa Bunge, segunda maior empresa do setor de óleos de cozinha no Brasil.

A conta é a seguinte: o litro do óleo de soja custa hoje R$ 5,50 em média, nos supermercados de São Paulo. O composto sai por dois reais a mais. Já o preço do litro do azeite fica em R$ 15,20, em média, levando em conta as marcas mais populares. "Na ponta do lápis, mesmo custando mais, o azeite traz mais benefício e por isso o consumidor faz a troca pelo azeite ou pelo composto", diz Marcel Motta, analista de pesquisas sênior da Euromonitor.

O instituto apurou que, há 12 meses, o óleo de soja tinha 90% das vendas do mercado brasileiro. Hoje, está com 89%. O recuo parece pequeno, mas em um segmento que vende 962 milhões de litros ao ano, ou R$ 2,9 bilhões, um ponto percentual corresponde a quase R$ 30 milhões.

O curioso é que o consumo de óleos de cozinha, seja de soja ou de oliva, continua o mesmo: em 2006, cada lar no país consumiu 25,1 litros. Em 2007, a quantidade permaneceu a mesma, segundo pesquisa da Latin Panel. Isso, segundo o analista, confirma a tendência de migração do consumo para o azeite. Essa mudança foi acompanha de outro movimento: o dos produtores de soja e óleos vegetais.

"Nos últimos anos, o produto vinha caindo de preço devido às grande safras do grão", diz Motta. Mas com o real valorizado, caíram as exportações e como saída, os agricultores encontraram o biodiesel, cuja composição é 90% soja. "Grande parte dos produtores estão deixando o óleo doméstico de lado para entrar na área de combustíveis", explica o analista. "Isso faz o preço subir."

Na contra-mão, o azeite perdeu preço com a queda do dólar e ganhou consumidores. O volume de azeite vendido no Brasil em 2007 ficou em 23.580 toneladas. Cresceu 8% em 2005, 9% em 2006 e 10% no ano passado, diz o português Luis Santos, diretor de marketing do grupo Sovena, ao qual pertence a marca de azeite Andorinha. "O mercado cresce agora a 15% ao ano", acrescenta.

Nesse ritmo, a Andorinha, segundo ele, baterá seu recorde de venda no Brasil, com 4 milhões de litros neste ano. O mesmo otimismo contamina a argentina Cocinero, que há um ano tinha 2% do mercado e agora comemora seus 4%, graças ao novo consumidor.

Mas quem são os novos adeptos do azeite? "A maior parte ainda pertence à classe A ou B, que além de querer uma melhor relação entre custo e benefício, deseja um produto mais saudável", diz Paula Gordilho.

A classe C, entretanto, também está dando um toque mediterrâneo aos seus quitutes. Isso graças ao óleo composto, aquele 80% soja, 20% oliva. "Há dois anos, esse produto custava três vezes mais que o óleo de soja. A diferença agora é só de 30%", diz Motta.

A popularidade do composto está tão em alta que a marca líder, o azeite Maria, que pertencia à Vida Alimentos, foi comprada por US$ 24,7 milhões há pouco mais de um ano pela Cargill, a maior companhia do setor, dona das marcas Liza e Soya.

A concorrente Bunge não ficou atrás: lançou o azeite Delícia, no segundo semestre de 2006. Também incluiu o composto Salada, em 2006, na sua linha de produtos.

"Nos últimos dois anos, o número de marcas de azeite nas prateleiras dos supermercados mais que dobrou", diz o analista da Euromonitor. Isso, segundo ele, confunde o consumidor. "A Bunge, lançando azeites com rótulos de marcas já conhecidas como Delícia, da margarina, e Salada, com quase 80 anos de mercado, ganha a confiança do comprador. A Cargill, adquirindo uma marca tradicional, como Maria, também dribla esse fator", avalia Motta.

AmBev vai investir R$ 213 mi em maltaria em Passo Fundo (RS)





23/06/2008 - Folha Online

A AmBev anunciou nesta segunda-feira que vai investir R$ 213 milhões na construção de uma maltaria em Passo Fundo (RS). A unidade, que atenderá a demanda das fábricas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, deve entrar em operação no segundo semestre de 2009.

A produção inicial da nova unidade está prevista em 110 mil toneladas de malte. Deverão ser gerados 400 postos de trabalho diretos e indiretos. "O aumento da demanda pela cevada local também permitirá a geração de empregos voltados ao plantio, armazenagem e frete da matéria-prima", informou a empresa.

A AmBev tem cinco unidades no Rio Grande do Sul --dois centros de distribuição direta (em Pelotas e em Porto Alegre), duas fábricas (Viamão e Sapucaia do Sul) e uma maltaria em Porto Alegre. No total, a AmBev já responde por 1.500 empregos diretos e indiretos no Estado. No Brasil, são 22 mil pessoas.

"Foi uma escolha estratégica. O Rio Grande do Sul está entre os Estados que serão abastecidos com o malte produzido e é um dos principais pólos de produção de cevada do Brasil", informou o diretor de relações corporativas da AmBev, Milton Seligman, em nota à imprensa.

Dona das marcas Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Guaraná Antarctica, a AmBev também tem no RS a cerveja Polar, lançada em 29 de outubro de 1929, e que desde 1972 integra os produtos da Antarctica.

domingo, 22 de junho de 2008

Mais do que fabricar, é preciso diversificar a comercialização

Por Marcelo Miyashita - 23/06/2008

Antigamente era normal ouvirmos a famosa frase: “À venda nas melhores casas do ramo”. Isso indicava que o produto tinha qualidade, prestígio e estava facilmente disponível ao consumidor interessado em adquiri-lo. Estar nas melhores lojas era, por isso, garantia também sucesso de vendas. Sem dúvida, era uma ótima tática de distribuição de produtos. Era.

A tendência da concentração do varejo em poucos grupos obriga os fabricantes a diversificarem a distribuição.

Hoje em dia, o cenário é diferente. É um alto risco manter apenas um canal de distribuição para atingir o consumidor final. Como sabemos, atualmente, as melhores casas do ramo estão concentradas em poucos grupos varejistas. Esses grupos são fortes, sólidos e com muito poder de barganha e negociação junto aos fabricantes, principalmente àqueles que dependem grande parte de sua venda a poucos varejistas. Estas empresas, infelizmente são várias, ficam na mão do canal varejista numa inversão de papéis – onde o poder de barganha mudou do fabricante para o varejo. Como exemplo, no setor supermercadista há poucos grupos que dominam boa parte do setor, assim como no varejo de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, este mais concentrado ainda. “Quer pagar quanto?” - era até pouco tempo freqüentemente anunciado pela líder.

Apesar do movimento de concentração no varejo, o mesmo não acontece no mercado fabril. Pelo contrário, há cada vez mais fabricantes e empresas com produtos e serviços diferentes em busca do seu lugar ao sol, sem mencionar a concorrência de importados disputando as gôndolas nacionais. Resultado: os compradores do varejo estão mais poderosos, possuem mais opções de compra e são mais preparados para comandar as negociações.

É difícil ser fabricante nessa situação. Ainda mais se for um pequeno ou médio. A questão é que esse cenário é irreversível e a concentração no varejo é um fato e uma tendência. Cabe ao empresário produtor de bens manufaturados buscar saídas, diversificar, criar e manter vários canais de distribuição – até, talvez, dar um passo à frente e se tornar também varejista. No mínimo é preciso investir em uma boa área comercial e desenhar políticas comerciais que desenvolvam essa diversificação.

O estudo dos canais de distribuição e logística é uma das áreas de marketing que mais têm crescido nos últimos anos. Pelo aumento da competitividade e pelo gargalo do concentrado canal tradicional – ou seja, o varejo convencional -, empresários estão buscando saídas para comercializar sua produção. Práticas que eram consideradas de nicho e táticas de empresas específicas, hoje são adotadas e compõem opções de distribuição. Canais de venda direta, distribuidores e atacadistas, representantes comerciais, lojas próprias e até ações de marketing direto e sites com mecanismos de e-commerce são caminhos possíveis praticados pelas companhias que procuram distribuir sem concentrar.

Mais do que fabricar, diversificar a comercialização é preciso. Isso exige duas novas competências de gestão: compreender e assimilar os canais de distribuição de marketing; e gerenciar ao mesmo tempo diversos canais - seus conflitos e interesses. Há movimentos conhecidos de fabricantes, dos mais diversos setores, que estão promovendo mudanças na sua tática de distribuição. Uma indústria de eletrodomésticos está alugando filtros de água para desenvolver proximidade e relacionamento com seus clientes, na tentativa de fortalecer seu canal de venda direta, que já existe via e-commerce. Empresas de eletroeletrônicos prestam serviços de instalação e treinamento ao consumidor, para, por meio desse motivo, identificar os compradores dos seus produtos e com eles iniciar uma relação mais próxima, com certeza, culminando depois com ações de marketing direto. Ou quem sabe, venda porta-a-porta – que é o principal canal de distribuição de muitas empresas importantes do setor de cosméticos...

O fato é que sempre houve caminhos diversos para fazer o produto chegar até o cliente final, talvez por conveniência ou definição de “core business” os fabricantes limitavam-se a fabricar. Não dá mais para continuar seguindo esta definição. Os novos tempos exigem a prática do marketing de distribuição: planejar o desenvolvimento de canais, adotar políticas de comercialização, gerenciar a logística e as características de cada canal e promover a integração das ações para conseguir cobrir o mercado chegando até o cliente certo, na hora certa, no local certo, com os produtos e serviços certos e na quantidade certa. Sem sobreposição de esforços e respeitando o desenvolvimento de cada canal, esse é o desafio.

Antigamente sorvetes só vendiam em padarias e bares, olha agora.

PROVAR - Curso de Previsão de Vendas (curta duração)









Público-alvo:

Gerentes e diretores de loja, compradores, responsáveis pela área de logística e suprimentos, fornecedores do varejo e executivos de varejo e serviços em geral.

Objetivos:
Apresentar ao participante as técnicas de previsão de vendas e exemplificar como elas podem ser usadas na prática para a obtenção de resultados confiáveis.

Conteúdo:

– Discussão das várias técnicas de previsão: modelos qualitativos e quantitativos, cross section e autoregressivos
– Média móvel
– Suavização exponencial
– Sazonalidade.

Local:
Instalações providenciadas pela FIA na capital de
São Paulo.

Mais Informações:

(11) 3894-5007 - cursos@provar.org

Data:

27 e 28 de junho de 2008

Horário:
sexta-feira, das 14 às 18 horas;
sábado, das 9 às 18 horas

Carga Horária:
12 horas

AC Nielsen Brasil - Treinamento para Clientes




Spaceman® Professional

Objetivo:

Habilitar profissionais de vendas e marketing na implementação do Gerenciamento de Espaço. Através de um estudo de caso abordar conceitos de Gerenciamento de Espaços, Metodologia de Análise de Exposições, Análises Especiais (Sub e Super estocagem, Análise de Quadrante, etc.) e Desenvolvimento de Relatórios Gerenciais. O treinamento, desenvolvido para fabricantes e varejistas, abrange a teoria e prática da utilização do sistema.

Pré-requisito:
Noções de gerenciamento por categorias (ERC)
Excel Básico

Conteúdo:
Conceitos básicos de Merchandising
Conceitos básicos de Gerenciamento de Espaços
Construção de Planogramas diversos tipos de acessórios de gôndola
Trabalhando com base de dados Excel/Relacional
Trabalhando com Bibliotecas
Análise de Sortimento e Ordenação de Produto na gôndola
Análise dos Critérios, Abastecimento e Reposição
Avaliação da rentabilidade da gôndola
Análise de Destaque (Highlights)
Estudo de caso
Impressão de Planogramas
Trabalhando com imagens digitalizadas
Trabalhando com impressão via Output Designer
Exercícios

Duração:
02 Dias (das 09h às 17h)

Vagas abertas para os dias 14 e 15/07 em São Paulo

Mais informações:
maria.augusto@nielsen.com
ana.lucia.silva@consultmail.net